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Depois de Obama, presidente de Israel acena aproximação com o Irã
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da Folha Online
O presidente de Israel, Shimon Peres, seguiu o exemplo de seu colega americano, Barack Obama, e enviou nesta sexta-feira uma mensagem de aproximação com o Irã, no dia em que o país comemora o Nouruz (Ano-Novo). Em um discurso raro de aproximação entre duas nações, Peres pediu aos "nobres iranianos" que recuperem seu lugar entre as "nações cultas".
"Com grande prazer, eu ofereço esta benção para vocês no seu feriado, um dia de renovação que traz consigo felicidade e esperança de um novo dia, de melhores dias e um ano novo abençoado", disse Peres, em mensagem transmitida em persa pela estação iraniana da rádio Voice of Israel.
Reuters |
Presidente de Israel, Shimon Peres (esq.), cumprimenta Binyamin Netanyahu. Governo de Israel critica duramente presidente do Irã |
Irã não reconhece a existência do Estado de Israel e o atual presidente, Mamhoud Ahmadinejad, chegou a ameaça riscar Israel do mapa. Jerusalém considera Teerã uma das maiores ameaças à sua integridade e critica, ao lado dos Estados Unidos, pretensões militares do programa nuclear iraniano.
"Infelizmente, as relações entre os nossos dois países atingiram um declínio, originadas de ideia que levam os seus líderes a agir de todas as maneiras possíveis contra o Estado de Israel e seu povo", disse Peres, em um tom visivelmente mais crítico que o de Obama.
"Mas eu estou convencido de que o dia não está longe, quando nossas duas nações restaurarão as relações de vizinhança e a cooperação em todos os sentidos", continuou o presidente israelense.
"No começo de um ano novo, eu peço a vocês, o nobre povo iraniano, em nome do antigo povo judeu, que retomem seu lugar de direito entre as nações do mundo culto, e contribuam com colaboração cultural de valor", completou.
Ahmadinejad
O tom de aproximação, contudo, ficou restrito ao discurso sobre o povo iraniano. Peres aproveitou o momento para fazer duras críticas a Ahmadinejad.
"As coisas estão difíceis no Irã. Há um grande desemprego, corrupção, muitas drogas e um descontentamento geral. Vocês não podem alimentar seus filhos com urânio enriquecido, eles precisam de um café da manhã de verdade. O dinheiro não pode ser investido no urânio enriquecido enquanto as crianças permanecem com fome e ignorantes", disse Peres.
"[Eu sugiro] que vocês não ouçam a Ahmadinejad, é impossível preservar uma nação com incitação ao ódio, as pessoas vão cansar disso", afirmou o israelense.
"Eu vejo as crianças sofrendo e me pergunto: por que?. Irã é uma nação tão rica em petróleo, com uma cultura tão rica, porque eles permitem que alguns fanáticos religiosos sigam o pior caminho possível, tanto nos olhos de Deus quanto nos olhos dos homens?", questiona o presidente.
O tom de críticas ácidas de Peres parece ter mais apoio no governo israelense, principalmente com o futuro primeiro-ministro de Israel, o líder do conservador partido Likud, Binyamin Netanyahu.
Logo após receber a tarefa de formar o governo de coalizão no Parlamento, Netanyahu afirmou que o Irã será o maior desafio do seu provável futuro governo. "Israel atravessa um período crucial e deve enfrentar desafios colossais. O Irã procura criar uma arma nuclear para si e constitui a ameaça mais forte à nossa existência desde a guerra da independência [em 1948]", afirmou Netanyahu.
Obama
Obama também aproveitou a celebração do Nouruz, enviou uma mensagem de conciliação aos iranianos, com a promessa de um "novo começo".
A mensagem de Obama ao Irã traz o tom de seu primeiro discurso como presidente americano, quando afirmou que seu governo procurava "um novo modo de avançar" com o mundo muçulmano e que estava disposto a estender a mão para os países que abrissem seus punhos primeiro --um gesto que, pela resposta cautelosa, Teerã ainda esta receoso em fazer.
No vídeo, com legendas em persa, Obama traz ainda um tom criticamente diferente de seu antecessor republicano, que incluiu Irã, assim como Coreia do Norte e Iraque, no "eixo do mal" dos países que promovem o terrorismo.
"Os Estados Unidos querem que a República Islâmica do Irã tome seu merecido lugar na comunidade das nações, mas esse lugar não pode ser alcançado por meio do terror das armas, senão por meio de ações pacíficas que demonstrem a verdadeira grandeza do povo iraniano e sua civilização", continuou Obama, insistindo que o Irã também deve fazer a sua parte pela reconciliação.
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