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15/02/2003 - 15h48

Milhões de pacifistas saem às ruas contra guerra ao Iraque

da Folha Online

Milhões de pacifistas saíram às ruas hoje, em centenas de cidades de todo o mundo, para demonstrar oposição à guerra contra o Iraque. As manifestações na Europa foram as que tiveram maior adesão, até o momento. Em Roma, 3 milhões de pessoas participaram da marcha da paz, e, em Londres, o ato teve a adesão de um milhão, segundo dados extra-oficiais.

A Prefeitura de Roma se recusou a confirmar o número de participantes na manifestação pacifista e que os números oficiais seriam divulgados no final do dia. No entanto, organizadores afirmam que cerca de 3 milhões de pessoas participaram da marcha de apelo à paz.

Pelo menos um milhão de pessoas, segundo os organizadores, estão marchando nas ruas de Londres.

De acordo com as estimativas, esta será uma das maiores manifestações populares já ocorridas na Europa. A polícia havia afirmado anteriormente que pelo menos 500 mil pessoas deveriam ir às ruas de Londres para protestar.

Em Berlim, o ato contra a guerra atraiu entre 150 mil e 200 mil pessoas, segundo a polícia, participam beste sábado à tarde em Berlim (Alemanha) de uma gigantesca manifestação contra guerra no Iraque.

Agitando bandeiras, os manifestantes também carregam cartazes, com dizeres como "Não a um ataque no Iraque", "O eixo do Mal passa pelo Pentágono' e "Schröder não é guerreiro de Bush".

Veteranos da Guerra do Golfo

Mais de 200 mil pessoas foram às ruas de Paris para dizer não à guerra, segundo números parciais divulgados pelos organizadores. A polícia informou que anunciará um balanço mais tarde.

A liderança do movimento chegou à Praça da Bastilha, centro da manifestação, às 16h30 locais (13h30 de Brasília), enquanto centenas de pessoas ainda não tinham saído da Praça Denfert-Rochereau, situada no sul da capital e onde a concentração teve início.

Dezenas de veteranos franceses da Guerra do Golfo (1991) abriram a manifestação, que contou com a presença de franceses de todas as tendências políticas, americanos contrários à posição do presidente norte-americano, George W. Bush, árabes que agitavam bandeiras iraquianas e palestinas, muçulmanas com o rosto coberto, além de vários latino-americanos, principalmente venezuelanos, denunciando o "imperialismo" no continente.

"Nem Bush, Nem Saddam, Nem Aznar", dizia o cartaz de um espanhol radicado em Paris, enquanto o grupo iraquiano defendia seu país com os cartazes "Iraque não é Saddam" e "Saddam não é o Iraque".

"Abaixo Saddam!, abaixo Bush!, liberdade para o povo iraquiano", gritavam um grupo de manifestantes de um lado e, mais à frente, outros diziam "Bush e Sharon, assassinos!".

Protestos na Ásia

Após australianos e neozelandeses darem início aos protestos contra guerra ao Iraque, milhares de japoneses e de muçulmanos saíram hoje às ruas em manifestações pacifistas na Ásia.

Cerca de 2 mil pessoas se aglomeraram em frente às Embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido no centro de Bancoc (Tailândia) e bloquearam o tráfego por 90 minutos antes de se dirigirem a um parque da cidade para ouvir pronunciamentos contra a ação do governo norte-americano.

A polícia informou que outras 10 mil pessoas se reuniram perto de um aeroporto em Pattani, no sul tailandês e com predominância de muçulmanos, para repudiar o governo do presidente norte-americano, Gerge W. Bush.

"Mesmo sabendo que a França, Rússia e China devem vetar qualquer resolução das Nações Unidas para usar a força contra o Iraque, Bush pode ignorar a opinião mundial e invadir o país", disse Niti Hasan, secretário-geral da Organização Muçulmana da Tailândia.

Com agências internacionais

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