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03/03/2003 - 09h08

Suposto líder da Al Qaeda teria sido preso por causa de confissão

da Folha Online

A prisão de Khalid Sheikh Mohammed, 37, considerado o número três da rede terrorista Al Qaeda e suposto autor intelectual dos atentados de 11 de setembro de 2001, foi possível graças a um interrogatório de outro personagem importante da rede, segundo o edição de hoje do jornal "The Washington Post"

O interrogatório de Ramzi bin al Shaiba, preso em Karachi em 11 setembro de 2002 por agentes do FBI (policia federal dos EUA) e dos serviços de inteligência paquistaneses, deu informações "incríveis", segundo as palavras de um responsáveis pela investigação do caso ao jornal.

"Al Shaiba nos permitiu chegar a Mohammed, e Mohammed poderia levar os americanos a Osama bin Laden e a Ayman al Zawahiri", considerado o número dois da Al Qaeda, segundo o relato.

Al Shaiba -que morava com o principal sequestrador dos aviões usados nos atentados de 11 de setembro de 2001, Mohammed Atta- é considerado o cérebro de vários atentados contra alvos ocidentais, principalmente americanos, em território paquistanês, e foi interrogado em prisão secreta.

A prisão de Al Shaiba também foi possível graças às informações fornecidas por outro membro importante da rede terrorista Abu Zubaydah, interrogado em março de 2002 em Faisalabad, no centro do Paquistão.

Mohammed foi preso no sábado (1) em Rawalpindi, próximo à capital do Paquistão, Islamabad. Ele estava na lista de 22 terroristas mais procurados pelo FBI (polícia federal americana), e o Departamento de Estado oferecia uma recompensa de US$ 25 milhões por sua captura.

Apesar das primeiras notícias sobre sua suposta entrega imediata a autoridades americanas e posterior extradição para um local ignorado, o governo paquistanês disse ontem que ele permaneceria no país para ser interrogado.
Segundo funcionários de inteligência dos EUA, Mohammed teria, ao ser preso, uma lista de nomes e números de telefone de membros de uma célula inativa da Al Qaeda nos EUA.

Mohammed teria escapado dos serviços de inteligência pelo menos uma dezena de vezes e esteve próximo de ser capturado em setembro. Sua prisão é considerada um dos maiores feitos já conseguidos após o início da "guerra contra o terror", lançada pelos EUA após os atentados de 11 de setembro.

Com agências internacionais
 

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