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06/12/2002
-
06h06
da Agência Folha, em Porto Alegre
O deputado liberal Blas Llano, 35, autor do pedido de impeachment de Luis González Macchi, diz ter esperança de que, ainda neste ano, o presidente paraguaio seja afastado do poder.
"É um momento histórico para o Paraguai. É a primeira vez que um pedido é aprovado. Por isso, acredito no afastamento", disse ele à Agência Folha.
Agência Folha - O que há de diferente neste pedido de impeachment em relação a outros? O que o faria ir adiante?
Blas Llano - Conseguimos a aprovação dos deputados. É um momento histórico para o Paraguai. É a primeira vez que um pedido é aprovado. Por isso, acredito no afastamento. Tudo pode acontecer.
Agência Folha - Qual o procedimento agora? As eleições são em abril do ano que vem. Haveria tempo hábil para o afastamento?
Llano - Não há um tempo estabelecido, mas tudo pode acontecer ainda neste ano. Quatro deputados [de quatro partidos diferentes de oposição] vão relatar o pedido e têm 15 dias para apresentá-lo ao Senado. O Senado, depois disso, transforma-se em um tribunal. Haverá, então, alegações das duas partes, acusando e defendendo o presidente. Acredito no afastamento.
Agência Folha - E depois, caso isso ocorra? Quem será o presidente até o dia 27 de abril, data da eleição presidencial?
Llano - Como Yoyito [Julio César Franco, que deixou a Vice-Presidência para ser candidato presidencial pelo Partido Liberal Radical Autêntico] não pode, será o presidente do Congresso ou alguém eleito pelo Congresso. Creio na segunda hipótese.
Agência Folha - Qual é a divisão de forças? O que é necessário para o impeachment e para a escolha do novo nome?
Llano - É difícil ver a divisão de forças pelos partidos, que são muito divididos. Dos 45 senadores, 25 são do Partido Colorado, mas se trata de um partido dividido. Os outros são 13 liberais e sete do Encontro Nacional.
Dos 80 deputados, 45 são colorados, 26 liberais, seis do Encontro Nacional, 12 do País Solidário e um da Pátria Querida. Com dois terços no Senado, é aprovado o afastamento, e com dois terços das duas Casas, em sessão única, é indicado o novo presidente.
"É histórico", diz autor do pedido de impeachment no Paraguai
LÉO GERCHMANNda Agência Folha, em Porto Alegre
O deputado liberal Blas Llano, 35, autor do pedido de impeachment de Luis González Macchi, diz ter esperança de que, ainda neste ano, o presidente paraguaio seja afastado do poder.
"É um momento histórico para o Paraguai. É a primeira vez que um pedido é aprovado. Por isso, acredito no afastamento", disse ele à Agência Folha.
Agência Folha - O que há de diferente neste pedido de impeachment em relação a outros? O que o faria ir adiante?
Blas Llano - Conseguimos a aprovação dos deputados. É um momento histórico para o Paraguai. É a primeira vez que um pedido é aprovado. Por isso, acredito no afastamento. Tudo pode acontecer.
Agência Folha - Qual o procedimento agora? As eleições são em abril do ano que vem. Haveria tempo hábil para o afastamento?
Llano - Não há um tempo estabelecido, mas tudo pode acontecer ainda neste ano. Quatro deputados [de quatro partidos diferentes de oposição] vão relatar o pedido e têm 15 dias para apresentá-lo ao Senado. O Senado, depois disso, transforma-se em um tribunal. Haverá, então, alegações das duas partes, acusando e defendendo o presidente. Acredito no afastamento.
Agência Folha - E depois, caso isso ocorra? Quem será o presidente até o dia 27 de abril, data da eleição presidencial?
Llano - Como Yoyito [Julio César Franco, que deixou a Vice-Presidência para ser candidato presidencial pelo Partido Liberal Radical Autêntico] não pode, será o presidente do Congresso ou alguém eleito pelo Congresso. Creio na segunda hipótese.
Agência Folha - Qual é a divisão de forças? O que é necessário para o impeachment e para a escolha do novo nome?
Llano - É difícil ver a divisão de forças pelos partidos, que são muito divididos. Dos 45 senadores, 25 são do Partido Colorado, mas se trata de um partido dividido. Os outros são 13 liberais e sete do Encontro Nacional.
Dos 80 deputados, 45 são colorados, 26 liberais, seis do Encontro Nacional, 12 do País Solidário e um da Pátria Querida. Com dois terços no Senado, é aprovado o afastamento, e com dois terços das duas Casas, em sessão única, é indicado o novo presidente.
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