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20/03/2009 - 09h13

Fritzl enfrenta primeira noite após sentença "com alívio"

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da Folha Online

O austríaco Josef Fritzl aguentou "bem" e com "certo alívio" sua primeira noite após a sentença à prisão perpétua por aprisionar sua filha Elisabeth por 24 anos no porão e ter com ela sete filhos.

Veja cronologia do caso
Leia perfil de Fritzl

Os especialistas que atendem Fritzl como medida para prevenir um suicídio detectaram "um certo alívio" no condenado após o fim do processo, e observam que ele aceitou a pena, disse à imprensa Erich Huber-Günsthofer, responsável da prisão de Sankt Pölten na qual, por enquanto, está internado.

Helmut Fohringer/Efe
Fritzl assumiu o assassinato do filho-neto, os estupros e o regime de escravidão da família
Fritzl assumiu o assassinato do filho-neto, os estupros e o regime de escravidão da família

Huber-Günsthofer disse que, nestes primeiros momentos após a condenação, Fritzl está sendo vigiado de forma mais estreita como medida cautelar. Ele conta o tempo todo com ajuda psicológica.

O responsável penitenciário falou pessoalmente com Fritzl e assegurou que, apesar de uma condenação assim sempre representar "uma carga", pôde ver certo alívio no acusado, depois que o julgamento terminou.

Um júri popular formado por cinco mulheres e três homens determinou nesta quinta-feira de forma unânime que o Monstro de Amstetten --como foi apelidado pela imprensa-- é culpado de todas as acusações, incluindo assassinato por omissão de auxílio, por isso foi condenado à prisão perpétua.

O veredicto chegou após um rápido julgamento de apenas quatro dias na Audiência Provincial de Sankt Pölten, ao oeste de Viena, que foi acompanhado ao vivo pela imprensa de todo o mundo.

Fritzl, 73, passará, a princípio, toda a vida na prisão. Primeiro, em uma instituição para criminosos com problemas mentais, onde será submetido a tratamento, e, se evoluir favoravelmente, em uma penitenciária comum.

Folha Online

Filha

O assassinato de um dos filhos, em abril de 1996, foi determinante para a formulação da sentença de prisão perpétua. Na ocasião, Elisabeth engravidou de gêmeos e uma das crianças nasceu doente. Fritzl negou atendimento médico e deixou a criança agonizar até a morte por aproximadamente 60 horas. Em seguida, queimou o corpo do filho em uma fornalha.

Fritzl confessou os crimes depois de assistir o testemunho de sua filha em vídeo. Elisabeth também esteve no local durante o julgamento, o que 'terminou de derrubar Fritzl, que teve de receber ajuda psiquiátrica', disse o advogado do acusado.

Na manhã desta quinta-feira (19), ele disse estar "arrependido de coração" pelo sofrimento que fez a família passar. O pedido de desculpas foi encarado como uma estratégia tanto pela Promotoria como pela acusação particular.

Segundo o código penal austríaco, o condenado poderia teoricamente ser libertado após 15 anos, mas apenas se os testes psicológicos fossem positivos e se um tribunal de três juízes concedesse uma autorização, o que parece pouco provável diante da "inimaginável crueldade" de Fritzl, afirmou a Promotoria.

Além disso, na pena imposta a Fritzl não foram levados em conta qualquer atenuante, "porque crimes como esses só podem ser punidos com o máximo rigor", disse a juíza do caso, Andrea Humer.

Com Efe

 

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