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Papa discute construção de Estado palestino com premiê israelense
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da Folha Online
O papa Bento 16 discutiu nesta quinta-feira a crise no Oriente Médio com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, no convento franciscano de Nazaré, pouco antes de se reunir com líderes religiosos locais. Papa dedicou o dia à Galileia, em meio a sua primeira viagem à Terra Santa.
Segundo o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, entre os temas discutidos estiveram o processo de paz no Oriente Médio, como questões polêmicas em torno da construção dos dois Estados. O porta-voz não deu mais detalhes da conversa.
O papa afirmou nesta quarta-feira em Belém que a Santa Sé apoia categoricamente o direito dos palestinos a um Estado "na terra de seus antepassados, seguro, em paz com seus vizinhos e com as fronteiras reconhecidas internacionalmente". O Estado palestino faz parte da solução de dois Estados acordada entre Israel e palestinos com mediação dos Estados Unidos, em 2007, mas que foi rejeitada pelo novo e conservador governo israelense.
O pontífice, que está em peregrinação na Terra Santa desde o dia 8 de maio, termina nesta a viagem nesta sexta-feira.
Nesta quarta-feira, na cidade cisjordaniana de Belém, o papa esteve com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. No encontro, Bento 16 mostrou ao líder apoio ao direito dos palestinos a um Estado "na terra de seus antepassados, seguro, em paz com seus vizinhos e com fronteiras reconhecidas internacionalmente".
Nazaré, a "flor da Galileia", situada 120 quilômetros ao norte de Jerusalém, é uma cidade israelense com maioria árabe, na qual os cristãos são 30% da população.
Esta tarde, o papa se encontra com líderes religiosos locais, visita a Gruta da Anunciação --o lugar onde, segundo a tradição cristã, o arcanjo Gabriel anunciou a Maria que seria mãe de Jesus-- e celebra as Vésperas com bispos, sacerdotes e movimentos eclesiais da Galileia.
De manhã, o papa realizou uma grande missa no Monte do Precipício, nos arredores de Nazaré, na qual defendeu a indissolubilidade do casamento, e pediu aos governos que apoiem a família como "pilar básico da sociedade" em sua missão educadora e para que possa "viver e florescer em condições de dignidade".
Diante de cerca de 40 mil pessoas, o papa exigiu que se reconheça e se respeite a dignidade da mulher, "assim como seu carisma e talento".
Pelo menos 30 pessoas que participavam da cerimônia tiveram que receber atendimento dos serviços médicos, principalmente por causa de desmaios causados pelo calor.
Com Efe e France Presse
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