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23/01/2003
-
11h10
O presidente Hugo Chávez e a oposição medirão forças hoje, com manifestações paralelas no país durante a comemoração do 45º aniversário da democracia na Venezuela. Milhares de pessoas de várias partes do país participam de uma gigantesca passeata para manifestar apoio ao governo Chávez na capital Caracas.
As pessoas chegaram à capital em automóveis movidos a gás, devido à escassez de gasolina causada pela greve geral no país que já dura 53 dias.
A manifestação, chamada de "A Grande Tomada de Caracas", tem apoio logístico do governo federal e estadual, das prefeituras e de institutos nacionais e regionais, segundo informações do jornal venezuelano "El Nacional".
A passeata sai de um ponto próximo à praça Francia de Altamira, onde oficiais da Força Armada Nacional, que declararam rebeldia ao governo, permanecem há mais de 90 dias. Depois, os simpatizantes do governo seguem para a avenida Bolívar, onde foi colocado um palanque para Chávez discursar no período da tarde.
Também hoje os adversários do governo festejam o nascimento da democracia, mas não em Caracas. A coordenadoria da oposição decidiu realizar concentrações e passeatas nas 22 capitais dos Estados.
Crise
A oposição, em greve há 53 dias, busca forçar a renúncia do presidente venezuelano ou a antecipação das eleições. A realização de um plebiscito a respeito do governo de Chávez no dia 2 de fevereiro é uma de suas exigências. A decisão do Supremo Tribunal é um golpe para a oposição, que esperava impor uma derrota política simbólica ao presidente de esquerda.
A sentença do tribunal "impede a realização de qualquer tipo de consulta eleitoral" por parte da atual direção do Conselho Nacional Eleitoral, que foi questionada por um recurso pelo fato de um de seus integrantes ser membro ativo da oposição que solicitou a consulta.
A consulta para saber se a população quer a renúncia de Chávez foi solicitada em novembro pela oposição, que apresentou ao governo cerca de 1,5 milhão de assinaturas. Mas o governo de Chávez alegou que a votação seria inconstitucional e apelou à Suprema Corte para suspendê-la.
Uma derrota no referendo não obrigaria legalmente Chávez a renunciar, mas a oposição esperava mostrar que poderia vencê-lo em uma votação.
Para Chávez vale a Constituição, que prevê um referendo sobre seu atual mandato, que vai até o início de 2007, em agosto deste ano.
Ajuda
O Grupo de Amigos da Venezuela se reúne amanhã em Washington na sede da OEA (Organização dos Estados Americanos) para tentar encontrar uma solução para a crise.
O grupo, integrado por Brasil, Chile, México, Estados Unidos, Espanha e Portugal, foi criado na quarta-feira (15) em Quito (Equador), por iniciativa do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Seu objetivo é apoiar os esforços do secretário-geral da OEA, César Gaviria, que dirige em Caracas uma mesa de negociação entre o governo de Hugo Chávez e a oposição.
Líderes de oposição, que acusam Chávez de governar como um ditador e culpam o caos econômico a seu governo populista, disseram que as negociações comandadas pela OEA são a única solução possível para a crise. Segundo eles, a greve continua até a renúncia de Chávez.
Chávez, que ensaiou um golpe em 1992, seis anos antes de ser eleito, e sobreviveu a um golpe no ano passado, visitou o Brasil no sábado (18) para se encontrar com Luiz Inácio Lula da Silva e conversar a respeito do apoio internacional às negociações da OEA.
Com agências internacionais
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Simpatizantes e opositores de Chávez fazem megapasseata
da Folha OnlineO presidente Hugo Chávez e a oposição medirão forças hoje, com manifestações paralelas no país durante a comemoração do 45º aniversário da democracia na Venezuela. Milhares de pessoas de várias partes do país participam de uma gigantesca passeata para manifestar apoio ao governo Chávez na capital Caracas.
As pessoas chegaram à capital em automóveis movidos a gás, devido à escassez de gasolina causada pela greve geral no país que já dura 53 dias.
A manifestação, chamada de "A Grande Tomada de Caracas", tem apoio logístico do governo federal e estadual, das prefeituras e de institutos nacionais e regionais, segundo informações do jornal venezuelano "El Nacional".
A passeata sai de um ponto próximo à praça Francia de Altamira, onde oficiais da Força Armada Nacional, que declararam rebeldia ao governo, permanecem há mais de 90 dias. Depois, os simpatizantes do governo seguem para a avenida Bolívar, onde foi colocado um palanque para Chávez discursar no período da tarde.
Também hoje os adversários do governo festejam o nascimento da democracia, mas não em Caracas. A coordenadoria da oposição decidiu realizar concentrações e passeatas nas 22 capitais dos Estados.
Crise
A oposição, em greve há 53 dias, busca forçar a renúncia do presidente venezuelano ou a antecipação das eleições. A realização de um plebiscito a respeito do governo de Chávez no dia 2 de fevereiro é uma de suas exigências. A decisão do Supremo Tribunal é um golpe para a oposição, que esperava impor uma derrota política simbólica ao presidente de esquerda.
A sentença do tribunal "impede a realização de qualquer tipo de consulta eleitoral" por parte da atual direção do Conselho Nacional Eleitoral, que foi questionada por um recurso pelo fato de um de seus integrantes ser membro ativo da oposição que solicitou a consulta.
A consulta para saber se a população quer a renúncia de Chávez foi solicitada em novembro pela oposição, que apresentou ao governo cerca de 1,5 milhão de assinaturas. Mas o governo de Chávez alegou que a votação seria inconstitucional e apelou à Suprema Corte para suspendê-la.
Uma derrota no referendo não obrigaria legalmente Chávez a renunciar, mas a oposição esperava mostrar que poderia vencê-lo em uma votação.
Para Chávez vale a Constituição, que prevê um referendo sobre seu atual mandato, que vai até o início de 2007, em agosto deste ano.
Ajuda
O Grupo de Amigos da Venezuela se reúne amanhã em Washington na sede da OEA (Organização dos Estados Americanos) para tentar encontrar uma solução para a crise.
O grupo, integrado por Brasil, Chile, México, Estados Unidos, Espanha e Portugal, foi criado na quarta-feira (15) em Quito (Equador), por iniciativa do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Seu objetivo é apoiar os esforços do secretário-geral da OEA, César Gaviria, que dirige em Caracas uma mesa de negociação entre o governo de Hugo Chávez e a oposição.
Líderes de oposição, que acusam Chávez de governar como um ditador e culpam o caos econômico a seu governo populista, disseram que as negociações comandadas pela OEA são a única solução possível para a crise. Segundo eles, a greve continua até a renúncia de Chávez.
Chávez, que ensaiou um golpe em 1992, seis anos antes de ser eleito, e sobreviveu a um golpe no ano passado, visitou o Brasil no sábado (18) para se encontrar com Luiz Inácio Lula da Silva e conversar a respeito do apoio internacional às negociações da OEA.
Com agências internacionais
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