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14/02/2003
-
20h55
Um total de 17 mortos, 37 feridos e 70 casas destruídas foi o resultado da forte explosão que aconteceu hoje num bairro da cidade de Neiva, no Sul da Colômbia, de acordo com as autoridades, que atribuíram o atentado às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Este é um balanço de tragédia, de vítimas inocentes. Hoje, 17 famílias choram seus mortos, vários deles policiais que perderam a vida cumprindo seu dever", disse o prefeito de Neiva, Héctor Osorio.
A explosão aconteceu às 5h45 locais (8h45 de Brasília), num setor residencial do bairro Villa Magdalena de Neiva (325 quilômetros a sudoeste de Bogotá), quando agentes da polícia e da Procuradoria faziam uma operação de segurança na véspera da chegada do presidente colombiano, Alvaro Uribe.
As autoridades disseram que a explosão frustrou um plano da guerrilha das Farc para abater o avião do presidente Álvaro Uribe quando ele chegasse a Neiva (400 quilômetros ao sul de Bogotá), amanhã, para uma reunião sobre segurança com autoridades locais.
"Eram morteiros destinados a derrubar o avião presidencial", disse o policial Hernando Valenzuela. As autoridades acham que, ao saber da invasão policial na casa, os guerrilheiros programaram a explosão.
As Farc já recorreram várias vezes a morteiros improvisados em seus atentados, mas normalmente eles carecem de precisão. Durante a posse de Uribe, em agosto, os rebeldes dispararam vários morteiros contra o palácio presidencial, mas eles acabaram causando a morte de 21 favelados numa rua próxima.
O incidente de Neiva destruiu várias casas humildes nos arredores do aeroporto local.
Equipes de resgate vasculharam os destroços à procura de sobreviventes, enquanto moradores imploravam ajuda. "Isso é horrível. Por que fizeram isso? Somos gente pobre", gritava uma mulher.
O general Teodoro Campo, comandante nacional da Polícia, disse que as Farc realmente queriam abater um avião, mas não afirmou se o alvo era efetivamente Uribe, um político linha-dura cujo pai foi assassinado por rebeldes há 20 anos. Em abril, o então candidato escapou por pouco de um atentado.
No último dia 7, as Farc provocaram a explosão de um carro-bomba no estacionamento de um sofisticado clube de Bogotá. Houve 35 mortos.
Os militares colombianos acusam grupos europeus (como os bascos do ETA ou os norte-irlandeses do IRA) de ensinar técnicas de guerrilha urbana às Farc, organização majoritariamente formada por camponeses. Atualmente, três supostos militantes do IRA aguardam julgamento em Bogotá.
A Colômbia é castigada há quarenta anos por um violento conflito civil. Guerrilheiros de esquerda, esquadrões paramilitares de extrema direita e forças do governo se enfrentam em guerras cruzadas, frequentemente alimentadas com recursos provenientes do tráfico de drogas
Com agências internacionais
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Sobe para 17 o número de mortos em explosão de bomba na Colômbia
da Folha OnlineUm total de 17 mortos, 37 feridos e 70 casas destruídas foi o resultado da forte explosão que aconteceu hoje num bairro da cidade de Neiva, no Sul da Colômbia, de acordo com as autoridades, que atribuíram o atentado às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Este é um balanço de tragédia, de vítimas inocentes. Hoje, 17 famílias choram seus mortos, vários deles policiais que perderam a vida cumprindo seu dever", disse o prefeito de Neiva, Héctor Osorio.
A explosão aconteceu às 5h45 locais (8h45 de Brasília), num setor residencial do bairro Villa Magdalena de Neiva (325 quilômetros a sudoeste de Bogotá), quando agentes da polícia e da Procuradoria faziam uma operação de segurança na véspera da chegada do presidente colombiano, Alvaro Uribe.
As autoridades disseram que a explosão frustrou um plano da guerrilha das Farc para abater o avião do presidente Álvaro Uribe quando ele chegasse a Neiva (400 quilômetros ao sul de Bogotá), amanhã, para uma reunião sobre segurança com autoridades locais.
"Eram morteiros destinados a derrubar o avião presidencial", disse o policial Hernando Valenzuela. As autoridades acham que, ao saber da invasão policial na casa, os guerrilheiros programaram a explosão.
As Farc já recorreram várias vezes a morteiros improvisados em seus atentados, mas normalmente eles carecem de precisão. Durante a posse de Uribe, em agosto, os rebeldes dispararam vários morteiros contra o palácio presidencial, mas eles acabaram causando a morte de 21 favelados numa rua próxima.
Daniel Muñoz/Reuters |
Polícia especial antiterrorismo colombiana inspeciona destroços após explosão em Neiva |
O incidente de Neiva destruiu várias casas humildes nos arredores do aeroporto local.
Equipes de resgate vasculharam os destroços à procura de sobreviventes, enquanto moradores imploravam ajuda. "Isso é horrível. Por que fizeram isso? Somos gente pobre", gritava uma mulher.
O general Teodoro Campo, comandante nacional da Polícia, disse que as Farc realmente queriam abater um avião, mas não afirmou se o alvo era efetivamente Uribe, um político linha-dura cujo pai foi assassinado por rebeldes há 20 anos. Em abril, o então candidato escapou por pouco de um atentado.
No último dia 7, as Farc provocaram a explosão de um carro-bomba no estacionamento de um sofisticado clube de Bogotá. Houve 35 mortos.
Os militares colombianos acusam grupos europeus (como os bascos do ETA ou os norte-irlandeses do IRA) de ensinar técnicas de guerrilha urbana às Farc, organização majoritariamente formada por camponeses. Atualmente, três supostos militantes do IRA aguardam julgamento em Bogotá.
A Colômbia é castigada há quarenta anos por um violento conflito civil. Guerrilheiros de esquerda, esquadrões paramilitares de extrema direita e forças do governo se enfrentam em guerras cruzadas, frequentemente alimentadas com recursos provenientes do tráfico de drogas
Com agências internacionais
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