Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/03/2009 - 10h32

Criticado por golpe de Estado, Rajoelina faz juramento como presidente de Madagáscar

Publicidade

da Folha Online

O ex-líder opositor Andry Rajoelina prestou juramento neste sábado como o novo presidente de transição de Madagáscar em uma cerimônia acompanhada por 40 mil apoiadores e criticada pela comunidade internacional, que cortou a ajuda à empobrecida ilha africana.

Rajoelina assumiu como presidente depois de liderar, por cerca de dois meses, intensos protestos contra o ex-presidente Marc Ravalomanana, acusado de desviar dinheiro público e violar a Constituição. Ravalomanana entregou o poder a um diretório militar, que o transferiu a Rajoelina.

Rajoelina parou de frente para o presidente da Alta Corte Constitucional, com a mão direita estendida, e declarou: "Diante de todo o povo malgaxe e ante Deus, juro fazer o possível pelo bem do povo e pelo respeito às leis em vigor em Madagascar".

O presidente da Alta Corte Constitucional, Jean Michel Rajaonarivony, respondeu: "Agora o senhor é presidente da alta autoridade de transição".

Rajoelina, que suspendeu o Parlamento menos de 48 horas após a queda de Ravalomanana, afirmou que suas prioridades são combater a pobreza e garantir a segurança no país. "Minha prioridade é melhorar a vida das pessoas", disse, à multidão.

Segundo as estações de rádio malgaxes, nenhum diplomata estrangeiro participou da cerimônia. A comunidade internacional criticou o golpe de Estado dado por Rajoelina, que chegou a invadir a sede da Presidência e se autoproclamou líder do governo de transição ainda em 31 de janeiro deste ano, no início dos protestos violentos que deixaram ao menos 135 mortos.

Sanções

Nesta sexta-feira (20), o presidente francês, Nicolas Sarkozy, qualificou de golpe de Estado a chegada ao poder de Andry Rajoelina e pediu às novas autoridades que garantam a segurança do presidente deposto, Marc Ravalomanana.

"É um golpe de Estado", afirmou Sarkozy energicamente em entrevista coletiva após a cúpula de chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE). Até agora, a França, ex-metrólope do país, havia reagido de forma morna aos eventos em Madagáscar.

O presidente francês destacou que o governo malgaxe anterior foi "derrubado sem nenhum tipo de eleição" e que a primeira decisão das novas autoridades foi "suspender o Parlamento".

O Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) suspendeu também nesta sexta-feira Madagáscar do fórum continental por considerar que a tomada de poder pelo ex-líder opositor é "inconstitucional".

Já o governo dos Estados Unidos classificou de antidemocrática e inconstitucional a mudança de poder em Madagáscar e suspendeu milhões de dólares em ajuda à ilha.

Com agências internacionais

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página