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19/12/2002
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21h42
Grupos de "piqueteiros", pobres e desempregados chegaram hoje a Buenos Aires, onde participarão amanhã de uma grande manifestação na Praça de Maio, para lembrar o primeiro aniversário da revolta popular que derrubou o presidente Fernando de la Rúa.
Vários integrantes da Federação Terra e Casa e da Central dos Trabalhadores Argentinos já chegaram à Praça de Maio, após uma passeata de 12 km iniciada na periferia oeste da capital.
Milhares de manifestantes, incluindo gente que veio a pé de distintas províncias, estão concentrados na periferia de Buenos Aires a espera da grande manifestação de amanhã.
Nas províncias, a manifestação está sendo precedida por vários bloqueios de estrada, mas sem incidentes, segundo a polícia.
Há um ano, milhares de pessoas saíram às ruas para exigir a renúncia do então ministro da Economia, Domingo Cavallo, e 24 horas depois forçaram a queda do presidente Fernando de la Rúa. Os conflitos de 2001 provocaram quase 30 mortes.
Hoje milhares de argentinos pobres e desempregados fizeram uma manifestação em Buenos Aires para lembrar o aniversário dos conflitos.
Segurança reforçada
Um grupo de desempregados carregando bandeiras tomou uma das principais avenidas da cidade e marchou em direção ao palácio presidencial, que teve a segurança reforçada. Outros grupos bloquearam ruas ao redor da capital.
Mas não houve sinal de semelhança com a violência que provocou o caos de 20 de dezembro do ano passado.
O governo fez um apelo por calma e a polícia intensificou patrulhas, armou barricadas na frente de lojas e o palácio presidencial foi cercado.
"Os únicos violentos são aqueles que causam fome", disse Luis D'Elia, líder de um grupo militante de desempregados. "A idéia da manifestação é lutar contra a concentração de riqueza e a corrupção política que tanto prejudicaram o país".
A exemplo do que ocorreu durante todo o ano, manifestantes jogaram tinta no prédio da Bolsa de Valores e queimaram efígies de políticos que culpam pela recessão de quatro anos na Argentina. A crise afundou metade da população na pobreza e um em cada cinco cidadãos está desempregado.
Protestos e barricadas
Foram realizados protestos e barricadas contra bancos, o governo e o Fundo Monetário Internacional quase todos os dias nos últimos meses. Foram instalados semáforos especiais na capital para advertir motoristas sobre bloqueios e manifestações nas ruas.
Norte-americanos e australianos que vivem ou estão passeando em Buenos Aires foram aconselhados por seus governos a evitar o centro da capital argentina.
O governo de Eduardo Duhalde, o quinto presidente da Argentina em um ano e que conduzirá o país até as eleições antecipadas de abril, pediu calma.
A televisão local transmitiu as cenas nos conflitos do ano passado que deixaram 27 mortos, e vários argentinos tomaram precauções. Muitos comerciantes compraram armas para se defender.
"Vou trabalhar com as persianas fechadas. As pessoas acham que haverá problema e duvido que terei muitos clientes", disse Daniel, mecânico de carros autônomo.
Com agências internacionais
Leia mais:
Milhares participam de jornada de manifestações na Argentina
Jornada de manifestações na Argentina começa com calma
Manifestantes chegam a Buenos Aires para grande protesto
da Folha OnlineGrupos de "piqueteiros", pobres e desempregados chegaram hoje a Buenos Aires, onde participarão amanhã de uma grande manifestação na Praça de Maio, para lembrar o primeiro aniversário da revolta popular que derrubou o presidente Fernando de la Rúa.
Vários integrantes da Federação Terra e Casa e da Central dos Trabalhadores Argentinos já chegaram à Praça de Maio, após uma passeata de 12 km iniciada na periferia oeste da capital.
Milhares de manifestantes, incluindo gente que veio a pé de distintas províncias, estão concentrados na periferia de Buenos Aires a espera da grande manifestação de amanhã.
Nas províncias, a manifestação está sendo precedida por vários bloqueios de estrada, mas sem incidentes, segundo a polícia.
Há um ano, milhares de pessoas saíram às ruas para exigir a renúncia do então ministro da Economia, Domingo Cavallo, e 24 horas depois forçaram a queda do presidente Fernando de la Rúa. Os conflitos de 2001 provocaram quase 30 mortes.
Hoje milhares de argentinos pobres e desempregados fizeram uma manifestação em Buenos Aires para lembrar o aniversário dos conflitos.
Segurança reforçada
Um grupo de desempregados carregando bandeiras tomou uma das principais avenidas da cidade e marchou em direção ao palácio presidencial, que teve a segurança reforçada. Outros grupos bloquearam ruas ao redor da capital.
Mas não houve sinal de semelhança com a violência que provocou o caos de 20 de dezembro do ano passado.
O governo fez um apelo por calma e a polícia intensificou patrulhas, armou barricadas na frente de lojas e o palácio presidencial foi cercado.
"Os únicos violentos são aqueles que causam fome", disse Luis D'Elia, líder de um grupo militante de desempregados. "A idéia da manifestação é lutar contra a concentração de riqueza e a corrupção política que tanto prejudicaram o país".
A exemplo do que ocorreu durante todo o ano, manifestantes jogaram tinta no prédio da Bolsa de Valores e queimaram efígies de políticos que culpam pela recessão de quatro anos na Argentina. A crise afundou metade da população na pobreza e um em cada cinco cidadãos está desempregado.
Protestos e barricadas
Foram realizados protestos e barricadas contra bancos, o governo e o Fundo Monetário Internacional quase todos os dias nos últimos meses. Foram instalados semáforos especiais na capital para advertir motoristas sobre bloqueios e manifestações nas ruas.
Norte-americanos e australianos que vivem ou estão passeando em Buenos Aires foram aconselhados por seus governos a evitar o centro da capital argentina.
O governo de Eduardo Duhalde, o quinto presidente da Argentina em um ano e que conduzirá o país até as eleições antecipadas de abril, pediu calma.
A televisão local transmitiu as cenas nos conflitos do ano passado que deixaram 27 mortos, e vários argentinos tomaram precauções. Muitos comerciantes compraram armas para se defender.
"Vou trabalhar com as persianas fechadas. As pessoas acham que haverá problema e duvido que terei muitos clientes", disse Daniel, mecânico de carros autônomo.
Com agências internacionais
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