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Fritzl enfrenta primeira noite após sentença "com alívio"
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da Folha Online
O austríaco Josef Fritzl aguentou "bem" e com "certo alívio" sua primeira noite após a sentença à prisão perpétua por aprisionar sua filha Elisabeth por 24 anos no porão e ter com ela sete filhos.
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Os especialistas que atendem Fritzl como medida para prevenir um suicídio detectaram "um certo alívio" no condenado após o fim do processo, e observam que ele aceitou a pena, disse à imprensa Erich Huber-Günsthofer, responsável da prisão de Sankt Pölten na qual, por enquanto, está internado.
Helmut Fohringer/Efe |
Fritzl assumiu o assassinato do filho-neto, os estupros e o regime de escravidão da família |
Huber-Günsthofer disse que, nestes primeiros momentos após a condenação, Fritzl está sendo vigiado de forma mais estreita como medida cautelar. Ele conta o tempo todo com ajuda psicológica.
O responsável penitenciário falou pessoalmente com Fritzl e assegurou que, apesar de uma condenação assim sempre representar "uma carga", pôde ver certo alívio no acusado, depois que o julgamento terminou.
Um júri popular formado por cinco mulheres e três homens determinou nesta quinta-feira de forma unânime que o Monstro de Amstetten --como foi apelidado pela imprensa-- é culpado de todas as acusações, incluindo assassinato por omissão de auxílio, por isso foi condenado à prisão perpétua.
O veredicto chegou após um rápido julgamento de apenas quatro dias na Audiência Provincial de Sankt Pölten, ao oeste de Viena, que foi acompanhado ao vivo pela imprensa de todo o mundo.
Fritzl, 73, passará, a princípio, toda a vida na prisão. Primeiro, em uma instituição para criminosos com problemas mentais, onde será submetido a tratamento, e, se evoluir favoravelmente, em uma penitenciária comum.
Filha
O assassinato de um dos filhos, em abril de 1996, foi determinante para a formulação da sentença de prisão perpétua. Na ocasião, Elisabeth engravidou de gêmeos e uma das crianças nasceu doente. Fritzl negou atendimento médico e deixou a criança agonizar até a morte por aproximadamente 60 horas. Em seguida, queimou o corpo do filho em uma fornalha.
Fritzl confessou os crimes depois de assistir o testemunho de sua filha em vídeo. Elisabeth também esteve no local durante o julgamento, o que 'terminou de derrubar Fritzl, que teve de receber ajuda psiquiátrica', disse o advogado do acusado.
Na manhã desta quinta-feira (19), ele disse estar "arrependido de coração" pelo sofrimento que fez a família passar. O pedido de desculpas foi encarado como uma estratégia tanto pela Promotoria como pela acusação particular.
Segundo o código penal austríaco, o condenado poderia teoricamente ser libertado após 15 anos, mas apenas se os testes psicológicos fossem positivos e se um tribunal de três juízes concedesse uma autorização, o que parece pouco provável diante da "inimaginável crueldade" de Fritzl, afirmou a Promotoria.
Além disso, na pena imposta a Fritzl não foram levados em conta qualquer atenuante, "porque crimes como esses só podem ser punidos com o máximo rigor", disse a juíza do caso, Andrea Humer.
Com Efe
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