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12/02/2009 - 09h00

Impasse amplia críticas a sistema eleitoral

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MARCELO NINIO
enviado especial da Folha de S. Paulo a Jerusalém

No chuvoso dia seguinte à eleição em Israel, dois jovens começavam a retirar uma enorme faixa do partido Likud de um cruzamento em Jerusalém, a poucos metros da residência do primeiro-ministro. Um idoso que passava pelo local não resistiu: "Melhor deixar a faixa no mesmo lugar", disse aos jovens. "Em breve teremos eleições de novo."

A sensação de que a próxima coalizão de governo não se sustentará por muito tempo se juntava ontem à pressão para que o sistema eleitoral que gera essa instabilidade seja finalmente modificado. Nos discursos feitos logo após a eleição de terça-feira, 3 dos 4 maiores partidos ressaltaram a urgência de uma reforma.

Para formar um governo, um partido precisa ter apoio de ao menos 61 dos 120 deputados. Desde a primeira eleição israelense, em 1949, nenhuma legenda conseguiu governar sem formar coalizões. Mas com um número de deputados maior, era mais fácil para o partido dominante montar um governo.

A crescente pulverização do sistema partidário transformou em um árduo quebra-cabeças a tarefa de construir uma coalizão. Segundo a lei eleitoral, qualquer partido que atinja 2% dos votos ganha representação no Parlamento --12 siglas superaram essa barreira nas eleições de terça-feira (10).

Aumentar a exigência mínima para a entrada no Parlamento é a primeira medida defendida por quem espera uma mudança no sistema. "Precisamos chegar a uma realidade de sete partidos no máximo", disse nesta quarta-feira (11) o professor Arye Carmon, presidente do Instituto da Democracia de Israel, que está lançando uma campanha popular em favor da reforma.

Outra mudança que será defendida na campanha é que o partido com o maior número de votos automaticamente seja o líder do governo. Isso evitaria o impasse surgido na eleição de terça-feira, em que o Kadima de Tzipi Livni terminou na frente, mas terá dificuldades para montar um governo porque a maioria do Parlamento está alinhada com o Likud, segundo colocado.

"É preciso mudar a realidade em que Israel acorda no dia seguinte à eleição sem saber quem ganhou", diz Carmon.

Não seria a primeira vez que Israel muda seu sistema eleitoral. Em 1996, o Parlamento aprovou a adoção de eleição direita para premiê. Ela foi abandonada cinco anos e três votações depois, sem alcançar a desejada estabilidade.

Um dos maiores defensores da reforma eleitoral é o partido Israel Beitenu, que se transformou no fiel da balança para a formação da próxima coalizão. Avigdor Liberman, líder do partido, disse que uma das condições para aderir a uma coalizão será a mudança do sistema, para acabar com a chantagem dos pequenos partidos.

Acusado de fascista e antidemocrático devido a seus ataques à minoria árabe em Israel, o partido de Liberman ganhou elogios pela iniciativa. "Se Liberman conseguir o que quer, o Israel Beitenu terá dado uma enorme contribuição à estabilidade da democracia israelense", disse o comentarista Yaron London, do Canal 10.

Comentários dos leitores
mauro guanandi (1) 13/06/2009 19h55
mauro guanandi (1) 13/06/2009 19h55
"È PROVADO" que só morreram 600 mil judeus?
"é Provado" que o holocausto é um embuste?
"ninguem fala" dos mortos ciganos?
é provado onde? ninguem fala onde?
sem opinião
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Douglas Marcowitch (31) 03/05/2009 16h37
Douglas Marcowitch (31) 03/05/2009 16h37
Ahmadinejad, um dos únicos líderes mundiais com integridade, lucidez, coerente, sincero. nada justifica as atrocidades, mas Ele defende e sabe-se, já até provado, que a forte mídia sinonista insiste em seu pseudo holocausto, é provado que foram na ordem de 600 mil judeus mortos na segunda grande guerra, tratando-se da Indústria do Holocausto, muito aquém dos 6 milhões divulgados. Ninguém fala nada dos católicos, poloneses, homosexuais, ciganos, enfim muito mais de 10 milhões. Por que não se presta homenagens à eles? Chega dos judeus se considerarem as únicas e eternas vítimas do holocausto!!!. 45 opiniões
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fauzi salmem (12) 02/05/2009 20h22
fauzi salmem (12) 02/05/2009 20h22
O João Carlos Gagliardi disse tudo. 18 opiniões
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