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28/11/2002 - 15h48

Sobe para 15 o número de mortos em atentado no Quênia

da Folha Online

Pelo menos 15 pessoas morreram (incluindo três suicidas) e outras 20 ficaram feridas (18 delas israelenses) hoje na explosão de um carro-bomba em um hotel perto de Mombaça, na costa do Quênia, segundo informações do governo. Entre os mortos há três turistas israelenses (duas crianças).

Minutos antes da explosão, no que parece ser um atentado simultâneo, um avião israelense com 261 passageiros teria sido alvo de mísseis. A aeronave não foi atingida e nenhum passageiro ficou ferido.

O vice-presidente do Quênia, Musalia Mudavadi, afirmou hoje que não descarta a participação da rede terrorista Al Qaeda no ataque suicida contra o hotel que estava cheio de israelenses.



Mas um grupo auto-intitulado Exército da Palestina reivindicou a responsabilidade dos ataques contra israelenses no Quênia hoje para marcar o aniversário da resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) que dividiu a antiga Palestina entre árabes e judeus, em 1947.

Em um comunicado enviado por fax, o grupo, até então desconhecido, disse que enviou duas células de atacantes ao Quênia para "fazer o mundo ouvir mais uma vez a voz dos refugiados palestinos e lançar luz sobre o terrorismo sionista na Cisjordânia e Gaza".

Um grupo de turistas israelenses estava se registrando no hotel Mombaça Paradise quando um veículo entrou no edifício e explodiu às 8h25 (3h25 de Brasília), segundo um funcionário do governo queniano.

Pelo menos 140 turistas israelenses tinham acabado de chegar ao hotel, pertencente a um grupo financeiro de Israel.

Uma israelense, Chantale Harouche contou que sua filha Linor, que estava no hotel, lhe disse que havia "crianças israelenses e quenianas entre as vítimas", acrescentando que o hotel estava em chamas.

Um garçom que trabalha no hotel disse que viu um carro verde aproximando-se da porta principal do hotel antes de se chocar contra uma barreira de proteção na entrada e explodir.

"Eu ouvi o barulho muito alto de uma explosão", disse um hóspede do hotel para uma rede de TV local. Outro hóspede disse que havia muitos feridos, incluindo crianças.

Uma mulher israelense chamada Neima disse para rádio de Israel que ela havia acabado de chegar ao hotel quando houve a explosão. "Pessoas foram cortadas nas pernas, braços e várias outras partes do corpo. Tudo começou a pegar fogo", disse.

Ataque de míssil
Um outro incidente, também no Quênia, foi registrado hoje. Dois mísseis teriam sido lançados contra um avião israelense que acabara de levantar vôo do aeroporto de Mombaça, disse Ron Prosor, porta-voz do ministro das Relações Exteriores de Israel.

Segundo um oficial da companhia aérea, o piloto viu um facho de luz passando do lado esquerdo da aeronave, e o identificou como um míssel.

"Isso o que nós estamos vendo hoje parece mais uma ação orquestrada pela rede terrorista Al Qaeda", disse um diplomata israelense, que prefeiriu não ter o nome divulgado. De acordo com a imprensa de Israel, o hotel é de propriedade de um cidadão israelense.

Os Estados Unidos acusam o líder da rede Al Qaeda, Osama bin Laden, por dois atentados realizados com caminhões-bomba em 7 de agosto de 1998. Na época, explosões quase simultêneas nas embaixadas dos EUA em Nairóbi (capital do Quênia) e Dar-es-Salam (Tanzânia) deixaram um saldo de 224 mortos (entre eles 12 americanos) e 5.000 feridos.

A Al Qaeda também é acusada pelo governo dos EUA de ser a responsável pelos ataques contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, em 11 de setembro de 2001.

Atiradores
Hoje, cinco pessoas morreram e 20 ficaram feridas (13 em estado grave) quando tiros de arma automática e granadas atingiram uma seção eleitoral do Likud (partido de direita) em Beit Shean, norte de Israel. Os dois terroristas que participaram da ação foram mortos por policiais israelenses, segundo o jornal "Ha´aretz".

As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligadas ao Fatah (grupo político de Iasser Arafat), reivindicaram a responsabilidade do ataque.

De acordo com o prefeito de Beit Shean, Pini Kabalo, o ataque teria começado na principal estação de ônibus da região e seguido para a seção do Likud, a cera de 50 metros de distância. Os atiradores abriram fogo contra pessoas que estavam em frente à seção para participar da eleição que vai escolher o novo chefe que os representará nas eleições legislativas de janeiro. Mais de 300 mil membros devem participar da votação.


Com agências internacionais

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