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30/12/2008 - 13h04

Netanyahu, favorito para novo premiê de Israel, diz que Hamas precisa ser extirpado

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JEFFREY HELLER
da Reuters, em Jerusalém

Benjamin Netanyahu, apontado pelas pesquisas de opinião como o favorito para se tornar primeiro-ministro de Israel na eleição de 10 de fevereiro, disse nesta terça-feira que um governo sob sua liderança utilizaria "todos os meios necessários" para pôr fim ao governo do movimento islâmico radical Hamas, em Gaza.

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Desde sábado (27), Israel lança bombardeios aéreos contra ao menos 16 pontos da faixa de Gaza em uma grande ofensiva contra o movimento radical islâmico Hamas. Os bombardeios já causaram mais de 340 mortes e deixaram ao menos 1.400 feridos.

Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à suposta violação --e lançamento de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19. Trata-se da pior ofensiva realizada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Netanyahu, chefe do partido de oposição Likud (direita), fez os comentários em uma entrevista à agência de notícias Reuters, dizendo ter respondido a um chamado do primeiro-ministro Ehud Olmert "para ajudar os esforços de relações públicas de Israel durante a atual operação em Gaza".

"A ação exigida é algo que retire de cena este regime do Hamas", disse Netanyahu.

Perguntado se Israel está buscando fazer isso durante a campanha militar lançada no sábado (27) com o objetivo declarado de interromper os ataques com foguetes do Hamas, ele disse: "Se é possível fazer isso agora é algo que não acho que podemos discutir aqui. Mas isso deve ser discutido porque, no final das contas, se não o fizermos, o Hamas vai se rearmar."

Netanyahu respondeu afirmativamente quando questionado se a remoção da administração do Hamas da faixa de Gaza, território conquistado pelo grupo em 2007, seria uma meta-chave para um governo liderado pelo Likud.

Com relação a como pôr fim ao controle do Hamas no enclave, ele disse, sem cautela: "Com todos os meios necessários para fazê-lo."

Com as operações em Gaza, disse Netanyahu, Israel quer "ter certeza que os disparos de foguetes parem, mas também que a capacidade de disparar foguetes no futuro também seja interrompida."

Ele não quis comentar sobre quais possíveis táticas militares Israel deve usar além dos ataques aéreos, que mataram 340 palestinos, entre eles, de acordo com números da ONU (Organização das Nações Unidas), ao menos 62 civis.

Netanyahu disse que Israel está tentando minimizar as mortes de civis palestinos. Ele acusou o Hamas de usar civis da faixa de Gaza como "escudos humanos" ao colocar lançadores de foguetes e armas em áreas densamente povoadas.

Netanyahu foi premiê de 1996 a 1999. Analistas israelenses disseram que a liderança dele nas pesquisas poderia ser ameaçada pelo apoio popular à campanha em Gaza promovida pelo atual governo de coalizão, liderado pelo partido Kadima (centro).

 

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