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18/04/2003 - 12h47

ONU vai discutir suspensão de sanções contra Bagdá

da agência Lusa, em Lisboa

A próxima semana deverá ser dominada pelo Iraque no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que receberá do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o pedido de suspensão das sanções contra Bagdá.

Hans Blix, chefe dos inspetores de armas do Iraque, voltará na terça-feira (22) ao Conselho de Segurança. No mesmo dia, o órgão receberá Benon Sevan, diretor do programa "Petróleo por Comida", responsável pela alimentação de 60% da população iraquiana.

O embaixador do México, Aguilar Zinser, que exerce a presidência rotativa do Conselho de Segurança, declarou ontem que "um intenso diálogo" está em curso sobre a eventual suspensão do embargo econômico imposto ao Iraque pela ONU após a Guerra do Golfo de 1991. As discussões devem continuar neste final de semana.

O diplomata afirmou, contudo, que até agora o Conselho de Segurança não recebeu nenhuma proposta formal. Bush deverá enviar o pedido no início da próxima semana.

Com as tropas norte-americanas há 15 dias em Bagdá, as divergências no Conselho de Segurança continuam fortes, mas os diplomatas das várias tendências esperam que as diferenças possam ser ultrapassadas nos próximos dias, apesar de o papel da ONU no Iraque pós-guerra ainda não estar claramente definido.

A ONU impôs um embargo econômico ao Iraque como represália pela invasão do Kuait por tropas de Saddam Hussein em 1990.

Na quarta-feira (16), Bush disse que "agora que o Iraque foi liberado, as Nações Unidas deveriam levantar suas sanções contra o país".

O pedido do presidente colocou contra a parede seus principais antagonistas na questão do Iraque na ONU. França e Rússia, principalmente, não apoiaram a guerra e agora dificilmente terão argumentos contrários à suspensão das sanções. Críticos das sanções afirmam que elas reduziram extremamente o padrão de vida iraquiano enquanto o regime de Saddam enriquecia lucrando com o mercado negro oriundo delas.

Com o pedido, Bush também espera legitimar a ação militar americana e britânica sem ter de abrir a concessão de dar à ONU um papel importante na estabilização e reconstrução do Iraque.

Com agências internacionais

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