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Israel faz reunião nesta quarta-feira para avaliar cessar-fogo em Gaza
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da Folha Online
O Gabinete de Segurança de Israel fará uma nova reunião nesta quarta-feira (31) para analisar várias propostas de cessar-fogo dos ataques empreendidos na faixa de Gaza. Entre as propostas está a de trégua de 48 horas feita pelo ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, em nome de ministros da União Européia.
Veja cobertura completa sobre o conflito em Gaza
Uma reunião realizada nesta terça-feira (30) não chegou a uma decisão final. Segundo o jornal israelense "Haaretz", em reunião com o primeiro-ministro Ehud Olmert e a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, o ministro da Defesa, Ehud Barak, recomendou que Israel deixasse o confronto nos próximos dias, usando iniciativas internacionais trabalhadas no momento.
Barak é favorável à proposta francesa, que, segundo o jornal, tem o objetivo de testar se o Hamas cumpriria a trégua temporária e interromperia o lançamento de foguetes Qassam em território israelense. Além disso, a trégua teria fins humanitários.
Entretanto, Olmert e Livni são pouco entusiastas da proposta. "Não existe essa coisa de 'cessar-fogo humanitário'", afirmou Olmert, nesta terça-feira. "Gaza não está em crise humanitária. Nós estamos enviando constantemente comida e alimentos e não há necessidade de cessar-fogo humanitário."
Os bombardeios sobre Gaza começaram no sábado (27) e têm o objetivo declarado de destruir a capacidade militar do grupo extremista Hamas. Segundo levantamento de agências internacionais, o número de palestinos mortos ultrapassou 380 e há ao menos 1.700 feridos. Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação --com o lançamento de foguetes-- do Hamas a uma trégua de seis meses que acabou oficialmente no último dia 19.
A atual operação militar contra Gaza começou uma semana depois do fim de um cessar fogo entre Israel e o grupo radical Hamas, que domina a faixa de Gaza desde junho de 2007. O acordo foi negociado sob intermediação egípcia, mas não foi renovado devido a acusações mútuas entre Israel e o Hamas de desrespeito aos termos da trégua.
Enquanto há sinais nos bastidores de que pode haver uma solução negociada para a atual crise, o governo israelense demonstra ostensivamente seus preparativos para continuar combatendo. Na noite desta terça-feira foi discutida a convocação de mais reservistas para apoiar uma possível invasão de Gaza.
Já o Hamas ameaçou atingir o território israelense de forma mais profunda, com foguetes, se o Estado judaico continuar sua ofensiva.
"Dissemos aos dirigentes do inimigo: se vocês continuarem seu assalto, nossos foguetes atingirão ainda mais profundamente do que as cidades que já atingimos", declarou, em entrevista coletiva em Gaza, um porta-voz mascarado do braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedin al-Qassam.
Pressão internacional
Em Paris, a União Européia e os outros membros do Quarteto para o Oriente Médio, que estão em uma reunião de emergência, apelam por uma trégua humanitária em Gaza.
A Comissão Européia, em Bruxelas, voltou a pedir ao Hamas e a Israel que cessem os ataques e fez um apelo por "medidas urgentes" para permitir o acesso de ajuda humanitária à população civil de Gaza.
No Egito, o presidente Hosni Mubarak também pediu o fim imediato dos ataques aéreos israelenses. "Nós dissemos a Israel que suas agressões são rejeitadas e condenadas e que devem cessar imediatamente", frisou.
Na manhã desta terça-feira, o presidente dos EUA, George W. Bush, telefonou para o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e para seu primeiro-ministro Salam Fayad para conversar 'sobre as condições de um cessar-fogo duradouro' na faixa de Gaza, anunciou a Casa Branca.
"Primeira fase"
Desde o início da ofensiva, Israel atacou a faixa de Gaza basicamente pelo ar e, de forma episódica, pelo mar, sempre lançando a ameaça de operações terrestres.
A ofensiva militar israelense contra o Hamas na faixa de Gaza está apenas na primeira fase e pode durar semanas, conforme advertência lançada nesta terça por Israel, que mantém tropas terrestres preparadas para entrar no território palestino.
"As operações aéreas e marítimas do Exército israelense constituem a primeira fase entre várias já aprovadas pelo gabinete de segurança", disse o premier Ehud Olmert, durante uma reunião com o presidente Shimon Peres, em Tel Aviv. De acordo com Peres, "o que nós queremos não é um cessar-fogo, mas o fim do terrorismo".
Com agências internacionais
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