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15/03/2003
-
04h31
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
O ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-99) disse ontem que usará as Forças Armadas para combater o crime caso seja vença as eleições presidenciais no país, marcadas para 27 de abril.
A proposta de Menem já havia sido criticada pelo governo e seus opositores, mas recobrou fôlego agora: o ex-presidente usa o exemplo do governo brasileiro, que autorizou o uso de soldados do Exército no Rio de Janeiro. "Vou saturar a Argentina com forças de segurança", disse.
"No Brasil, o presidente convocou as Forças Armadas para responder ao desafio do crime organizado. A responsabilidade de governar e garantir a vida e a liberdade das pessoas e das instituições não é de esquerda nem de direita, simplesmente existe ou não existe", diz o candidato.
Ontem, num discurso para empresários espanhóis, Menem disse que seu governo daria "um choque de confiança e credibilidade para que os capitais estrangeiros voltem". Na sua avaliação, tanto a incerteza jurídica quanto o aumento da criminalidade inibem investimentos. "Não existe segurança física nem jurídica. É preciso restabelecer o Estado de Direito e o direito à propriedade".
Menem já havia anunciado a proposta antes, mas foi criticado por vários grupos distintos. O uso do Exército em atividades de segurança interna é proibido pela Constituição argentina. Desde que o governo brasileiro anunciou a intervenção no Rio de Janeiro, no final de fevereiro, o ex-presidente argentino voltou a mencionar o projeto, agora com mais ênfase.
Como quase todos os candidatos à Presidência, Menem tenta tirar proveito da popularidade do presidente brasileiro na Argentina _50% no país dizem que votariam em Lula. Para ele, o fato de um governo "socialista" ter autorizado a intervenção militar comprova que, ao contrário do que dizem seus opositores, não se trata de uma medida autoritária.
Menem diz que usará Exército contra o crime
MARCELO BILLIda Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
O ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-99) disse ontem que usará as Forças Armadas para combater o crime caso seja vença as eleições presidenciais no país, marcadas para 27 de abril.
A proposta de Menem já havia sido criticada pelo governo e seus opositores, mas recobrou fôlego agora: o ex-presidente usa o exemplo do governo brasileiro, que autorizou o uso de soldados do Exército no Rio de Janeiro. "Vou saturar a Argentina com forças de segurança", disse.
"No Brasil, o presidente convocou as Forças Armadas para responder ao desafio do crime organizado. A responsabilidade de governar e garantir a vida e a liberdade das pessoas e das instituições não é de esquerda nem de direita, simplesmente existe ou não existe", diz o candidato.
Ontem, num discurso para empresários espanhóis, Menem disse que seu governo daria "um choque de confiança e credibilidade para que os capitais estrangeiros voltem". Na sua avaliação, tanto a incerteza jurídica quanto o aumento da criminalidade inibem investimentos. "Não existe segurança física nem jurídica. É preciso restabelecer o Estado de Direito e o direito à propriedade".
Menem já havia anunciado a proposta antes, mas foi criticado por vários grupos distintos. O uso do Exército em atividades de segurança interna é proibido pela Constituição argentina. Desde que o governo brasileiro anunciou a intervenção no Rio de Janeiro, no final de fevereiro, o ex-presidente argentino voltou a mencionar o projeto, agora com mais ênfase.
Como quase todos os candidatos à Presidência, Menem tenta tirar proveito da popularidade do presidente brasileiro na Argentina _50% no país dizem que votariam em Lula. Para ele, o fato de um governo "socialista" ter autorizado a intervenção militar comprova que, ao contrário do que dizem seus opositores, não se trata de uma medida autoritária.
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