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10/05/2003
-
09h30
Ignora-se até agora o número exato de mortos e sobreviventes, além do total de pessoas que estavam a bordo do avião Iliuchin 76, que ontem teve suas portas abertas acidentalmente durante um vôo no Congo (ex-Zaire) e que teria causado a morte de mais de cem pessoas.
Oficialmente houve sete mortos, mas um sobrevivente disse que estavam a bordo mais de cem policiais, além de mulheres e crianças.
Segundo uma fonte militar que pediu anonimato, é impossível fazer um balanço com exatidão porque se desconhece quantas pessoas estavam no avião.
As autoridades congolesas mantêm hoje o silêncio sobre o acidente e o jornal diário do governo, "O Futuro", não faz nenhuma referência à catástrofe.
A única exceção a este silêncio são as declarações do ministro da Informação do Congo Kikaya bin Karubi, que disse, ontem, à cadeia de televisão norte-americana CNN, que sete pessoas teriam morrido no acidente.
Contudo, uma fonte militar do aeroporto de Kinshasa, onde o avião aterrissou após o acidente, afirmou que mais de cem pessoas teriam morrido.
Hoje, já não há mais nenhum passageiro internado no maior hospital de Kinshasa, o Mama Yemo. Vários feridos, que foram levados para o hospital após a aterrissagem do avião, foram transferidos para hospitais de campos militares, onde é proibida a entrada de civis, segundo informações locais.
Fatalidade
O avião, um Iliuchin 76 de fabricação russa que transportava militares e seus familiares, havia saído de Kinshasa e se dirigia à cidade de Lubumbashi, no oeste da República Democrática do Congo.
O acidente ocorreu na metade do trajeto quando o avião sobrevoava a Província de Kasay a cerca de 2.200 metros de altura, segundo as mesmas fontes. Ao ceder a porta traseira do avião, muitas das cerca de 200 pessoas que estavam a bordo foram "sugadas".
A tripulação russa conseguiu controlar o avião e aterrissar no aeroporto de Kinshasa depois do acidente. Uma investigação foi iniciada imediatamente para determinar as causas do acidente.
Histórico
Acidentes aéreos são muito comuns na República Democrática do Congo. O mais grave ocorreu em janeiro de 1996, quando um avião de carga Antonov não conseguiu levantar vôo por estar sobrecarregado.
Em alta velocidade, o avião se chocou contra um mercado lotado, causando oficialmente 365 mortos, enquanto extraoficialmente dizem que morreram cerca de 800 pessoas.
O Iliuchin 76 é um avião militar de origem soviética que começou a ser comercializado no início da década de 1970. Elaborado inicialmente como aparelho para transportar carga estratégica da força aérea soviética, foi depois lançado em 15 versões, algumas delas civis.
A tripulação compõe de sete pessoas e pode transportar até 140 soldados. Algumas versões estão equipadas para lançar pára-quedistas e material.
O Iliuchin 76 foi concebido para embarcar cargas de 40 mil kg e dispõe de autonomia de vôo de 5.000 km.
Até 1999, mais de 850 aviões deste tipo haviam sido vendidos no mundo. Em julho de 2001, o governo russo declarou que os Iliuchin 76 já não respondiam às normas da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional).
Com agências internacionais
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Acidente aéreo no Congo ainda não tem total de mortos nem de passageiros
da Folha OnlineIgnora-se até agora o número exato de mortos e sobreviventes, além do total de pessoas que estavam a bordo do avião Iliuchin 76, que ontem teve suas portas abertas acidentalmente durante um vôo no Congo (ex-Zaire) e que teria causado a morte de mais de cem pessoas.
Oficialmente houve sete mortos, mas um sobrevivente disse que estavam a bordo mais de cem policiais, além de mulheres e crianças.
Segundo uma fonte militar que pediu anonimato, é impossível fazer um balanço com exatidão porque se desconhece quantas pessoas estavam no avião.
As autoridades congolesas mantêm hoje o silêncio sobre o acidente e o jornal diário do governo, "O Futuro", não faz nenhuma referência à catástrofe.
A única exceção a este silêncio são as declarações do ministro da Informação do Congo Kikaya bin Karubi, que disse, ontem, à cadeia de televisão norte-americana CNN, que sete pessoas teriam morrido no acidente.
Contudo, uma fonte militar do aeroporto de Kinshasa, onde o avião aterrissou após o acidente, afirmou que mais de cem pessoas teriam morrido.
Hoje, já não há mais nenhum passageiro internado no maior hospital de Kinshasa, o Mama Yemo. Vários feridos, que foram levados para o hospital após a aterrissagem do avião, foram transferidos para hospitais de campos militares, onde é proibida a entrada de civis, segundo informações locais.
Fatalidade
O avião, um Iliuchin 76 de fabricação russa que transportava militares e seus familiares, havia saído de Kinshasa e se dirigia à cidade de Lubumbashi, no oeste da República Democrática do Congo.
O acidente ocorreu na metade do trajeto quando o avião sobrevoava a Província de Kasay a cerca de 2.200 metros de altura, segundo as mesmas fontes. Ao ceder a porta traseira do avião, muitas das cerca de 200 pessoas que estavam a bordo foram "sugadas".
A tripulação russa conseguiu controlar o avião e aterrissar no aeroporto de Kinshasa depois do acidente. Uma investigação foi iniciada imediatamente para determinar as causas do acidente.
Histórico
Acidentes aéreos são muito comuns na República Democrática do Congo. O mais grave ocorreu em janeiro de 1996, quando um avião de carga Antonov não conseguiu levantar vôo por estar sobrecarregado.
Em alta velocidade, o avião se chocou contra um mercado lotado, causando oficialmente 365 mortos, enquanto extraoficialmente dizem que morreram cerca de 800 pessoas.
O Iliuchin 76 é um avião militar de origem soviética que começou a ser comercializado no início da década de 1970. Elaborado inicialmente como aparelho para transportar carga estratégica da força aérea soviética, foi depois lançado em 15 versões, algumas delas civis.
A tripulação compõe de sete pessoas e pode transportar até 140 soldados. Algumas versões estão equipadas para lançar pára-quedistas e material.
O Iliuchin 76 foi concebido para embarcar cargas de 40 mil kg e dispõe de autonomia de vôo de 5.000 km.
Até 1999, mais de 850 aviões deste tipo haviam sido vendidos no mundo. Em julho de 2001, o governo russo declarou que os Iliuchin 76 já não respondiam às normas da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional).
Com agências internacionais
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