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27/12/2008 - 00h16

ONU quer iniciar investigação independente sobre morte de Benazir Bhutto

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da Efe

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, acredita que num "futuro próximo" será formada a comissão independente que deverá investigar as circunstâncias da morte da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto, assassinada há um ano.

O sul-coreano explicou que manteve consultas com o governo paquistanês e o Conselho de Segurança da ONU sobre a natureza e o âmbito de ação da comissão, solicitada pelo próprio país para identificar os responsáveis pelo crime.

Bhutto, primeira mulher a ser chefe de governo num país islâmico, foi vítima de um atentado em 27 de dezembro de 2007, após um comício em Rawalpindi, na região de Islamabad.

"Neste doloroso aniversário, a Secretaria-Geral se solidariza com o governo e o povo do Paquistão e confirma seu compromisso de contribuir na busca da verdade e da justiça", disse Ban.

Em julho, o secretário-geral já discutiu o assunto com o ministro paquistanês de Relações Exteriores, Shah Mehmood Qureshi, e chegou a um acordo em questões como a natureza da comissão, modalidades de financiamento, formação, livre acesso às fontes de informação relevantes e elementos para proteger sua objetividade, imparcialidade e independência.

No entanto, ainda são necessárias mais consultas com o Paquistão e outras partes da ONU "para analisar outras alternativas e a estrutura da comissão, entre elas suas responsabilidades e o mandato", acrescenta a nota.

Memória

Milhares de paquistaneses se reuniram nesta sexta-feira diante do túmulo de Bhutto. Neste sábado (27), serão realizadas homenagens pelo primeiro aniversário de morte da líder, assassinada aos 54 anos apenas dois meses depois de retornar do exílio.

O porta-voz do PPP (Partido do Povo Paquistanês), Ijaz Durrani, disse que a expectativa é a de que o número de presentes ultrapasse 100 mil para as cerimônias deste sábado. O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, viúvo de Bhutto, e o filho Bilawal Bhutto Zardari, atuais líderes do PPP, estarão à frente do cortejo.

Mais de 8.000 policiais, paramilitares, membros do PPP e voluntários ficarão responsáveis pela segurança na cidade.

Um ano depois da morte de Benazir, o Paquistão conseguiu relaxar o controle militar, mas continua mergulhado na crise e confrontado com um crescente descontentamento popular que torna palpável a ausência que faz a ex-primeira-ministra.

Com France Presse

 

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