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13/01/2009 - 08h40

Para Amorim, críticas a viagem são falta de autoestima

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do enviado especial da Folha de S.Paulo a Jerusalém

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu ontem a relevância de sua viagem ao Oriente Médio, destinada a oferecer apoio a um cessar-fogo na faixa de Gaza, e classificou as críticas que recebeu como um sintoma da baixa autoestima dos brasileiros.

Amorim disse que ele "e grande parte do mundo" discordam dos comentários feitos por seus antecessores Celso Lafer e Luiz Felipe Lampreia, que questionaram a capacidade de o Brasil ter influência na busca de uma solução para o conflito.

Arte Folha Online
mapa israel 330

"Só quem não acredita no Brasil são os brasileiros. Isso se passava antes da Copa de 58, como dizia o Nelson Rodrigues", comparou Amorim. "No futebol nós superamos essa síndrome. Na política e no comércio internacional não."

O périplo de Amorim começou no domingo em Damasco, onde ele se reuniu com o presidente sírio, Bashar Assad. A Síria é uma das bases de apoio do grupo extremista Hamas, alvo da ação israelense em Gaza, e residência de um de seus principais líderes, Khaled Meshaal.

Amorim não deixou claro se estaria disposto a falar com o Hamas, mas disse que conversou com Assad sobre o grupo. "Conversei com o governo sírio e a minha sensação é que a Síria tem interesse no processo de paz e sente a necessidade de uma interlocução internacional mais ampla", disse.

De Damasco ele seguiu para Jerusalém --como ambas estão em estado de guerra, o avião da FAB teve de pousar antes em Amã. No encontro com a chanceler israelense, Tzipi Livni, Amorim foi indagado sobre a nota do PT comparando a ação em Gaza a métodos nazistas.

"Eu disse a ela que só posso ser responsável pelas notas de cuja redação participo", contou o ministro. Ontem, cerca de 50 pessoas se reuniram em frente à Embaixada do Brasil em Tel Aviv para protestar contra a nota, em ato organizado pela comunidade brasileira local.

Em entrevista a jornalistas brasileiros em Jerusalém, Amorim defendeu a relevância de sua missão, mencionando que foi incentivado por vários países e que foi muito bem recebido na Síria, em Israel e na cidade palestina de Ramallah.

Ele evitou usar a palavra "neutro" para definir a atuação do Brasil --"parece que não estamos ligando para nada"-- mas ressaltou que fatores como não ter sido uma potência colonial, ser um exemplo de convivência pacífica entre judeus e árabes e ter presença em todos os foros internacionais credenciam o país como interlocutor.

"Não tenho ilusões de que estamos aqui para resolver um problema que ninguém resolveu. Mas fazemos parte de um conjunto de esforços da comunidade internacional", disse Amorim. "A comunidade internacional não pode ser só EUA e União Europeia." De Israel Amorim seguiu para a Jordânia, de onde partiu um carregamento de ajuda humanitária do Brasil para Gaza, e para o Egito, última escala da viagem.

Comentários dos leitores
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
Ricardo Perrone ( ) 31/01/2010 23h26 Vc tem razão, mas estão legalmente instalados no escritorio da CIA em São Paulo, com autorização da justiça paulista. A alguns anos um militar libanês de passagem por São Paulo foi seguido e assassinado num posto de gasolina, obviamente ninguém viu e nem sabia de nada. Se ele não fosse ligado à Siria (ainda estavam as tropas por lá) não se poderia dizer que foi a moçada. Esse negócio do governo brasileiro fazer vista grossa ao serviço militar para moleques servirem em Israel tem que acabar. Não dá para ficarem em cima do muro, ou vão para um lado ou vão para o outro. Incrível é que fazem como os batistas, alegando drama de consciência religiosa, para irem matar grávidas na Palestina (kill 2). Lamentável. sem opinião
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mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
puxa, o sr Ricardo Perrone me descobriu.
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
sem opinião
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hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
O rabino Yitzhak Shapira, que foi detido para interrogatório pelo Shin Bet (agência sionista de segurança) por sua suposta implicação com o incêndio da mesquita em Yasuf, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, é responsável pela escola Yeshiva "Od Yosef Chai" em Yitzhar, e é um discípulo do rabino Yitzhak Ginsberg .Gisnberg é considerado por acadêmicos do judaísmo moderno como um importante e original pensador da área do hassidut e da cabala e, além disso, ele é bem conhecido pelas suas visões extremadas diante das "diferenças fundamentais" entre judeus e não-judeus (goys), as quais tem um toque sensível de racismo. No prefácio do livro Torat Hamelech de autoria de Shapira e do rabino Yosef Elitzur, Ginsberg aponta para a necessidade de apontar as tais "diferenças fundamentais" entre judeus e goys "numa época onde nós somos obrigados a conquistar "a terra de israel", (a Palestina) de nossos inimigos, portanto, nós podemos agir "de acordo com as necessidades", dentro do espírito da Tora e então podemos fortalecer o espírito da nação e de nossos soldados." O livro menciona o assassinato de goys na guerra e inclui a seguinte passagem: - Há uma razão para matar bebês (do inimigo), mesmo se eles não violarem as 7 leis de Noé, por causa do futuro perigo que eles possam representar, quando eles irão crescer para tornar-se diabos como seus pais A hedionda e inimaginável atitude de pregar o assassinato de bebês de colo ou gestantes, só pode sair de mentes doentias, mas, já inspirou até camisetas para o exército sionista com a estampa de uma palestina grávida onde se lia "um tiro, duas mortes". Para que esta idéia de punição antecipada possa ser aplicada, é necessário preparar a grande massa, retirando-lhe qualquer vontade à resistência e para tal se conta com a lavagem cerebral diária da "grande mídia", de Holowood e outros que trabalham alinhados com a Nova Ordem Mundial Sionista e seu fundamentalismo religioso. 1 opinião
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