Publicidade
Publicidade
23/02/2003
-
09h49
free-lance para a Folha de S.Paulo, em Jerusalém
Laércio Pintchovski emigrou há um ano e meio do Brasil para Israel e vive em Ahuzat Barak (centro). Professor da pré-escola, passou por um treinamento organizado pelo Exército israelense e pelo Ministério da Educação para saber instruir as crianças em caso de ataque. Ele cuida de 33 crianças de três e quatro anos. "Temos de transmitir a elas a necessidade de nos ajudarem na hora em que terão de entrar em um único quarto e nos ajudar a colocar as proteções antigás", conta.
"Durante o treinamento com as crianças, uma delas perguntou: 'E se meu nariz entupir quando eu estiver com a máscara, quem vai me limpar?'. É preciso ter força. Mas, no momento dos ataques, eu espero que eles estejam com seus pais. Eu quero estar em casa com minha mulher e meus gatos. Estaremos protegidos no abrigo."
O governo doou a cada escola uma máscara de gás para que as crianças se acostumem. Além disso, foram distribuídas bonecas com máscaras de gás falsas, o que, segundo o brasileiro, é muito pedagógico. "Essa é a realidade delas", observa.
Laércio e sua mulher têm um abrigo antiaéreo em sua casa. O casal armazena água e conservas no local. Quando começaram os rumores da guerra, providenciaram todo o restante: ventilador, ração para os seis gatos, lanterna, rádio e pilhas, entre outras coisas. "Armazenamos comida porque não conhecemos o dia de amanhã", diz ele. "Mas eu sei que é só para nos tranquilizar. Na hora do bombardeio, quem tem cabeça para comer? Além disso, as máscaras só permitem a bebida."
Leia mais
Israel se prepara para mais uma guerra
Criança israelense treina para guerra com boneca
JULIANA PORTENOYfree-lance para a Folha de S.Paulo, em Jerusalém
Laércio Pintchovski emigrou há um ano e meio do Brasil para Israel e vive em Ahuzat Barak (centro). Professor da pré-escola, passou por um treinamento organizado pelo Exército israelense e pelo Ministério da Educação para saber instruir as crianças em caso de ataque. Ele cuida de 33 crianças de três e quatro anos. "Temos de transmitir a elas a necessidade de nos ajudarem na hora em que terão de entrar em um único quarto e nos ajudar a colocar as proteções antigás", conta.
"Durante o treinamento com as crianças, uma delas perguntou: 'E se meu nariz entupir quando eu estiver com a máscara, quem vai me limpar?'. É preciso ter força. Mas, no momento dos ataques, eu espero que eles estejam com seus pais. Eu quero estar em casa com minha mulher e meus gatos. Estaremos protegidos no abrigo."
O governo doou a cada escola uma máscara de gás para que as crianças se acostumem. Além disso, foram distribuídas bonecas com máscaras de gás falsas, o que, segundo o brasileiro, é muito pedagógico. "Essa é a realidade delas", observa.
Laércio e sua mulher têm um abrigo antiaéreo em sua casa. O casal armazena água e conservas no local. Quando começaram os rumores da guerra, providenciaram todo o restante: ventilador, ração para os seis gatos, lanterna, rádio e pilhas, entre outras coisas. "Armazenamos comida porque não conhecemos o dia de amanhã", diz ele. "Mas eu sei que é só para nos tranquilizar. Na hora do bombardeio, quem tem cabeça para comer? Além disso, as máscaras só permitem a bebida."
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice