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05/01/2003
-
23h27
Dois homens-bombas explodiram neste domingo simultaneamente na antiga rodoviária de Tel Aviv (Israel). O atentado deixou pelo menos 24 mortos (incluindo os suicidas) e cem feridos, segundo a Reuters. Parte das vítimas é de operários estrangeiros que trabalhavam no bairro onde ocorreu o ataque, Neve Shaanan.
Entre os feridos estrangeiros há ilegais que não se se dirigiram a hospitais, com medo de serem deportados, segundo a CNN. O governo israelense está fazendo um apelo para que esses ilegais não temam a expulsão e se dirijam a pronto-socorros para atendimento médico.
Há ainda possibilidade que o número de mortos ainda aumente, pois sete feridos estão em estado grave.
Centenas de pessoas estavam na antiga estação quando, segundo informações preliminares de TVs locais, dois homens-bomba teriam provocado as explosões. A região onde está localizada a antiga rodoviária é habitada em grande parte por estrangeiros.
"Eu ouvi uma explosão e senti um impacto. Eu percebi que havia muitas vítimas. Começamos a procurar por pessoas que ainda respiravam. Vi algumas das vítimas gravemente feridas, caídas no local", disse Alon Oz, uma das testemunhas do ataque, em entrevista à rádio do Exército.
Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligadas ao Fatah [grupo político de Iasser Arafat], reivindicaram o duplo atentado suicida de hoje em Tel Aviv.
"Dois dos nossos homens, carregados com bombas, conseguiram atravessar postos militares israelenses e atingir Tel Aviv", declara um comunicado emitido em Gaza e assinado pelas Brigadas de Al Aqsa.
O comunicado informa a identidade dos dois suicidas: Burak Khalifa e Tamir al Nuri, da cidade autônoma de Nablus, na Cisjordânia, ocupada pelo Exército israelense.
Mais cedo, o grupo radical palestino Jihad Islâmico assumiu a responsabilidade pelas explosões, ocorridas por volta das 18h30. Em seguida, o Izzedin al Qassam [braço armado do grupo extremista islâmico Hamas], também reivindicou a autoria do ataque, por meio de um telefonema à agência France Presse.
O último atentado em Israel havia ocorrido em 21 de novembro, quando um suicida palestino matou 11 pessoas ao explodir o próprio corpo dentro de um ônibus em um subúrbio de Jerusalém.
Retaliação
Helicópteros israelenses dispararam pelo menos nove mísseis contra alvos da cidade de Gaza após o atentado de Tel Aviv, informou a rede CNN. Quatro pessoas teriam ficado feridas nos ataques.
Palestinos disseram ter visto em Gaza os helicópteros voando baixo. Depois, os mísseis foram disparados, segundo eles. Não há informações sobre vítimas.
Moradores também disseram que as forças armadas israelenses estão se concentrando no campo de Rafah, no sul da faixa de Gaza. O Exército preferiu não comentar a informação.
O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, convocou uma reunião de emergência com seu gabinete, para determinar qual será a resposta ao atentado terrorista.
Antes de se reunir com seus ministros, Sharon atendeu a um telefonema do secretário de Estado norte-americano, Collin Powel, que enviou as "condolências" da Casa Branca.
O presidente norte-americano, George W. Bush, condenou o duplo atentado, afirmando que se trata de "um brutal ato de terror", segundo a Casa Branca.
Por outro lado, a direção da Autoridade Nacional Palestina (ANP) também condenou o ataque e anunciou que perseguirá os mentores do ataque "com firmeza".
Os líderes palestinos "denunciam energicamente a operação condenável que tinha como alvo civis israelenses", declarou a ANP, por meio de um comunicado.
A direção "insiste em sua determinação de perseguir com firmeza os mentores dessa operação", acrescentou a nota.
