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23/01/2003
-
07h25
O governo norte-americano não pretende pedir sanções imediatas do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra a Coréia do Norte pela violação de seus compromissos nucleares, informou ontem um funcionário do governo dos EUA.
Os Estados Unidos tentam há vários dias conseguir que as autoridades da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) enviem o tema ao Conselho de Segurança da ONU, que é o único organismo que pode impor sanções contra um país.
"A meta é fazer com que os norte-coreanos entendam claramente que foram eles que criaram este problema internacional", declarou um funcionário do Departamento de Estado, que pediu para não ser identificado.
"Essa é a razão para transferir o expediente para o Conselho de Segurança. Isso não quer dizer que vamos buscar sanções imediatamente", acrescentou.
De acordo com o porta-voz do organismo, Mark Gwozdecky, não há consenso na AIEA a favor de tal decisão.
O encarregado americano do escritório de controle de armamento, John Bolton, declarou hoje, após dois dias de reuniões em Seul, que o expediente nuclear norte-coreano seria enviado em breve ao Conselho de Segurança.
Já o secretário de Estado, Colin Powell, disse acreditar que os esforços diplomáticos internacionais permitiriam avanços em relação a Pyongyang.
Crise
No dia 29 de dezembro, a Coréia do Norte expulsou do país os últimos inspetores de armas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, ligada à ONU), responsáveis pelo monitoramento do complexo nuclear de Yongbyon -capaz de enriquecer plutônio para uso em armas nucleares. Os inspetores deixaram a Coréia do Norte no dia 31 de dezembro.
Após várias declarações de que a Coréia do Norte teria mantido seu projeto de armas nucleares apesar de um acordo com os EUA em que prometia a interrupção desses trabalhos, o presidente norte-americano, George W. Bush, viu-se confrontado com uma crise potencial de guerra nuclear com Pyongyang.
No dia 22 de dezembro, a Coréia do Norte disse que havia começado a desmontar o sistema de vigilância instalado pelas Nações Unidas em suas centrais nucleares desativadas, desafiando assim a comunidade internacional e causando temor entre seus vizinhos.
Uma semana antes, a Coréia do Norte tinha anunciado que ia reativar seus reatores nucleares que produzem plutônio -desativados após a assinatura, em 1994, de um acordo com os Estados Unidos- para produzir energia.
Segundo o acordo de 1994, a Coréia do Norte se comprometia a congelar suas instalações em troca da construção por um consórcio ocidental de dois reatores que poderiam servir para fins militares. Para compensar a perda de energia, os Estados Unidos deviam entregar a Pyonyang 500 mil toneladas de combustível por ano até o final da construção das novas centrais.
Washington suspendeu em novembro a entrega do combustível, alegando que Pyongyang tinha reconhecido a existência de outro programa nuclear militar secreto, na base do urânio enriquecido.
Pyongyang desmentiu, dizendo que só declarou que o país tinha o direito de possuir arma atômica.
Com agências internacionais
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da Folha OnlineO governo norte-americano não pretende pedir sanções imediatas do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra a Coréia do Norte pela violação de seus compromissos nucleares, informou ontem um funcionário do governo dos EUA.
Os Estados Unidos tentam há vários dias conseguir que as autoridades da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) enviem o tema ao Conselho de Segurança da ONU, que é o único organismo que pode impor sanções contra um país.
"A meta é fazer com que os norte-coreanos entendam claramente que foram eles que criaram este problema internacional", declarou um funcionário do Departamento de Estado, que pediu para não ser identificado.
"Essa é a razão para transferir o expediente para o Conselho de Segurança. Isso não quer dizer que vamos buscar sanções imediatamente", acrescentou.
De acordo com o porta-voz do organismo, Mark Gwozdecky, não há consenso na AIEA a favor de tal decisão.
O encarregado americano do escritório de controle de armamento, John Bolton, declarou hoje, após dois dias de reuniões em Seul, que o expediente nuclear norte-coreano seria enviado em breve ao Conselho de Segurança.
Já o secretário de Estado, Colin Powell, disse acreditar que os esforços diplomáticos internacionais permitiriam avanços em relação a Pyongyang.
Crise
No dia 29 de dezembro, a Coréia do Norte expulsou do país os últimos inspetores de armas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, ligada à ONU), responsáveis pelo monitoramento do complexo nuclear de Yongbyon -capaz de enriquecer plutônio para uso em armas nucleares. Os inspetores deixaram a Coréia do Norte no dia 31 de dezembro.
Após várias declarações de que a Coréia do Norte teria mantido seu projeto de armas nucleares apesar de um acordo com os EUA em que prometia a interrupção desses trabalhos, o presidente norte-americano, George W. Bush, viu-se confrontado com uma crise potencial de guerra nuclear com Pyongyang.
No dia 22 de dezembro, a Coréia do Norte disse que havia começado a desmontar o sistema de vigilância instalado pelas Nações Unidas em suas centrais nucleares desativadas, desafiando assim a comunidade internacional e causando temor entre seus vizinhos.
Uma semana antes, a Coréia do Norte tinha anunciado que ia reativar seus reatores nucleares que produzem plutônio -desativados após a assinatura, em 1994, de um acordo com os Estados Unidos- para produzir energia.
Segundo o acordo de 1994, a Coréia do Norte se comprometia a congelar suas instalações em troca da construção por um consórcio ocidental de dois reatores que poderiam servir para fins militares. Para compensar a perda de energia, os Estados Unidos deviam entregar a Pyonyang 500 mil toneladas de combustível por ano até o final da construção das novas centrais.
Washington suspendeu em novembro a entrega do combustível, alegando que Pyongyang tinha reconhecido a existência de outro programa nuclear militar secreto, na base do urânio enriquecido.
Pyongyang desmentiu, dizendo que só declarou que o país tinha o direito de possuir arma atômica.
Com agências internacionais
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