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25/03/2009 - 17h27

Relatos de soldados sobre morte deliberada de civis em Gaza são falsos, diz jornal

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da Folha Online

Uma fonte das Forças de Defesa israelenses negou nesta quarta-feira que os relatos sobre assassinato deliberado de civis palestinos durante a recente ofensiva militar na faixa de Gaza sejam verdadeiros.

A fonte, que pediu anonimato, afirmou em reportagem publicada pelo jornal "Jerusalem Post", que o Exército israelense está encerrando uma investigação sobre a série de denúncias publicadas por outro jornal israelense "Haaretz" na qual soldados relatam assassinato de civis inocentes e vandalismo, além de um bilhete que ordena ataques a equipes médicas e a campanha dos rabinos do Exército para transformar a operação em uma "guerra santa".

As denúncias foram reproduzidas por jornais de todo o mundo e ampliaram a pressão da comunidade internacional por uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos por Israel durante a operação militar contra alvos do movimento islâmico radical palestino Hamas, em Gaza, que foi de 27 de dezembro a 18 de janeiro e deixou, segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos, 1.434 palestinos foram mortos, incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes.

Tara Todras/AP
Garotos palestinos passam por escombros próximos ao local onde sua casa foi destruída, durante a ofensiva
Garotos palestinos passam por escombros próximos ao local onde sua casa foi destruída, durante a ofensiva

Segundo a fonte ouvida pelo "Post", todos os soldados que participaram da reunião foram questionados para "entender se eles testemunharam estas coisas". "De todos os testemunhos que coletamos, nós podemos concluir seguramente que os soldados que fizeram os relatos não testemunharam os eventos que descreveram".

Em um dos relatos mais chocantes, feitos durante uma reunião do curso preparatório para soldados de Yitzhak Rabin, um dos soldados justifica a morte de uma palestina e seus dois filhos por um atirador de elite israelense. "A atmosfera em geral, não sei como descrever. As vidas de palestinos, digamos que são menos importantes que as de nossos soldados", diz. "Porque, depois de tudo, fez seu trabalho segundo as ordens que lhe foram dadas. [...] Assim, se eles estão preocupados, podem justificar desta forma", completa.

"No incidente da suposta morte da mãe e seus filhos, o que realmente aconteceu foi que um atirador lançou um tiro de aviso para que eles soubessem que entravam em zona proibida. Este tiro não foi nem na direção deles", disse a fonte.

"O comandante subiu as escadas de uma casa palestina, foi ao telhado, e perguntou ao atirador de elite porque ele atirou em civis. O atirador afirmou não ter atirado em civis. Mas os soldados no primeiro andar da casa ouviram o comandante gritar a pergunta novamente. E deste ponto, o rumor começou a se espalhar".

"Nós podemos dizer com absoluta certeza que o atirador não acertou a mulher e seus filhos. Mais tarde, o comandante da companhia falou com o atirador de elite e seu comandante. Nós sabemos com certeza que este incidente nunca aconteceu", continuou a fonte.

Rumores na imprensa

A fonte diz ainda que todos os relatos, como o do soldado que relatou a campanha dos rabinos do Exército para transformar a ofensiva em uma "guerra santa", são baseados em rumores.

"Infelizmente, graças à competição, seções da imprensa pegaram esta história e publicaram. É uma vergonha que a imprensa tenha promovido este tipo de história por todo o mundo", acrescentou. "É improvável que o dano à imagem de Israel por estas alegações possa ser reparado, independentemente dos resultados da investigação".

"É uma vergonha que a mídia permita manipulações palestinas espalharem dessa forma", disse.

189 crianças

As Forças de Defesa israelenses (IDF, na sigla em inglês) admitiram nesta quarta-feira ter matado 309 civis inocentes, entre eles 189 crianças e jovens com menos de 15 anos, durante a ofensiva militar. O relatório do Exército israelense aponta ainda que 600 militantes palestinos do Hamas morreram durante a operação militar de 22 dias --incluindo os policiais que foram mortos em um bombardeio no primeiro dia da ofensiva, durante a parada de graduação da academia, em Gaza.

