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Premiê tailandês faz discurso crucial sob intensos protestos
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da Folha Online
Milhares de manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento tailandês para tentar impedir novamente o discurso do novo premiê tailandês, Abhisit Vejjajiva. O discurso, no qual apresenta seu programa de governo, é essencial para sua oficialização no cargo.
Os manifestantes, conhecidos como camisas vermelhas pelas cores que vestem, são partidários do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto pelos militares no golpe de Estado de setembro de 2006 e foragido da Justiça tailandesa.
Sakchai Lalit/AP |
Manifestante tailandês tenta escalar grade do Parlamento para protestar contra o novo premiê, Abhisit Vejjajiva |
Eles cercaram o Parlamento pelo segundo dia consecutivo, mas, desta vez, não conseguiram impedir o discurso de Vejjajiva, que assumiu o cargo após a queda de seu antecessor, Somchai Wongsawat, cunhado de Shinawatra, após meses de intensos protestos dos partidários de Vejjajiva, os camisas amarelas.
A pressão dos manifestantes levou, contudo, a mudança do local do discurso. "O governo tentou expor seu discurso político, mas como os manifestantes o impediram se decidiu que seja no Ministério, o que é legal segundo confirmou o Parlamento", declarou à imprensa o ministro da Informação, Satit Wongnongtaey.
No entanto, o chefe da oposição, Witthaya Buranasiri, disse que os deputados dos partidos opositores ao governo consideram a opção de boicotar o debate parlamentar, já que a mudança de local "é uma ingerência da administração nos assuntos da Legislatura".
Antes, em comunicado, o governo havia reiterado que tentará de novo chegar a uma solução pacífica com os manifestantes para pôr fim ao cerco em torno da sede do legislativo e permitir, assim, que o premiê pronuncie seu discurso.
"A política do governo não contempla o uso da violência", disse Wongnongtaey a um canal estatal de televisão. O discurso é um requisito estabelecido pela Constituição para que o governo possa administrar de forma oficial o país, imerso em uma crise política sem precedentes.
Crise
A chegada ao poder de Vejjajiva, terceiro premiê tailandês em menos de quatro meses, foi vista por muitos analistas como a esperança de pôr fim a meses de crise política, que começou em maio passado.
Vejjajiva foi eleito chefe de governo em 15 de dezembro e recebeu apoio do influente Prem Tinsulanonda, primeiro conselheiro do rei Bhumibol Adulyadej.
Abhisit, 44, líder do Partido Democrata (que era oposição), assumiu após a queda da coalizão de governo liderada pelo Partido do Poder Popular (PPP), dos partidários de Thaksin.
"Nossa exigência é que Abhisit ordene a dissolução do Parlamento porque ele não tem legitimidade", disse Jatuporn Prompan, um dos líderes dos protestos.
Os ativistas tentam derrubar o novo Executivo, acusando-o de chegar ao poder por um golpe de Estado disfarçado.
A Tailândia registrou meses de protestos nas ruas e a ocupação dos dois principais aeroportos de Bancoc. Com a queda das exportações devido à crise financeira global, a economia da Tailândia deve contrair neste trimestre e pode entrar em recessão em 2009, segundo economistas.
Com agências internacionais
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