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31/03/2009 - 09h52

Processo de paz será interrompido com Netanyahu, dizem analistas

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JOSPEH KRAUS
da France Presse, em Jerusalém

O futuro primeiro-ministro de Israel, o direitista Binyamin Netanyahu, tenta tranquilizar o temor pelo seu conservadorismo com mensagem constante de que buscará a paz com os países vizinhos e palestinos. A mensagem, contudo, dificilmente passará da retórica à negociação efetiva de uma paz duradoura no Oriente Médio.

Netanyahu, líder do Likud, deve apresentar nesta terça-feira seu governo de coalizão com base no apoio da ultradireita e dos ultraortodoxos e de um reticente Partido Trabalhista, da esquerda. Até o momento, ele não mostrou entusiasmo pela criação de um Estado palestino, ao lado de Israel, principal proposta de negociação do até então governante Kadima, de centro-esquerda, mas que também não chegou a parte alguma.

Reuters
O líder do partido Likud, Binyamin Netanyahu assume hoje como primeiro-ministro de Israel com uma coalizão de direita
O líder do partido Likud, Binyamin Netanyahu assume hoje como primeiro-ministro de Israel com uma coalizão de direita

"Não acontecerá nada. Netanyahu não tem intenção de continuar as negociações a partir do ponto a que chegaram no governo de Ehud Olmert", diz o cientista político israelense Akiva Eldar.

Olmert já se pronunciou a favor da solução de dois Estados de coexistência pacífica, mas não alcançou progressos notáveis em mais de 20 encontros com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mamhoud Abbas.

Netanyahu propõe como prioridade de governo medidas para melhorar as condições econômicas na Cisjordânia, liderada por Abbas, em vez de negociar um acordo de paz. E ao negar-se a apoiar um Estado palestino, Netanyahu reacende o temor da ampliação do conflito, não apenas entre os palestinos mas com a comunidade internacional.

"O novo gabinete de Israel quer muito claramente incentivar a colonização, a multiplicação dos assentamentos e acabar definitivamente com os esforços para a criação do Estado palestino", disse Samir Awad, professor de ciência política na Universidade Palestina de Bir Zeit, na Cisjordânia.

Para Shlomo Avineri, professor de ciência política da Universidade Hebraica de Jerusalém, Netanyahu fará o impossível para evitar um enfrentamento com a administração do presidente americano, Barack Obama, que já disse querer retomar o processo de paz na região.

"Não disse as palavras mágicas --"dois Estados para dois povos"-- mas acredito que Netanyahu encerrará a construção de [novas] colônias", disse.

Apoiado pelo Partido Trabalhista, do ministro de Defesa, Ehud Barak, o governo terá mais controle sob as tendências de ultradireita da coalizão.

Para Avineri, "a nova administração americana pode mudar de tom, mas não de atitude". Foi George W. Bush, lembra, que falou pela primeira vez da visão de "dois Estados para dois povos".

O obstáculo real ao processo de paz, alertam os especialistas, pode estar entre os palestinos, que já alertaram que não discutirão com um governo israelense que negue a solução de dois Estados e recuse-se a congelar a ampliação das colônias judaicas.

"O processo de paz está suspenso", disse, no sábado passado (28), o negociador palestino Saeb Erakat, citado pelo jornal americano "Washington Post".

Comentários dos leitores
mauro guanandi (1) 13/06/2009 19h55
mauro guanandi (1) 13/06/2009 19h55
"È PROVADO" que só morreram 600 mil judeus?
"é Provado" que o holocausto é um embuste?
"ninguem fala" dos mortos ciganos?
é provado onde? ninguem fala onde?
sem opinião
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Douglas Marcowitch (31) 03/05/2009 16h37
Douglas Marcowitch (31) 03/05/2009 16h37
Ahmadinejad, um dos únicos líderes mundiais com integridade, lucidez, coerente, sincero. nada justifica as atrocidades, mas Ele defende e sabe-se, já até provado, que a forte mídia sinonista insiste em seu pseudo holocausto, é provado que foram na ordem de 600 mil judeus mortos na segunda grande guerra, tratando-se da Indústria do Holocausto, muito aquém dos 6 milhões divulgados. Ninguém fala nada dos católicos, poloneses, homosexuais, ciganos, enfim muito mais de 10 milhões. Por que não se presta homenagens à eles? Chega dos judeus se considerarem as únicas e eternas vítimas do holocausto!!!. 45 opiniões
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fauzi salmem (12) 02/05/2009 20h22
fauzi salmem (12) 02/05/2009 20h22
O João Carlos Gagliardi disse tudo. 18 opiniões
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