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07/02/2003
-
09h42
A Coréia do Norte ameaçou hoje reduzir toda a península coreana a uma "terra de cinzas" se Washington mantiver seu projeto de reforçar sua presença militar na região.
Na segunda-feira passada (3), o Pentágono declarou que bombardeiros pesados receberam ordens de se preparar para voar para o Extremo Oriente e mostrar que Pyongyang não tem as mãos livres por causa dos preparativos de guerra com o Iraque.
"Se as provocações norte-americanas de reforço de suas tropas se efetivarem, todo o território da Coréia será reduzido a cinzas e os coreanos não escaparão de um horrível desastre nuclear", afirmou a agência de notícias oficial norte-coreana, KCNA, em uma nota recebida hoje, em Seul.
Durante a última crise nuclear na península coreana, que terminou com os acordos entre americanos e norte-coreanos de 1994, a Coréia do Norte ameaçou transformar Seul em "um mar de fogo".
Em Washington, a administração de George W. Bush afirma querer uma saída pacífica para a atual crise, mas declarou-se disposta a qualquer eventualidade.
"Ouvimos muitas coisas da parte da Coréia do Norte. Os Estados Unidos estão preparados para enfrentar qualquer eventualidade", disse Ari Fleischer, porta-voz da Casa Branca.
No entanto, Bush acredita ainda que "a diplomacia pode solucionar a situação" em relação à China, Rússia, Coréia do Sul e Japão, segundo Fleischer.
Bush se declara disposto a conversar com Pyongyang, mas somente sobre a maneira de desmantelar o programa nuclear que provocou a crise iniciada em outubro passado.
Pyongyang acusa os Estados Unidos de tentarem internacionalizar a questão e não quer que a ONU (Organização das Nações Unidas) tratem do tema, coisa que poderá ser efetivada na próxima semana, na reunião da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), em Viena.
A Coréia do Norte quer obter de Washington em negociação direta um tratado de não-agressão. Para a KCNA, somente as negociações diretas poderão resolver a crise que já tem quatro meses de duração e que foi criada pelas revelações provenientes de Washington, segundo as quais Pyongyang teria admitido que continuava com seu programa nuclear secretamente, violando os acordos de 1994.
Ontem, a Coréia do Norte advertiu que responderia com "represálias sem compaixão" a qualquer bombardeio norte-americano da central nuclear cuja reativação foi anunciada.
Também ameaçou os Estados Unidos com ataques preventivos em caso de reforço de seu dispositivo militar na região.
Pela terceira sessão consecutiva, a Bolsa de Seul fechou em baixa esta sexta-feira (-2,04%) devido aos temores de um agravamento da crise nuclear.
No entanto, os especialistas descartaram que em Seul existam temores, pois muitos sul-coreanos já não consideram a Coréia do Norte uma ameaça para sua segurança.
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Coréia do Norte ameaça reduzir península coreana a cinzas
da France Presse, em Seul (Coréia do Sul)A Coréia do Norte ameaçou hoje reduzir toda a península coreana a uma "terra de cinzas" se Washington mantiver seu projeto de reforçar sua presença militar na região.
Na segunda-feira passada (3), o Pentágono declarou que bombardeiros pesados receberam ordens de se preparar para voar para o Extremo Oriente e mostrar que Pyongyang não tem as mãos livres por causa dos preparativos de guerra com o Iraque.
"Se as provocações norte-americanas de reforço de suas tropas se efetivarem, todo o território da Coréia será reduzido a cinzas e os coreanos não escaparão de um horrível desastre nuclear", afirmou a agência de notícias oficial norte-coreana, KCNA, em uma nota recebida hoje, em Seul.
Durante a última crise nuclear na península coreana, que terminou com os acordos entre americanos e norte-coreanos de 1994, a Coréia do Norte ameaçou transformar Seul em "um mar de fogo".
Em Washington, a administração de George W. Bush afirma querer uma saída pacífica para a atual crise, mas declarou-se disposta a qualquer eventualidade.
"Ouvimos muitas coisas da parte da Coréia do Norte. Os Estados Unidos estão preparados para enfrentar qualquer eventualidade", disse Ari Fleischer, porta-voz da Casa Branca.
No entanto, Bush acredita ainda que "a diplomacia pode solucionar a situação" em relação à China, Rússia, Coréia do Sul e Japão, segundo Fleischer.
Bush se declara disposto a conversar com Pyongyang, mas somente sobre a maneira de desmantelar o programa nuclear que provocou a crise iniciada em outubro passado.
Pyongyang acusa os Estados Unidos de tentarem internacionalizar a questão e não quer que a ONU (Organização das Nações Unidas) tratem do tema, coisa que poderá ser efetivada na próxima semana, na reunião da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), em Viena.
A Coréia do Norte quer obter de Washington em negociação direta um tratado de não-agressão. Para a KCNA, somente as negociações diretas poderão resolver a crise que já tem quatro meses de duração e que foi criada pelas revelações provenientes de Washington, segundo as quais Pyongyang teria admitido que continuava com seu programa nuclear secretamente, violando os acordos de 1994.
Ontem, a Coréia do Norte advertiu que responderia com "represálias sem compaixão" a qualquer bombardeio norte-americano da central nuclear cuja reativação foi anunciada.
Também ameaçou os Estados Unidos com ataques preventivos em caso de reforço de seu dispositivo militar na região.
Pela terceira sessão consecutiva, a Bolsa de Seul fechou em baixa esta sexta-feira (-2,04%) devido aos temores de um agravamento da crise nuclear.
No entanto, os especialistas descartaram que em Seul existam temores, pois muitos sul-coreanos já não consideram a Coréia do Norte uma ameaça para sua segurança.
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