Publicidade
Publicidade
Países do golfo pedem fim de "massacre"; EUA anunciam ajuda humanitária
Publicidade
da Folha Online
Os países-membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) pediram nesta terça-feira à comunidade internacional que "atue imediatamente" para deter o "massacre" israelense contra os palestinos na faixa de Gaza. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, também aumentou as pressões aos líderes árabes e israelenses para um cessar-fogo durável, disse o Departamento de Estado.
Veja cobertura completa sobre o conflito em Gaza
Gaza vive o quarto dia consecutivo de uma grande ofensiva militar de Israel, com bombardeios que atingiram diversos pontos da região habitada por palestinos e que matou pelo menos 340 pessoas e feriu outras 1.400.
Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação --e lançamento de foguetes-- do Hamas a uma trégua de seis meses que acabou oficialmente no último dia 19. Trata-se da pior ofensiva realizada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
O pedido dos membros do CCG foi feito no encerramento de sua cúpula anual, iniciada na segunda-feira, em Omã.
Segundo o comunicado final da reunião, o grupo manterá contatos "urgentes" com os membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU para que a comunidade internacional assuma suas responsabilidades e ofereça a proteção necessária para o povo palestino.
Os reunidos pediram, além disso, a Israel que detenha suas práticas contra "os inocentes palestinos".
Além disso, pediram a todas as facções palestinas que se unam nesta "época crítica" para recuperar seus direitos legítimos e estabelecer um Estado independente.
O ministro de Relações Exteriores de Omã, Youssef bin Allawi bin Abdullah, afirmou em entrevista coletiva ao término da cúpula, que "a crise da faixa de Gaza é muito crítica", e assegurou que se estão exercendo esforços para resolvê-la.
Abdullah classificou a reunião dos ministros de Relações Exteriores árabes, prevista para amanhã no Cairo, de "muito importante" e destacou a necessidade de uma cúpula árabe extraordinária para tratar a crise de Gaza.
Na jornada desta terça-feira, os líderes dos países-membros do CCG aprovaram um acordo para conseguir uma união monetária entre os seis estados componentes deste organismo: Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Barein, Catar e Omã.
Esse pacto, que ainda não foi ratificado, especifica as estratégias necessárias para conseguir essa união monetária e a criação de um banco central para todos os membros do CCG.
No comunicado final da cúpula, não se especificou para quando está prevista a união.
Entre os assuntos dos quais trataram os reunidos figura também a importância de encontrar medidas para a estabilização dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
Os membros do CCG, que dispõem de 40% das reservas de petróleo do mundo, analisaram ainda os esforços necessários para enfrentar a crise econômica mundial.
Pressão americana
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA informou nesta terça-feira que Rice "está trabalhando arduamente para conseguir que ambos os lados acordem restabelecer um cessar-fogo e que este possa ser plenamente respeitado".
Segundo o porta-voz, a chefe da diplomacia americana realizou uma série de consultas telefônicas com líderes árabes e israelenses, entre eles o rei Abdullah da Jordânia, na busca de uma solução duradoura e para que o grupo radical Hamas não lance mais ataques contra Israel.
Os Estados Unidos responsabilizaram o governo do Hamas na faixa de Gaza pela nova espiral de violência, iniciada após o fim de um cessar-fogo de seis meses em 19 de dezembro.
O governo do Hamas lançou ataques com foguetes rumo ao território israelense, e Israel respondeu com bombardeios aéreos contra alvos militares e civis na Faixa de Gaza.
Em paralelo, o Departamento de Estado disse nesta terça-feira em comunicado que os Estados Unidos contribuirão com US$ 85 milhões em assistência humanitária para os refugiados palestinos na Cisjordânia e na faixa de Gaza.
O dinheiro será canalizado através de uma agência das Nações Unidas encarregada de dar assistência humanitária aos refugiados palestinos no Oriente Médio.
Do total de fundos, US$ 25 milhões serão destinados aos trabalhos que as Nações Unidas realizam na Cisjordânia e na faixa de Gaza, e os outros US$ 60 milhões irão para o fundo geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês).
Através dessa ajuda humanitária, os refugiados palestinos, que formam 70% da população na faixa de Gaza e 30% da Cisjordânia, receberão provisões "urgentemente necessárias" como alimentos, remédios e outros tipos de assistência humanitária, destacou o comunicado.
Por sua vez, a contribuição americana ao fundo geral da UNRWA apoiará os projetos de educação, cobertura médica e serviços sociais para mais de 4,6 milhões de refugiados palestinos inscritos nesses programas na faixa de Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Líbano e Síria, acrescentou o documento.
Em 2008, os Estados Unidos contribuíram com US$ 184,68 milhões para a UNRWA, diz o documento.
O Departamento de Estado também reiterou seu pedido às partes envolvidas para que se permita a entrada de ajuda por parte de UNRWA e outras organizações de assistência humanitária.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice