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05/12/2002
-
05h05
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
Uma marcha de argentinos desempregados e aposentados atravessou ontem a cidade de Buenos Aires pedindo 500 mil quilos de comida. Os manifestantes partiram da periferia pela manhã e chegaram à sede do governo, na praça de Maio, no final da tarde.
Cerca de 4.000 pessoas percorreram a avenida Rivadavia, que os argentinos chamam de "a maior avenida do mundo". A avenida se estende por 30 km na região metropolitana da capital, metade deles -o trecho que foi percorrido pelos manifestantes- apenas na cidade de Buenos Aires.
Os manifestantes entregaram cartas às unidades de grandes redes de supermercados pedindo que doassem alimentos a restaurantes populares e a associações assistenciais. Os organizadores da marcha, que contavam com apoio de associações de comerciantes, prometeram fazer nova manifestação para recolher as doações.
A marcha ocorre em meio à comoção causada no país pela morte de crianças por desnutrição -somente em Tucumán, uma das Províncias argentinas mais pobres, foram 16 vítimas no último mês e meio.
O protesto foi também uma resposta política ao pré-candidato à Presidência e ex-presidente Carlos Menem (1989-99), cujos partidários, supostamente, estariam oferecendo dinheiro para que grupos organizassem saques a supermercados e lojas no dia 20.
Nesta data, quando se completa um ano das manifestações que derrubaram o então presidente Fernando de la Rúa, várias manifestações estão agendadas. Segundo os manifestantes, os partidários de Menem pretendem gerar um clima de medo que seria favorável ao pré-candidato, que apresentou há duas semanas um plano de segurança que inclui a ação do Exército no policiamento.
"Fizemos uma marcha pacífica para mostrar que nenhum desempregado honesto irá fazer saques. Somos pobres e chamamos todos os comerciantes para que venham conosco em 20 de dezembro à praça de Maio", afirmava Raúl Castells, líder do Movimento Independente de Aposentados e Desempregados e um dos organizadores da marcha.
Os protestos ocorreram em todo o país, e, como em Buenos Aires, os manifestantes organizaram piquetes e pediram que as grandes redes de supermercados doassem alimentos.
Na Província de Córdoba, a empresa de laticínios Sancor anunciou que entregará leite a 40 restaurantes populares, gratuitamente. Em Buenos Aires, a rede de supermercados Coto disse que doará 8.000 kg de alimentos.
Manifestação de argentinos pede comida
MARCELO BILLIda Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
Uma marcha de argentinos desempregados e aposentados atravessou ontem a cidade de Buenos Aires pedindo 500 mil quilos de comida. Os manifestantes partiram da periferia pela manhã e chegaram à sede do governo, na praça de Maio, no final da tarde.
Cerca de 4.000 pessoas percorreram a avenida Rivadavia, que os argentinos chamam de "a maior avenida do mundo". A avenida se estende por 30 km na região metropolitana da capital, metade deles -o trecho que foi percorrido pelos manifestantes- apenas na cidade de Buenos Aires.
Os manifestantes entregaram cartas às unidades de grandes redes de supermercados pedindo que doassem alimentos a restaurantes populares e a associações assistenciais. Os organizadores da marcha, que contavam com apoio de associações de comerciantes, prometeram fazer nova manifestação para recolher as doações.
A marcha ocorre em meio à comoção causada no país pela morte de crianças por desnutrição -somente em Tucumán, uma das Províncias argentinas mais pobres, foram 16 vítimas no último mês e meio.
O protesto foi também uma resposta política ao pré-candidato à Presidência e ex-presidente Carlos Menem (1989-99), cujos partidários, supostamente, estariam oferecendo dinheiro para que grupos organizassem saques a supermercados e lojas no dia 20.
Nesta data, quando se completa um ano das manifestações que derrubaram o então presidente Fernando de la Rúa, várias manifestações estão agendadas. Segundo os manifestantes, os partidários de Menem pretendem gerar um clima de medo que seria favorável ao pré-candidato, que apresentou há duas semanas um plano de segurança que inclui a ação do Exército no policiamento.
"Fizemos uma marcha pacífica para mostrar que nenhum desempregado honesto irá fazer saques. Somos pobres e chamamos todos os comerciantes para que venham conosco em 20 de dezembro à praça de Maio", afirmava Raúl Castells, líder do Movimento Independente de Aposentados e Desempregados e um dos organizadores da marcha.
Os protestos ocorreram em todo o país, e, como em Buenos Aires, os manifestantes organizaram piquetes e pediram que as grandes redes de supermercados doassem alimentos.
Na Província de Córdoba, a empresa de laticínios Sancor anunciou que entregará leite a 40 restaurantes populares, gratuitamente. Em Buenos Aires, a rede de supermercados Coto disse que doará 8.000 kg de alimentos.
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