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06/05/2003
-
13h03
Familiares de pessoas que permanecem sequestradas na Colômbia manifestaram hoje sua absoluta rejeição às operações militares de resgate dos reféns, depois do assassinato ontem do governador Guillermo Gaviria, do ex-ministro Gilberto Echeverri e de oito militares, em poder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Nunca aceitei. Sempre disse ao governo que não queria resgate", declarou hoje Yolanda Pinto, viúva de Gaviria, governador do Estado de Antioquia (noroeste da Colômbia).
Yolanda afirmou que "três vezes me consultaram e três vezes lhes disse que não", acrescentando que "em nenhum momento" foi consultada sobre a operação de tentativa de resgate, durante a qual foram assassinados o governador, o ex-ministro de Defesa e os oito militares.
"Todos os sequestrados têm de voltar vivos para suas famílias, não mortos como o meu", declarou Yolanda, que disse só ter tomado conhecimento da operação na noite passada, quando o presidente Álvaro Uribe comunicou ao país.
Yolanda Pulecio, mãe da dirigente política Ingrid Betancourt --em poder das Farc desde 23 de fevereiro de 2002--, também expressou sua oposição às operações de resgate e pediu a Uribe para buscar um acordo com a guerrilha que permita a libertação de sequestrados.
"Reitero o que já disse ao presidente Álvaro Uribe. No caso de Ingrid, deve evitar operações militares. Os sequestrados não estão de férias e a cada dia que passa sua vida corre perigo", declarou o marido de Ingrid Betancourt, Juan Carlos Lecompte.
Possibilidade
Angela de Pérez, mulher do ex-senador Luis Eladio Pérez, também sequestrado, afirmou que não há possibilidade de vida para os reféns se insistirem em operações militares para resgatá-los.
"Não ao resgate. Não à operação militar. Queremos vivos os que estão retidos", disse Rocío Aparicio, parente de um militar sequestrado há mais de cinco anos.
Entretanto, o comandante do Exército, general Carlos Ospina, disse hoje que os militares são obrigados a resgatar os reféns da guerrilha.
"O presidente da República determina que ação tomaremos, mas nossa obrigação é resgatar os colombianos seqüestrados e chegar aos locais onde nossa presença é necessária e onde as pessoas estão sendo agredidas pelos bandidos", declarou Ospina.
Especial
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Parentes de sequestrados criticam operação de resgate na Colômbia
da France Presse, em BogotáFamiliares de pessoas que permanecem sequestradas na Colômbia manifestaram hoje sua absoluta rejeição às operações militares de resgate dos reféns, depois do assassinato ontem do governador Guillermo Gaviria, do ex-ministro Gilberto Echeverri e de oito militares, em poder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Nunca aceitei. Sempre disse ao governo que não queria resgate", declarou hoje Yolanda Pinto, viúva de Gaviria, governador do Estado de Antioquia (noroeste da Colômbia).
Yolanda afirmou que "três vezes me consultaram e três vezes lhes disse que não", acrescentando que "em nenhum momento" foi consultada sobre a operação de tentativa de resgate, durante a qual foram assassinados o governador, o ex-ministro de Defesa e os oito militares.
"Todos os sequestrados têm de voltar vivos para suas famílias, não mortos como o meu", declarou Yolanda, que disse só ter tomado conhecimento da operação na noite passada, quando o presidente Álvaro Uribe comunicou ao país.
Yolanda Pulecio, mãe da dirigente política Ingrid Betancourt --em poder das Farc desde 23 de fevereiro de 2002--, também expressou sua oposição às operações de resgate e pediu a Uribe para buscar um acordo com a guerrilha que permita a libertação de sequestrados.
"Reitero o que já disse ao presidente Álvaro Uribe. No caso de Ingrid, deve evitar operações militares. Os sequestrados não estão de férias e a cada dia que passa sua vida corre perigo", declarou o marido de Ingrid Betancourt, Juan Carlos Lecompte.
Possibilidade
Angela de Pérez, mulher do ex-senador Luis Eladio Pérez, também sequestrado, afirmou que não há possibilidade de vida para os reféns se insistirem em operações militares para resgatá-los.
"Não ao resgate. Não à operação militar. Queremos vivos os que estão retidos", disse Rocío Aparicio, parente de um militar sequestrado há mais de cinco anos.
Entretanto, o comandante do Exército, general Carlos Ospina, disse hoje que os militares são obrigados a resgatar os reféns da guerrilha.
"O presidente da República determina que ação tomaremos, mas nossa obrigação é resgatar os colombianos seqüestrados e chegar aos locais onde nossa presença é necessária e onde as pessoas estão sendo agredidas pelos bandidos", declarou Ospina.
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