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15/01/2009 - 19h09

Amorim critica Israel por recusar resolução da ONU por cessar-fogo

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) criticou nesta quinta-feira o governo de Israel por não cumprir a resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) por um cessar-fogo imediato. Amorim apelou ainda para que a comunidade internacional pressione pelo fim dos conflitos na faixa de Gaza. Para ele, o "maior problema é a falta de vontade política".

"Se não houver esse cumprimento [da resolução da ONU], nós estaremos sendo jogados numa lei da selva", disse o diplomata, que passou quase uma semana no Oriente Médio reforçando a necessidade de buscar a paz na região. "É preciso acabar com as mortes e aliviar o sofrimento dos civis, sobretudo, dos palestinos."

Em seguida, o ministro afirmou que: "Algo que precisamos não é de um processo de paz, mas de paz. O que falta é vontade política para concretizar a paz".

Para Amorim, basta o governo de Israel decretar um cessar-fogo que os ataques do lado palestino também serão interrompidos.

"É só um lado começar a cumprir o cessar-fogo que as outras condições ocorrerão", disse o diplomata. "Não creio que se houvesse um cessar-fogo, o Hamas [grupo radical islâmico] continuaria enviando foguetes", afirmou Amorim. "É um problema solúvel. O problema mais difícil é de natureza política."

Amorim destacou ainda que o fato de o governo norte-americano ter optado pela abstenção na votação sobre o cessar-fogo na faixa de Gaza durante votação no Conselho de Segurança da ONU demonstrou uma sinalização de desconforto com a continuidade da ofensiva. "É um sinal que os Estados Unidos sentem um desconforto", afirmou.

Ataques

Desde que Israel iniciou a ofensiva em Gaza, há 20 dias, mais de mil palestinos foram mortos e outros 4.000 feridos. Segundo informações de palestinos, 40% dos mortos são civis --para Israel, 75% são militantes do Hamas. Do lado israelense, 13 foram mortos, dos quais três civis.

Nesta quinta-feira, além de atacar o prédio da ONU, Israel também bombardeou um hospital do Crescente Vermelho --a Cruz Vermelha dos países muçulmanos-- e um complexo com os escritórios das mídias árabes e ocidentais.

Amorim lamentou o bombardeio ao prédio e o depósito destinado a mantimentos para as vítimas que pertence à ONU. Desde o último sábado (10), o ministro conversou com representantes dos governos da Síria, de Israel, da Autoridade Nacional Palestina (ANP), da Jordânia e do Egito.

Respeito

O ministro afirmou que sua missão no Oriente Médio foi positiva porque o papel do Brasil tem relevância pelo tamanho do país e também pelo destaque econômico brasileiro. Segundo ele, as autoridades estrangeiras respeitam o governo brasileiro. "Não senti a ausência de confiança que há no Brasil, e felizmente está diminuindo, lá fora", disse.

Para Amorim, o governo brasileiro cumpriu o papel que deveria exercer nas negociações de paz. "Não é só com bombas atômicas que se credencia para falar pela paz", disse ele.

O diplomata disse ainda que o governo brasileiro manterá as negociações com Israel, os representantes da Autoridade Palestina e também do Irã. A resposta dele foi uma reação ao questionamento sobre a eventual retirada do embaixador do Brasil em Israel, como fizeram os governos da Venezuela e Bolívia.

Comentários dos leitores
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
Ricardo Perrone ( ) 31/01/2010 23h26 Vc tem razão, mas estão legalmente instalados no escritorio da CIA em São Paulo, com autorização da justiça paulista. A alguns anos um militar libanês de passagem por São Paulo foi seguido e assassinado num posto de gasolina, obviamente ninguém viu e nem sabia de nada. Se ele não fosse ligado à Siria (ainda estavam as tropas por lá) não se poderia dizer que foi a moçada. Esse negócio do governo brasileiro fazer vista grossa ao serviço militar para moleques servirem em Israel tem que acabar. Não dá para ficarem em cima do muro, ou vão para um lado ou vão para o outro. Incrível é que fazem como os batistas, alegando drama de consciência religiosa, para irem matar grávidas na Palestina (kill 2). Lamentável. sem opinião
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mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
puxa, o sr Ricardo Perrone me descobriu.
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
sem opinião
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hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
O rabino Yitzhak Shapira, que foi detido para interrogatório pelo Shin Bet (agência sionista de segurança) por sua suposta implicação com o incêndio da mesquita em Yasuf, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, é responsável pela escola Yeshiva "Od Yosef Chai" em Yitzhar, e é um discípulo do rabino Yitzhak Ginsberg .Gisnberg é considerado por acadêmicos do judaísmo moderno como um importante e original pensador da área do hassidut e da cabala e, além disso, ele é bem conhecido pelas suas visões extremadas diante das "diferenças fundamentais" entre judeus e não-judeus (goys), as quais tem um toque sensível de racismo. No prefácio do livro Torat Hamelech de autoria de Shapira e do rabino Yosef Elitzur, Ginsberg aponta para a necessidade de apontar as tais "diferenças fundamentais" entre judeus e goys "numa época onde nós somos obrigados a conquistar "a terra de israel", (a Palestina) de nossos inimigos, portanto, nós podemos agir "de acordo com as necessidades", dentro do espírito da Tora e então podemos fortalecer o espírito da nação e de nossos soldados." O livro menciona o assassinato de goys na guerra e inclui a seguinte passagem: - Há uma razão para matar bebês (do inimigo), mesmo se eles não violarem as 7 leis de Noé, por causa do futuro perigo que eles possam representar, quando eles irão crescer para tornar-se diabos como seus pais A hedionda e inimaginável atitude de pregar o assassinato de bebês de colo ou gestantes, só pode sair de mentes doentias, mas, já inspirou até camisetas para o exército sionista com a estampa de uma palestina grávida onde se lia "um tiro, duas mortes". Para que esta idéia de punição antecipada possa ser aplicada, é necessário preparar a grande massa, retirando-lhe qualquer vontade à resistência e para tal se conta com a lavagem cerebral diária da "grande mídia", de Holowood e outros que trabalham alinhados com a Nova Ordem Mundial Sionista e seu fundamentalismo religioso. 1 opinião
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