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Entenda o que está em risco com a tensão com a Coreia do Norte
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da Reuters
A Coreia do Norte afirmou nesta quinta-feira que está disposta a reiniciar seu controverso programa nuclear se a ONU (Organização das Nações Unidas) decidir punir o país pelo lançamento de seu satélite de telecomunicações, previsto para entre os próximos dias 4 e 8 de abril. O lançamento, afirmam Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, é apenas um disfarce para o teste de um míssil de longo alcance, que poderia chegar até mesmo ao Alasca.
A comunidade internacional critica a ideia, afirmando que violaria a resolução 1.718 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em outubro de 2006 e que recomenda à Coreia do Norte a suspender as atividades relacionadas a seu programa de mísseis balísticos.
Analistas não anteveem um grave conflito pelo satélite na península coreana, mas dizem que o recente discurso belicoso de Pyongyang visa a pressionar Seul a abandonar sua política linha-dura e a chamar a atenção do novo governo dos EUA.
A imprensa diz que os EUA e o Japão estariam se preparando para abater o foguete, mas analistas dizem que isso não deve ocorrer, por questões técnicas e políticas.
Entenda o que pode acontecer neste momento de grande tensão com a Coreia do Norte
Avanço pelo mar
A Coreia do Norte ameaça uma ação militar por causa de uma disputa com a Coreia do Sul sobre um trecho de litoral na costa oeste da península. A questão já gerou confrontos em 1999 e 2002, com mortes de marinheiros em ambos os lados.
Pyongyang pode hesitar em provocar uma nova batalha, já que sua Marinha se mostrou muito inferior às forças sul-coreanas em 2002. Contudo, o regime comunista colocou mais mísseis de curto alcance em seu litoral, e pode agravar a tensão disparando-os contra águas reivindicadas pela Coreia do Sul ou contra seus navios.
Um eventual ataque abalaria a bolsa sul-coreana e derrubaria a cotação do won local, mas o impacto provavelmente seria efêmero. A avaliação de crédito da Coreia do Sul permaneceu intacta nos dois incidentes navais anteriores.
Tiros na fronteira
Um tiroteio em algum ponto da Zona Desmilitarizada (junto à fronteira) poderia facilmente desencadear um confronto mais amplo, envolvendo muitos dos mais de 1 milhão de soldados mobilizados em ambos os lados.
Mas uma batalha terrestre é um cenário improvável, pois poderia provocar um conflito mais amplo e que traria derrotas previsíveis para ambos os lados.
Um cenário mais provável seria que a Coreia do Norte realize enormes manobras de treinamento militar ou envie aviões para muito perto da fronteira, a fim de assustar Seul.
O ministro sul-coreano da Defesa, Lee Sang-hee, disse recentemente ao Parlamento que o pais vizinho pode realizar um ataque "limitado" por mar, ar ou terra enquanto a atenção está voltada para o disparo do foguete. Nesse caso, disse o ministro, Seul reagiria atacando a base de onde partiu a agressão.
Um eventual confronto deve derrubar a bolsa de Seul e o won, mais do que no caso de um teste norte-coreano com mísseis ou armas nucleares.
Já uma incursão de tropas norte-coreanas ou um disparo de artilharia que atinja o território sul-coreano poderia resultar na retirada maciça dos investimentos estrangeiros e num rendimento muito mais elevado para os títulos do Tesouro sul-coreano.
Teste de míssil
Há uma pequena chance de que a Coreia do Norte também teste mísseis de médio alcance, como fez em julho de 2006, quando disparou o seu Taepodong-2 pela primeira e única vez. Isso contradiria o argumento norte-coreano de que o foguete a ser lançado em abril serviria a fins pacíficos (pôr um satélite em órbita), e fortaleceria a tese dos que defendem mais punições ao país.
Segundo teste nuclear
A Coreia do Norte, que realizou seu único teste nuclear em outubro de 2006, sabe que um outro teste a deixaria ainda mais isolada e esgotaria o seu já magro estoque de plutônio altamente enriquecido. A essa altura, um novo teste não traria ganhos políticos expressivos para Pyongyang, e ainda acarretaria o risco de abalar os laços com o único aliado do regime, a China.
Além disso, os líderes norte-coreanos podem se ver fortalecidos internamente pelo lançamento bem-sucedido de um foguete, tornando desnecessária a exibição de um segundo teste com armas nucleares.
Especialistas alertam, no entanto, que o segundo teste acabará ocorrendo, já que o primeiro pareceu ser apenas parcialmente bem-sucedido, e a Coreia do Norte precisa fazer outro para avaliar progressos nos seus projetos de bombas atômicas.
Programa nuclear
A fim de ampliar sua influência junto ao novo governo dos EUA, o Norte poderia cogitar a retomada das operações na sua usina nuclear de Yongbyon, revertendo as medidas de desarmamento exigidas em um tratado internacional que deveria levar à total desativação da central nuclear durante pelo menos um ano.
Especialistas dizem que o Norte poderia ter suas instalações funcionando novamente em poucos meses, e poderia aproveitar restos nucleares para produzir plutônio suficiente para mais uma bomba atômica.
Guerra total
Comandantes militares dos EUA na Coreia do Sul dizem que as forças norte-americanas e sul-coreanas derrotariam facilmente Pyongyang, que no entanto continuaria capaz de disparar rapidamente milhares de projéteis de artilharia e até mísseis que poderiam atingir Coreia do Sul e Japão.
Analistas dizem também que uma guerra total representaria o fim do governo comunista de Kim Jong-il, e causaria enorme destruição na península e talvez no Japão. Poderia também provocar uma nova crise econômica e financeira na região, já afetada duramente pela desaceleração econômica global.
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assassinar o professor, o objetivo final da ação, que é dividir internamente o Irã. Como os U-S-A divulgaram recentemente, o que está ocorrendo de fato agora é uma aceleração do programa nuclear do Irã. Pelo andar da carruagem os U-S-A sabem que já não podem mais promover uma guerra convencional contra o Irã, pois poriam em risco suas tropas.
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