Papa reza missa diante de milhares de católicos em Amã, na Jordânia

Dezenas de milhares de católicos assistem no International Stadium, em Amã, à missa rezada pelo papa Bento 16, o primeiro grande ato de sua estadia na Jordânia, primeira etapa de sua viagem à Terra Santa.

Desde as primeiras horas do dia, fiéis católicos com bandeiras da Vaticano, Jordânia, Iraque, Líbano e outros países do Oriente Médio enchem o estádio de Amã, onde foi levantado um grande altar, no qual predominam as cores branco e amarelo, da Santa Sé, dominado por um grande quadro de Cristo.

Embora hoje seja dia de trabalho na Jordânia, país de maioria muçulmana, as autoridades decretaram jornada festiva para os cristãos, para que possam assistir aos atos do papa.

Participa da missa o príncipe Ghazi Bin Mohammad, representando do rei Abdullah II. Também estão presentes várias congregações de religiosas, entre elas as Irmãs do Rosário, criadas nesta terra e cuja fundadora, María Alfonsina, será beatificada em breve.

Várias centenas de crianças tomarão a primeira comunhão durante a missa.

O papa foi recebido em sua chegada ao recinto pelo patriarca Latino, Fouad Twal, que expressou a alegria da pequena comunidade católica - cerca de 110 mil, 1,9% da população - por tê-lo entre eles.

O patriarca lembrou que hoje a Igreja Católica celebra a jornada das vocações religiosas e que queria dar uma notícia esperançadora: que o seminário que tem este patriarcado em Jerusalém está totalmente cheio e tiveram que ampliar as instalações para acolher ao grande número de seminaristas.

A maior parte destes aspirantes a sacerdotes provém da Jordânia, onde a convivência entre muçulmanos e cristãos é boa e as famílias cristãs vivem tranqüilas "e nelas se desenvolvem os valores familiares, a alegria e o entusiasmo", disse.

O patriarca Latino contou ao papa que desde a Guerra do Iraque um milhão de iraquianos se refugiou na Jordânia e que desse número 40 mil são cristãos e que seu Patriarcado ajuda esses irmãos.