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26/03/2009 - 10h06

Coreia do Norte diz que reiniciará programa nuclear se ONU agir contra satélite

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da Folha Online

A Coreia do Norte afirmou nesta quinta-feira que vai reiniciar seu programa nuclear de plutônio caso a ONU (Organização das Nações Unidas) puna o país pelos seus planos de lançar um satélite de telecomunicações entre os próximos dias 4 e 8 de abril. Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul criticam o lançamento do satélite como um disfarce para teste de míssil de longo alcance, que alcançaria a costa do Alasca, nos EUA.

"No momento em que tal ato for tomado punição pelo lançamento dos satélites], as conversas de seis partes chegarão ao fim, todos os processos de desnuclearização da península coreana voltarão ao que eram antes do início [das conversas] e as ações firmes necessárias serão tomadas", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, citado pela agência oficial KCNA.

O desmantelamento do programa nuclear norte-coreano faz parte das negociações internacionais entre seis países (Japão, Rússia, China, Estados Unidos, Coreia do Norte e Coreia do Sul). O pacto foi feito em 2005 e o governo norte-coreano concordou em abandonar todos os seus programas nucleares em troca de benefícios econômicos e diplomáticos.

Em acordo subseqüente, os EUA sugeriram retirar a Coreia do Norte da lista negra de terrorismo em troca de uma declaração "completa e correta" de todos os programas. O acordo, no entanto, ficou paralisado com a relutância da Coreia do Norte em aceitar um mecanismo que permitisse aos EUA e outros membros na negociação fazer a verificação do processo de desnuclearização.

Em 2006, a Coreia do Norte testou um míssil Taepodong -2 que explodiu menos de um minuto após o lançamento e fez com que Pyongyang fosse acusada de iniciar programa de enriquecimento de urânio, que seria o segundo passo para fazer mísseis nucleares.

Em junho de 2008, a Coreia do Norte destruiu a torre de resfriamento da usina nuclear de Pyongyang, o símbolo mais visível de seu programa nuclear. O gesto foi um sinal de seu comprometimento em cessar a fabricação de bombas atômicas.

Contudo, as conversas voltaram a um impasse diante dos planos norte-coreanos de lançar o satélite de telecomunicações, o que, segundo a comunidade internacional, viola a resolução 1.718 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em outubro de 2006 e que recomenda à Coreia do Norte a suspender as atividades relacionadas a seu programa de mísseis balísticos.

Precaução

A Marinha dos EUA deslocou dois navios de guerra no Japão, em precaução aos planos do lançamento do satélite norte-coreano. Já a Coreia do Sul destacará uma embarcação de guerra no mar do Leste (mar do Japão).

Os dois navios americanos, equipados com tecnologia Aegis de defesa contra mísseis balísticos, saíram nesta quarta-feira (25) do porto japonês de Sasebo (sudoeste), segundo o porta-voz da Marinha americana, Charles Howard.

"Queria destacar que estamos preparados para qualquer eventualidade", afirmou. Os dois navios deslocados são o USS McCain e o USS Chafee.

Nesta quarta-feira, Washington confirmou que a Coreia do Norte já posicionou o foguete Taepodong -2 na plataforma de lançamento e que serão precisos quatro dias para abastecê-lo. No México, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que o anúncio sobre o lançamento de um satélite de comunicações "é uma provocação" e terá consequências.

A Coreia do Sul também se prepara para o eventual lançamento de um míssil. Segundo fontes do governo de Seul, citadas pela agência Yonhap, o país deve enviar ao mar do Leste o destróier Sejong, o Grande, para vigiar o foguete norte-coreano.

Com agências internacionais

Comentários dos leitores
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
Seria até possível forçar o Irã às inspeções caso Israel também se submeta a inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em todas as suas instalações de Dimona e militares. Assim o mundo ficaria mais tranquilo ao saber que não estão escondendo armas de destruição em massa, do mesmo modo que o Irã. Obviamente a comissão da AIEA tem que ser formada por representantes de todas as partes, não apenas os escolhidos a dedo pelos U-S-A. A paz exige sacrifício e determinação. sem opinião
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eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
Não acredito que por em risco sua própria gente será barreira para os "adoradores do caos". A Espanha acena que esta fora dos conflitos pesados, a China só vai obeservar, outros países também terão lucidez e cairão fora. Sobrará a batata quente para aqueles que a "fornaram", e terão que arcar com seus atos, pois o que enfrentarão já derrotou outros impérios no passado. O Irã não é qualquer um não. Quem viver verá. 3 opiniões
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J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
O assassinato do físico nuclear iraniano Masud Ali Mohammadi, engajado ao movimento nacionalista iraniano, obviamente foi obra da Cia e Mossad, pelas caracteristicas, embora neguem até o fim como sempre fazem. Com esse ataque terrorista agora deverá ocorrer uma espécie de "caça às bruxas" na Universidade de Teerã, e talvez esse seja, além de
assassinar o professor, o objetivo final da ação, que é dividir internamente o Irã. Como os U-S-A divulgaram recentemente, o que está ocorrendo de fato agora é uma aceleração do programa nuclear do Irã. Pelo andar da carruagem os U-S-A sabem que já não podem mais promover uma guerra convencional contra o Irã, pois poriam em risco suas tropas.
Agora só resta uma saída: tentar minar e derrubar o atual governo iraniano através de ações de terrorismo e sabotagem, o que parece ser algo impossível e só serviria para massacrar ainda mais a oposição. O lider religioso Khamenei fala abertamente que "Todas as partes com tendências diferentes devem se distanciar claramente dos inimigos, em particular as elites influentes, que devem também se abster de fazer comentários ambíguos", o que não deixa de ser o início do combate à influência dos U-S-A sobre a classe média iraniana, e uma nova revolução está em curso para solidificar a atual.
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