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06/02/2009 - 15h50

Hamas diz rejeitar trégua se Israel não suspender bloqueio a Gaza

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da Folha Online

O líder do Hamas, Khaled Meshaal, reiterou nesta sexta-feira em Damasco que o grupo rejeitará qualquer acordo de trégua com Israel que não inclua o levantamento do bloqueio físico e econômico sobre a faixa de Gaza, controlada pelo movimento islâmico.

Em discurso no campo de refugiados de Yarmouk, no sul da capital síria, Meshaal explicou que sua organização "recebeu propostas vagas por parte do Egito, sem nenhum compromisso israelense de que suspenderá o bloqueio".

Efe
Líder do Hamas, Khaled Meshaal, diz Israel deve suspender o bloqueio econômico
Líder do Hamas, Khaled Meshaal, diz Israel deve suspender o bloqueio econômico

"Digo, irmãos, que não aceitaremos a trégua, a menos que inclua o fim do bloqueio, a abertura das passagens fronteiriças e a reconstrução de Gaza", afirmou o secretário-geral do escritório político do Hamas, que vive exilado em Damasco.

Israel mantém o bloqueio ao território palestino desde junho de 2007, quando o Hamas tomou o controle de Gaza ao expulsar as forças do grupo rival Fatah.

Além disso, Meshaal acrescentou que as facções palestinas envolvidas na resistência contra Israel buscam ser uma referência e um guia que permita abrir as portas da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) para que represente todos os grupos.

"As instituições ou formações que vão contra a opção da resistência não têm legitimidade", afirmou Meshaal. "Não temos nada contra a OLP, mas suas instituições são ilegítimas".

Meshaal, desta forma, respondia ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, do Fatah, que há cinco dias disse, no Cairo, que "não haverá diálogo com os que rejeitam a Organização para a Libertação da Palestina", que, segundo ele, "é o único representante legítimo do povo palestino".

O líder do Hamas fez as declarações um dia depois que uma delegação do grupo deixou a capital egípcia sem alcançar um acordo para uma trégua permanente em Gaza, após uma rodada de negociações com as autoridades do Egito, que fazem a mediação entre Hamas e Israel.

Confisco de ajuda

O Hamas foi acusado nesta sexta-feira pela UNRWA (agência da ONU de refugiados palestinos) de confiscar toneladas de pacotes de ajuda humanitária destinados aos civis que moram naquele território. Por causa disso, a agência decidiu suspender a importação de ajuda humanitária.

Conforme a UNRWA, nesta terça-feira (3), a polícia do Hamas retirou "mais de 3.500 mantas e 406 pacotes de alimentos" do centro de distribuição do campo de refugiados de Chati. Nesta quinta-feira (5), o grupo, ainda segundo a agência da ONU (Organização das Nações Unidas), confiscou dez cargas de arroz e farinha.

Mohammed Saber/Efe
Palestinos recebem sacos da UNRWA com ajuda no campo de refugiados de Al Shatea
Palestinos recebem sacos da UNRWA com ajuda no campo de refugiados de Al Shatea

O Hamas confirma os confiscos, realizados por meio do seu Ministério de Assuntos Sociais, e diz que os faz porque a ajuda deve ser para todos os palestinos, e não só para os refugiados.

Conforme a própria ONU, atualmente, 80% dos cerca de 1,5 milhão de palestinos que vivem em Gaza são completamente dependentes de ajuda humanitária. "Não podemos aceitar, sob nenhuma circunstância, o desvio da ajuda humanitária por uma das partes do conflito", disse o diretor de assuntos humanitários das ONU, John Holmes, nesta sexta-feira.

O porta-voz da UNRWA Chris Gunness afirmou que os estoques existentes em Gaza serão distribuídos, mas que as importações estão suspensas. "Há o suficiente para dias, mas não para semanas", disse. Terminará ainda o estoque das sacolas plásticas utilizadas para distribuir a ajuda humanitária.

Nesta sexta-feira, o porta-voz do Hamas Fawzi Barhoum disse que a decisão da UNRWA de suspender as importações de ajuda é "injustificável" e acusou a agência de fazer uso político das "necessidades das pessoas" ao entregar ajuda a integrantes de grupos rivais ao Hamas. Barhoum pediu que a UNRWA "distribua a ajuda igualmente".

Com agências internacionais

Comentários dos leitores
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
Ricardo Perrone ( ) 31/01/2010 23h26 Vc tem razão, mas estão legalmente instalados no escritorio da CIA em São Paulo, com autorização da justiça paulista. A alguns anos um militar libanês de passagem por São Paulo foi seguido e assassinado num posto de gasolina, obviamente ninguém viu e nem sabia de nada. Se ele não fosse ligado à Siria (ainda estavam as tropas por lá) não se poderia dizer que foi a moçada. Esse negócio do governo brasileiro fazer vista grossa ao serviço militar para moleques servirem em Israel tem que acabar. Não dá para ficarem em cima do muro, ou vão para um lado ou vão para o outro. Incrível é que fazem como os batistas, alegando drama de consciência religiosa, para irem matar grávidas na Palestina (kill 2). Lamentável. sem opinião
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mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
puxa, o sr Ricardo Perrone me descobriu.
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
sem opinião
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hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
O rabino Yitzhak Shapira, que foi detido para interrogatório pelo Shin Bet (agência sionista de segurança) por sua suposta implicação com o incêndio da mesquita em Yasuf, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, é responsável pela escola Yeshiva "Od Yosef Chai" em Yitzhar, e é um discípulo do rabino Yitzhak Ginsberg .Gisnberg é considerado por acadêmicos do judaísmo moderno como um importante e original pensador da área do hassidut e da cabala e, além disso, ele é bem conhecido pelas suas visões extremadas diante das "diferenças fundamentais" entre judeus e não-judeus (goys), as quais tem um toque sensível de racismo. No prefácio do livro Torat Hamelech de autoria de Shapira e do rabino Yosef Elitzur, Ginsberg aponta para a necessidade de apontar as tais "diferenças fundamentais" entre judeus e goys "numa época onde nós somos obrigados a conquistar "a terra de israel", (a Palestina) de nossos inimigos, portanto, nós podemos agir "de acordo com as necessidades", dentro do espírito da Tora e então podemos fortalecer o espírito da nação e de nossos soldados." O livro menciona o assassinato de goys na guerra e inclui a seguinte passagem: - Há uma razão para matar bebês (do inimigo), mesmo se eles não violarem as 7 leis de Noé, por causa do futuro perigo que eles possam representar, quando eles irão crescer para tornar-se diabos como seus pais A hedionda e inimaginável atitude de pregar o assassinato de bebês de colo ou gestantes, só pode sair de mentes doentias, mas, já inspirou até camisetas para o exército sionista com a estampa de uma palestina grávida onde se lia "um tiro, duas mortes". Para que esta idéia de punição antecipada possa ser aplicada, é necessário preparar a grande massa, retirando-lhe qualquer vontade à resistência e para tal se conta com a lavagem cerebral diária da "grande mídia", de Holowood e outros que trabalham alinhados com a Nova Ordem Mundial Sionista e seu fundamentalismo religioso. 1 opinião
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