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19/02/2003
-
21h19
Os voluntários para servir de "escudos humanos" no Iraque estão participando de "um crime contra a humanidade", algo passível de pena grave, afirmou nesta quarta-feira o secretário norte-americano de Defesa, Donald Rumsfeld.
"Utilizar escudos humanos não é uma estratégia militar, é assassinato, violação das leis de guerra, crime contra a humanidade, e será tratado como tal", garantiu Rumsfeld, no momento em que voluntários ocidentais chegam a Bagdá.
"Os que seguirem suas ordens [do presidente iraquiano, Saddam Hussein] pagarão um preço muito elevado. Utilizar não-combatentes, mesmo que voluntários, para proteger alvos militares, é uma violação do direito dos conflitos armados".
Ele advertiu que, em caso de morte ou ferimento destes voluntários, "os indivíduos responsáveis por utilizar civis inocentes como escudos humanos poderão ser condenados por graves violações da Convenção de Genebra".
Aliados dos EUA
Rumsfeld afirmou ainda que vários países estão ao lado dos EUA em relação à crise iraquiana. Rumsfeld destacou a disponibilidade de cooperação da Turquia, mas recusou-se a dizer se os EUA deram um prazo para o país decidir se permite o uso de suas bases no caso de uma invasão ao Iraque.
"Eles estão cooperando no momento com a Operação de Investigação do Norte [que patrulha a zona de exclusão aérea do Iraque], e eu suspeito que de um jeito ou de outro, de várias maneiras, provavelmente eles irão cooperar no caso de termos que usar força no Iraque", disse Rumsfeld, em entrevista coletiva no Pentágono.
"Obviamente, quanto mais ajuda tivermos, mas fácil será", disse ele. "Quanto menos ajuda tivermos, mais difícil". Ele acrescentou que uma invasão no Iraque é "possível de ser realizada" sem o uso das bases turcas.
Questionado se os Estados Unidos haviam dado à Turquia um prazo para decidir sobre se permitiria tropas norte-americanas em seu solo, no caso de uma invasão do Iraque, Rumsfeld disse: "Nós não discutimos preparação de tropas para combate".
Ele não especificou a natureza da cooperação que espera. O envio de tropas dos Estados Unidos para a Turquia é visto como uma importante estratégia para as forças americanas na invasão ao Iraque pelo norte, forçando os iraquianos a lutar em múltiplas frentes.
Rumsfeld reiterou que a guerra não é inevitável, mas o tempo está passando e o regime de Saddam Hussein ainda não deu provas suficientes aos inspetores da ONU (Organização das nações Unidas) de que baniu seu arsenal de armas de destruição em massa.
Com agências internacionais
Especial
Saiba mais sobre a crise EUA-Iraque
Uso de escudos humanos é crime contra humanidade, diz Rumsfeld
da Folha OnlineOs voluntários para servir de "escudos humanos" no Iraque estão participando de "um crime contra a humanidade", algo passível de pena grave, afirmou nesta quarta-feira o secretário norte-americano de Defesa, Donald Rumsfeld.
"Utilizar escudos humanos não é uma estratégia militar, é assassinato, violação das leis de guerra, crime contra a humanidade, e será tratado como tal", garantiu Rumsfeld, no momento em que voluntários ocidentais chegam a Bagdá.
"Os que seguirem suas ordens [do presidente iraquiano, Saddam Hussein] pagarão um preço muito elevado. Utilizar não-combatentes, mesmo que voluntários, para proteger alvos militares, é uma violação do direito dos conflitos armados".
Ele advertiu que, em caso de morte ou ferimento destes voluntários, "os indivíduos responsáveis por utilizar civis inocentes como escudos humanos poderão ser condenados por graves violações da Convenção de Genebra".
Aliados dos EUA
Rumsfeld afirmou ainda que vários países estão ao lado dos EUA em relação à crise iraquiana. Rumsfeld destacou a disponibilidade de cooperação da Turquia, mas recusou-se a dizer se os EUA deram um prazo para o país decidir se permite o uso de suas bases no caso de uma invasão ao Iraque.
"Eles estão cooperando no momento com a Operação de Investigação do Norte [que patrulha a zona de exclusão aérea do Iraque], e eu suspeito que de um jeito ou de outro, de várias maneiras, provavelmente eles irão cooperar no caso de termos que usar força no Iraque", disse Rumsfeld, em entrevista coletiva no Pentágono.
"Obviamente, quanto mais ajuda tivermos, mas fácil será", disse ele. "Quanto menos ajuda tivermos, mais difícil". Ele acrescentou que uma invasão no Iraque é "possível de ser realizada" sem o uso das bases turcas.
Questionado se os Estados Unidos haviam dado à Turquia um prazo para decidir sobre se permitiria tropas norte-americanas em seu solo, no caso de uma invasão do Iraque, Rumsfeld disse: "Nós não discutimos preparação de tropas para combate".
Ele não especificou a natureza da cooperação que espera. O envio de tropas dos Estados Unidos para a Turquia é visto como uma importante estratégia para as forças americanas na invasão ao Iraque pelo norte, forçando os iraquianos a lutar em múltiplas frentes.
Rumsfeld reiterou que a guerra não é inevitável, mas o tempo está passando e o regime de Saddam Hussein ainda não deu provas suficientes aos inspetores da ONU (Organização das nações Unidas) de que baniu seu arsenal de armas de destruição em massa.
Com agências internacionais
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