Leia mais
Sharon convoca gabinete para decidir resposta ao ataque suicida
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Com agências internacionais
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Dois suicidas explodem em Tel Aviv; há 24 mortos e 100 feridos
da Folha OnlineDois homens-bombas explodiram neste domingo simultaneamente na antiga rodoviária de Tel Aviv (Israel). O atentado deixou pelo menos 24 mortos (incluindo os suicidas) e cem feridos, segundo a Reuters. Parte das vítimas é de operários estrangeiros que trabalhavam no bairro onde ocorreu o ataque, Neve Shaanan.
Entre os feridos estrangeiros há ilegais que não se se dirigiram a hospitais, com medo de serem deportados, segundo a CNN. O governo israelense está fazendo um apelo para que esses ilegais não temam a expulsão e se dirijam a pronto-socorros para atendimento médico.
Há ainda possibilidade que o número de mortos ainda aumente, pois sete feridos estão em estado grave.
Centenas de pessoas estavam na antiga estação quando, segundo informações preliminares de TVs locais, dois homens-bomba teriam provocado as explosões. A região onde está localizada a antiga rodoviária é habitada em grande parte por estrangeiros.
"Eu ouvi uma explosão e senti um impacto. Eu percebi que havia muitas vítimas. Começamos a procurar por pessoas que ainda respiravam. Vi algumas das vítimas gravemente feridas, caídas no local", disse Alon Oz, uma das testemunhas do ataque, em entrevista à rádio do Exército.
Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligadas ao Fatah [grupo político de Iasser Arafat], reivindicaram o duplo atentado suicida de hoje em Tel Aviv.
"Dois dos nossos homens, carregados com bombas, conseguiram atravessar postos militares israelenses e atingir Tel Aviv", declara um comunicado emitido em Gaza e assinado pelas Brigadas de Al Aqsa.
O comunicado informa a identidade dos dois suicidas: Burak Khalifa e Tamir al Nuri, da cidade autônoma de Nablus, na Cisjordânia, ocupada pelo Exército israelense.
Mais cedo, o grupo radical palestino Jihad Islâmico assumiu a responsabilidade pelas explosões, ocorridas por volta das 18h30. Em seguida, o Izzedin al Qassam [braço armado do grupo extremista islâmico Hamas], também reivindicou a autoria do ataque, por meio de um telefonema à agência France Presse.
O último atentado em Israel havia ocorrido em 21 de novembro, quando um suicida palestino matou 11 pessoas ao explodir o próprio corpo dentro de um ônibus em um subúrbio de Jerusalém.
Retaliação
Helicópteros israelenses dispararam pelo menos nove mísseis contra alvos da cidade de Gaza após o atentado de Tel Aviv, informou a rede CNN. Quatro pessoas teriam ficado feridas nos ataques.
Palestinos disseram ter visto em Gaza os helicópteros voando baixo. Depois, os mísseis foram disparados, segundo eles. Não há informações sobre vítimas.
Moradores também disseram que as forças armadas israelenses estão se concentrando no campo de Rafah, no sul da faixa de Gaza. O Exército preferiu não comentar a informação.
O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, convocou uma reunião de emergência com seu gabinete, para determinar qual será a resposta ao atentado terrorista.
Antes de se reunir com seus ministros, Sharon atendeu a um telefonema do secretário de Estado norte-americano, Collin Powel, que enviou as "condolências" da Casa Branca.
O presidente norte-americano, George W. Bush, condenou o duplo atentado, afirmando que se trata de "um brutal ato de terror", segundo a Casa Branca.
Por outro lado, a direção da Autoridade Nacional Palestina (ANP) também condenou o ataque e anunciou que perseguirá os mentores do ataque "com firmeza".
Os líderes palestinos "denunciam energicamente a operação condenável que tinha como alvo civis israelenses", declarou a ANP, por meio de um comunicado.
A direção "insiste em sua determinação de perseguir com firmeza os mentores dessa operação", acrescentou a nota.
Leia mais
Com agências internacionais
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