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09/04/2003 - 11h50

Soldados americanos derrubam estátua de Saddam em Bagdá

da Folha Online

Fuzileiros navais americanos derrubaram hoje uma estátua do presidente do Iraque, Saddam Hussein, no centro de Bagdá, diante de um grupo de iraquianos.

Com seis metros de altura, a estátua de metal, que mostra Saddam com um braço estendido sobre a cabeça, foi inaugurada em 2001. Anteriormente, o local abrigava um portão e um arco e era conhecido como Monumento do Soldado Desconhecido.

Não se sabe se o gesto recebeu a autorização de comandantes militares americanos.

Um grupo de iraquianos havia escalado o monumento e colocado um corda em volta do pescoço da estátua na tentativa de derrubá-la.

Os iraquianos lançaram seus sapatos contra a estátua e subiram no monumento, em um gesto de desprezo ao homem que governou com mão de ferro o Iraque desde 1979.

O grupo de iraquianos também usou uma marreta e tentou derrubar a estátua de Saddam.

Mostrar a sola do pé é considerado mal-educado no Oriente Médio. Lançar sapatos é visto como um sinal de desprezo.

Gafe

Antes de derrubar o monumento com a ajuda de um tanque, os fuzileiros navais americanos escalaram a estátua e colocaram uma bandeira dos EUA sobre o rosto da estátua de Saddam. Segundos depois, os marines retiraram a bandeira dos EUA e colocaram uma bandeira do Iraque em volta do pescoço da estátua.

No dia 21 de março, a bandeira dos EUA tremulou por poucas horas no porto de Umm Qasar, no sul do Iraque, quando as tropas americanas anunciaram a tomada do local. Mas, sob protestos formais do governo do Reino Unido, a bandeira dos EUA foi removida e posteriormente substituída por uma iraquiana.

Saddam, que governo o Iraque durante três guerras, desde que assumiu a presidência, em 1979, tinha prometido derrotar a coalizão anglo-americana que invadiu o Iraque para derrubá-lo.

Mas suas forças ofereceram pouca resistência enquanto as tropas lideradas pelos EUA entravam hoje no "coração" de Bagdá.

Bush

O presidente americano, George W. Bush, está "satisfeito" pelo fato de que os iraquianos estão manifestando seu desejo de serem livres, afirmou hoje o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.

Bush, no entanto, acredita que suas tropas devem ter "a máxima cautela" ante os bolsões de resistência que possam existir ainda no Iraque, afirmou Fleischer.

A Casa Branca também disse ignorar o destino de Saddam Hussein.

Com agências internacionais

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