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16/04/2003 - 21h51

Guerra já custou US$ 20 bi; EUA são acusados de matar 17 em Mossul

da Folha Online
da BBC

O Departamento de Defesa norte-americano já gastou US$ 20 bilhões na guerra do Iraque, de acordo com um alto funcionário do Pentágono. Apesar de os combates terem diminuído, ainda há focos de confronto. Em Mossul, norte do Iraque, os EUA são acusados de matar 17 iraquianos em dois dias.

O desaparecimento de Saddam Hussein e de seus assessores mais próximos deflagrou rumores contraditórios sobre seus destinos -eles estão vivos, mortos, ainda no Iraque ou deixaram o país?

Há moradores em Bagdá convencidos de que os líderes iraquianos sobreviveram aos esforços dos Estados Unidos para matá-los. Moradores de uma área no norte de Bagdá disseram que Saddam Hussein fez um discurso de despedida.

O supervisor Dov Zakheim disse que alguns bilhões de dólares ainda serão necessários para levar de volta aos Estados Unidos as tropas que combateram no Iraque.

US$ 20 bi

Segundo o Pentágono, as operações militares no campo de batalha custaram US$ 10 bilhões, enquanto foram gastos US$ 6 bilhões com pessoal e mais de US$ 3 bilhões com munições.

A Casa Branca enviou ao Congresso americano um pedido de US$ 75 bilhões para financiar os custos da guerra no Iraque.

O Pentágono também atualizou hoje o número de soldados mortos no conflito, que chegou a 123, com 4 desaparecidos.

Mossul

A cidade de Mossul, norte do Iraque, foi palco de tiroteios pelo segundo dia consecutivo. Entre ontem e hoje, 17 pessoas morreram e 18 ficaram feridas na terceira maior cidade do país.

Testemunhas iraquianas disseram que ontem e hoje as forças norte-americanas dispararam contra a multidão, enquanto os oficiais dos EUA disseram ter respondido a fogo hostil.

O Comando Central dos EUA no Qatar confirmou que tropas americanas mataram ontem sete iraquianos durante uma manifestação, mas não comentou a acusação de que soldados dos EUA teriam matado civis iraquianos hoje. Segundo autoridades hospitalares, 14 pessoas morreram ontem e três hoje.



Segundo três testemunhas entrevistadas pela agência de notícias France Presse e declarações de feridos obtidas pela equipe do hospital, os militares norte-americanos dispararam contra uma multidão hostil a Mashan al Juburi, novo prefeito da cidade, que fazia um discurso favorável aos Estados Unidos na praça do governo.

O tiroteio de hoje aparentemente começou com uma tentativa da polícia de retirar saqueadores do Banco Central, em frente à sede do governo. O banco foi incendiado.

Um policial encarregado de conter os saques, ferido na operação, disse que a polícia disparou para o ar para dispersar a multidão e as tropas dos EUA dispararam de cima prédio do governo.

Um fuzileiro naval negou que a multidão tenha sido alvo das tropas dos EUA.

Os EUA tomaram Mossul, a terceira maior cidade do Iraque na sexta-feira (11). Como em outras cidades tomadas, as tropas norte-americanas tentam restabelecer a ordem -após a invasão, a cidade foi palco de saques e destruição.

Despedida

Os moradores de uma área no norte de Bagdá -perto da mesquita de Adhamiya- dizem que Saddam Hussein esteve por lá dois dias depois de um ataque em Bagdá que teve Saddam como alvo, no dia 7 de abril.

Eles disseram ao correspondente do jornal norte-americano "The New York Times" que Saddam Hussein fez um discurso de despedida melancólico, mas desafiador, do lado de fora da mesquita.

Tropas norte-americanas e um correspondente da BBC disseram que, quando chegaram à mesquita horas mais tarde, Saddam e seu filho mais novo, Qusay, já tinham escapado.

De acordo com uma testemunha, Saddam e sua comitiva chegaram em três carros. O líder iraquiano subiu em um dos carros para fazer seu discurso à multidão.

"Estou lutando com vocês, nas mesmas trincheiras", teria dito Saddam, segundo essa testemunha.

Com agências internacionais

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