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14/02/2003
-
22h41
O Iraque afirmou hoje que autoridades norte-americanas ordenaram que um correspondente da agência estatal iraquiana INA na Organização das Nações Unidas (ONU), cuja sede fica em Nova York, deixe os Estados Unidos.
O Ministério da Informação iraquiano informou que a delegação dos EUA na ONU escreveu ao correspondente da INA Mohammad Hassan Allawi, 38, dando a ele e a sua família 15 dias para deixar o país.
O governo dos Estados Unidos decidiu expulsar o jornalista acusando-o de praticar atividades "consideradas prejudiciais à segurança nacional dos Estados Unidos".
Segundo a agência de notícias Reuters, o deputado democrata Patrick Kennedy afirmou que o jornalista estaria "engajado em atividades que vão além do exercício de sua atividade profissional".
A porta-voz do Departamento de Estado, Lynn Cassel, confirmou que o governo deu 15 dias para Mohamed Hasan Alaui e sua família deixarem o país, "por atividades fora do âmbito de seu trabalho", eufemismo muito usado para espionagem.
A expulsão foi ordenada após consultas com a ONU, onde Alaui estava credenciado como correspondente da INA, disse Cassel. Na ONU, fontes diplomáticas disseram suspeitar de que o jornalista trabalhava para a inteligência iraquiana, além da agência de notícias.
A notícia foi divulgada com indignação pelo Ministério da Informação iraquiano, que chamou o governo do presidente George W. Bush de "administração do mal".
"O governo do mal dos Estados Unidos cometeu mais uma estupidez, que se junta à série de atos estúpidos e arbitrários", informou o ministério.
Contradição norte-americana
"A medida mostra a contradição entre o discurso e a prática da defesa da liberdade de imprensa, além de revelar a face feia e pálida" dos Estados Unidos em relação ao tema, disse o ministério, segundo a agência BBC.
Para o ministério, a medida reflete "o medo do governo norte-americano de que todos os meios de comunicação do mundo reportem os fatos para a opinião pública mundial como eles realmente são".
O jornalista trabalha em Nova York há dois anos, é casado e tem cinco filhos entre 8 e 16 anos que frequentam escolas públicas nos Estados Unidos.
"O que posso fazer? São os Estados Unidos. Como posso lutar contra eles?", lamentou o jornalista, que acrescentou que não quer deixar o país.
Esse é o segundo iraquiano expulso da ONU pelos Estados Unidos em menos de um ano.
Em junho, o Departamento de Estado mandou Abdul Rahman Ik Saad, primeiro-secretário da missão iraquiana da ONU, embora do país, acusando-o de espionagem.
Com agências internacionais
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EUA expulsam jornalista iraquiano na ONU do país
da Folha OnlineO Iraque afirmou hoje que autoridades norte-americanas ordenaram que um correspondente da agência estatal iraquiana INA na Organização das Nações Unidas (ONU), cuja sede fica em Nova York, deixe os Estados Unidos.
O Ministério da Informação iraquiano informou que a delegação dos EUA na ONU escreveu ao correspondente da INA Mohammad Hassan Allawi, 38, dando a ele e a sua família 15 dias para deixar o país.
O governo dos Estados Unidos decidiu expulsar o jornalista acusando-o de praticar atividades "consideradas prejudiciais à segurança nacional dos Estados Unidos".
Segundo a agência de notícias Reuters, o deputado democrata Patrick Kennedy afirmou que o jornalista estaria "engajado em atividades que vão além do exercício de sua atividade profissional".
A porta-voz do Departamento de Estado, Lynn Cassel, confirmou que o governo deu 15 dias para Mohamed Hasan Alaui e sua família deixarem o país, "por atividades fora do âmbito de seu trabalho", eufemismo muito usado para espionagem.
A expulsão foi ordenada após consultas com a ONU, onde Alaui estava credenciado como correspondente da INA, disse Cassel. Na ONU, fontes diplomáticas disseram suspeitar de que o jornalista trabalhava para a inteligência iraquiana, além da agência de notícias.
A notícia foi divulgada com indignação pelo Ministério da Informação iraquiano, que chamou o governo do presidente George W. Bush de "administração do mal".
"O governo do mal dos Estados Unidos cometeu mais uma estupidez, que se junta à série de atos estúpidos e arbitrários", informou o ministério.
Contradição norte-americana
"A medida mostra a contradição entre o discurso e a prática da defesa da liberdade de imprensa, além de revelar a face feia e pálida" dos Estados Unidos em relação ao tema, disse o ministério, segundo a agência BBC.
Para o ministério, a medida reflete "o medo do governo norte-americano de que todos os meios de comunicação do mundo reportem os fatos para a opinião pública mundial como eles realmente são".
O jornalista trabalha em Nova York há dois anos, é casado e tem cinco filhos entre 8 e 16 anos que frequentam escolas públicas nos Estados Unidos.
"O que posso fazer? São os Estados Unidos. Como posso lutar contra eles?", lamentou o jornalista, que acrescentou que não quer deixar o país.
Esse é o segundo iraquiano expulso da ONU pelos Estados Unidos em menos de um ano.
Em junho, o Departamento de Estado mandou Abdul Rahman Ik Saad, primeiro-secretário da missão iraquiana da ONU, embora do país, acusando-o de espionagem.
Com agências internacionais
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