A lista inclui ainda 320 mortos descritos como "não filiados" --o que significa que as IDF não sabem dizer se eles são ou não militantes-- e outros 14 membros do partido laico Fatah, rival do Hamas, que foram executados pelo grupo palestino durante a ofensiva.

No total, as forças israelenses contabilizam 1.370 mortes, contra as 1.434 do Centro Palestino de Direitos Humanos. Segundo o "Haaretz", as IDF identificaram 1.249 vítimas da lista apresentada pela entidade palestina.

O grupo de vítimas listada pelas Forças de Defesa de Israel inclui ainda 91 mulheres e 21 idosos que não estavam envolvidos no combate, além de seis trabalhadores da agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para refugiados palestinos e dois médicos de equipes de resgate.

Comentários dos leitores
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
Ricardo Perrone ( ) 31/01/2010 23h26 Vc tem razão, mas estão legalmente instalados no escritorio da CIA em São Paulo, com autorização da justiça paulista. A alguns anos um militar libanês de passagem por São Paulo foi seguido e assassinado num posto de gasolina, obviamente ninguém viu e nem sabia de nada. Se ele não fosse ligado à Siria (ainda estavam as tropas por lá) não se poderia dizer que foi a moçada. Esse negócio do governo brasileiro fazer vista grossa ao serviço militar para moleques servirem em Israel tem que acabar. Não dá para ficarem em cima do muro, ou vão para um lado ou vão para o outro. Incrível é que fazem como os batistas, alegando drama de consciência religiosa, para irem matar grávidas na Palestina (kill 2). Lamentável. sem opinião
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mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
puxa, o sr Ricardo Perrone me descobriu.
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
sem opinião
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hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
O rabino Yitzhak Shapira, que foi detido para interrogatório pelo Shin Bet (agência sionista de segurança) por sua suposta implicação com o incêndio da mesquita em Yasuf, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, é responsável pela escola Yeshiva "Od Yosef Chai" em Yitzhar, e é um discípulo do rabino Yitzhak Ginsberg .Gisnberg é considerado por acadêmicos do judaísmo moderno como um importante e original pensador da área do hassidut e da cabala e, além disso, ele é bem conhecido pelas suas visões extremadas diante das "diferenças fundamentais" entre judeus e não-judeus (goys), as quais tem um toque sensível de racismo. No prefácio do livro Torat Hamelech de autoria de Shapira e do rabino Yosef Elitzur, Ginsberg aponta para a necessidade de apontar as tais "diferenças fundamentais" entre judeus e goys "numa época onde nós somos obrigados a conquistar "a terra de israel", (a Palestina) de nossos inimigos, portanto, nós podemos agir "de acordo com as necessidades", dentro do espírito da Tora e então podemos fortalecer o espírito da nação e de nossos soldados." O livro menciona o assassinato de goys na guerra e inclui a seguinte passagem: - Há uma razão para matar bebês (do inimigo), mesmo se eles não violarem as 7 leis de Noé, por causa do futuro perigo que eles possam representar, quando eles irão crescer para tornar-se diabos como seus pais A hedionda e inimaginável atitude de pregar o assassinato de bebês de colo ou gestantes, só pode sair de mentes doentias, mas, já inspirou até camisetas para o exército sionista com a estampa de uma palestina grávida onde se lia "um tiro, duas mortes". Para que esta idéia de punição antecipada possa ser aplicada, é necessário preparar a grande massa, retirando-lhe qualquer vontade à resistência e para tal se conta com a lavagem cerebral diária da "grande mídia", de Holowood e outros que trabalham alinhados com a Nova Ordem Mundial Sionista e seu fundamentalismo religioso. 1 opinião
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