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Marcha de extrema-direita israelense em localidade árabe deixa ao menos 15 feridos
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colaboração para a Folha Online
Um porta-voz da polícia israelense informou que ao menos 15 pessoas ficaram feridas e três foram detidas em enfrentamentos registrados nesta terça-feira durante uma marcha de extrema-direita em Um el Fahem, localidade árabe no norte de Israel, para exigir aos habitantes "lealdade" a Israel. A imprensa israelense e a rede de TV CNN informaram que 16 pessoas ficaram feridas na manifestação.
De acordo com a CNN, três policiais ficaram feridos, incluindo o subdelegado da polícia Shahar Ayalon, que foi atingido e sofreu ferimentos leves. Entre os feridos também está o deputado Ilan Ghilon, do partido pacifista Meretz, que inalou gás lacrimogêneo. Seis pessoas foram levadas para um hospital da região.
Bernat Armangue/AP |
Ao menos 15 pessoas ficaram feridas nos enfrentamentos durante uma marcha de extrema-direita em Um al Fahm, no norte de Israel |
Segundo o porta-voz policial israelense, Micky Rosenfeld, cerca de cem pessoas participaram da marcha nos arredores da localidade de Um el Fahem e, quando acabou, vários residentes árabes jogaram pedras contra os manifestantes e a polícia, que os dispersou com gás lacrimogêneo ou bombas de efeito moral.
"Vários policiais e manifestantes dos dois lados ficaram levemente feridos nos enfrentamentos", acrescentou. O porta-voz lembrou que a manifestação de extrema-direita ocorreu "seguindo o ditame do Tribunal Superior de Justiça", que aprovou sua realização, sempre que se desenvolvesse fora dos bairros residenciais.
A marcha, convocada e liderada por Michael Ben Ari, deputado do partido de extrema-direita União Nacional, tinha como objetivo exigir lealdade aos árabes israelenses --palestinos que ficaram em Israel após o nascimento do Estado, em 1948, e que são 20% da população israelense.
Os árabes israelenses são acusados pela ultradireita israelense de "traição", porque apoiariam os palestinos contra o Estado do qual são cidadãos.
Marcha
A polícia reforçou nesta segunda-feira (23) a segurança na localidade e seus arredores com cerca de 2,5 mil agentes que controlaram as estradas da Galiléia e a chegada a Um el Fahem tanto dos manifestantes quanto dos ativistas da esquerda israelense que foram apoiar a contramanifestação dos residentes.
Centenas de pessoas se reuniram nesta terça-feira na entrada da cidade árabe israelense para impedir a passagem dos ultradireitistas e lhes receberam com gritos, sapatos e pedras.
As escolas, negócios e repartições públicas de Um el Fahem não abriram suas portas nesta terça-feira, em seguimento de uma greve geral convocada em protesto contra a autorização da marcha.
Com France Presse e Efe
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