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Atiradores matam três soldados russos na Tchetchênia
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da Folha Online
Um grupo de atiradores matou três soldados russos na Tchetchênia, menos de uma semana depois de Moscou encerrar uma operação contraterrorismo de mais de uma década na região muçulmana.
Os atiradores, escondidos em um prédio abandonado na vila de Bamut, próximo à fronteira com a Inguchétia, dispararam e mataram os três soldados russos que passavam em um carro, informou um porta-voz das forças de segurança russas na Tchetchênia.
"Depois de serem mortos, suas armas foram roubadas", disse.
Os rebeldes da Tchetchênia combateram as forças russas pela independência na década de 90. Com medo do avanço do extremismo islâmico e rebelião em outras partes pobres da região do Cáucaso, Moscou enviou tropas em 1999 para reconquistar o controle da região.
Yulia Latynina, comentarista independente estima que haja cerca de 250 rebeldes na Tchetchênia, onde as montanhas do Cáucaso tonam impossível o extermínio completo das forças terroristas.
"Mas a coisa mais importante é que os habitantes apoiam [Ramzan] Kadyrov [ex-líder rebelde que se tornou líder da Tchetchênia em 2007] e se os rebeldes saírem de seus esconderijos, serão traídos", disse.
Kadyrov apoiou a decisão russa de encerrar a operação contra o terrorismo e afirma que o país está estável e pacífico.
A melhora na segurança no país permitiu que a Rússia reduzisse o número de tropas e declarasse o fim da operação contra o terrorismo.
Em contraste, a segurança nos vizinhos Inguchétia e Daguestão piorou. A pobreza e a violência tornaram os dois países campo fértil para recrutamento de terroristas.
O Centro de Estudos Estratégicos Internacionais, com sede em Washington (EUA), registrou mais de 50 incidentes violentos --ataques a bomba, sequestros, assassinatos e tiroteios-- somente em março na Inguchétia, comparados com menos de 20 na Tchetchênia e Daguestão.
"Inguchétia claramente presenciou as piores taxas de violência nos últimos oito meses", disse o centro, em relatório publicado no seu site.
Os soldados russos trocaram tiros com rebeldes na Tchetchênia na quinta-feira passada (16), apenas horas depois da Rússia encerrar restrições de segurança.
Com Reuters
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