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Em cúpula árabe, secretário-geral da ONU pede que Sudão readmita ONGs
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da Efe, em Doha
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira que o presidente sudanês, Omar al Bashir, readmita em seu território as 13 ONGs que expulsou do país depois que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu uma ordem de detenção contra ele por crimes de guerra e contra a humanidade no massacre em Darfur.
"Peço às autoridades sudanesas que revoguem essa decisão que afeta mais de 1 milhão de pessoas", disse Ban aos líderes dos países da Liga Árabe reunidos em Doha na a 21ª cúpula do órgão.
A guerra civil em Darfur provocou 300 mil mortes desde 2003, segundo a ONU, além de 2,7 milhões de deslocados. O governo sudanês, contudo, diz que apenas 10 mil pessoas morreram.
O presidente sudanês negou a ordem de prisão, chegou a viajar para outros países da região na semana passada e afirmou que, a partir de agora, toda ajuda humanitária aos sudaneses deve ser entregue ao governo para ser repassada.
Além disso, Ban pediu que os Estados presentes na reunião, entre eles o Sudão, superem as tensões relacionadas à decisão do tribunal internacional, anunciada em 4 de março deste ano.
O presidente da Síria, Bashar al Assad, abriu a cúpula com discurso no qual pediu o apoio total ao presidente Bashir contra a ordem de prisão do TPI.
O presidente sudanês viajou na semana passada a países da região em um tour que desafiou a ordem de detenção. Bashir viajou por Líbia, Eritreia e Egito. Nenhum destes países é signatário do tratado que criou o TPI e, por isso, não têm a obrigação de prender Bashir.
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