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13/02/2003 - 22h51

Chega a 27 número de mortos em confrontos na Bolívia

da Folha Online

O número de mortos em dois dias de violentos protestos contra o governo na Bolívia aumentou para 27 hoje depois que nove pessoas, incluindo saqueadores, pessoas comuns e uma enfermeira, foram mortos em confronto com as forças de segurança.

Manifestantes entraram em conflito com soldados em La Paz, depois que milhares de pessoas tomaram as ruas do país em marchas lideradas por sindicatos, e de uma greve de 24 horas para pedir a renúncia do presidente Gonzalo Sanchez de Lozada, 72.

A violência, no entanto, diminuiu à noite depois que milhares de policiais, amotinados nos quartéis ontem depois de um confronto mortal com soldados durante um protesto de oficiais da polícia por aumento de salários, voltaram à patrulha nas ruas de La Paz.

Os conflitos desta semana foram os últimos de uma série de violentos protestos contra as políticas do presidente, um grande aliado de Washington no combate ao tráfico de drogas.

Em Washington, um porta-voz da Casa Branca disse que o presidente norte-americano, George W. Bush, estava "profundamente preocupado" com a violência, e reafirmava seu apoio a Sanchez Lozada.

Fumaça

Ainda há fumaça saindo das cinzas do ex-Ministério Presidencial e de Desenvolvimento Social, devastado quando manifestantes antigoverno saqueavam o centro histórico da cidade na noite de ontem, queimando prédios públicos.

A maioria dos 10 mil policiais da cidade continuavam aquartelados, após o tiroteio com soldados perto do palácio presidencial ontem, quando um protesto por melhores salários da polícia saiu fora de controle. Tanques estão agora nas proximidades da principal praça de La Paz.

"A solução é a renúncia do presidente", disse o líder indígena Evo Morales, que concorreu contra Sanchez Lozada pela Presidência no ano passado, em uma rádio local. "A democracia não pode governar com balas de revólver".

Saques

Duas das mortes ocorreram quando soldados abriram fogo contra um grupo de saqueadores na cidade de El Alto, próxima a La Paz.

A polícia boliviana deteve mais de cem pessoas que participavam de atos de vandalismo e saques nas imediações La Paz, disse hoje o coronel Carlos Coritza, chefe da Polícia Técnica Judicial (PTJ).

"Muitos foram presos em flagrante no local dos saques ou com objetos roubados", disse o coronel Coritza. Os atos de vandalismo ocorreram principalmente em La Paz, na cidade vizinha de El Alto e em Santa Cruz, 900 km a leste da capital. Coritza destacou que os atos de vandalismo foram realizados por grupos de delinquentes, que aproveitaram a convulsão social que sacode o país.

Com agências internacionais

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