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18/05/2009 - 10h35

Líder de protestos contra governo na Tailândia se entrega à polícia

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da Folha Online

Um dos principais líderes dos recentes e violentos protestos contra o governo tailandês Jatuporn Promphan se entregou nesta segunda-feira à polícia. Ele era procurado por incitação à violência e à desordem depois de protestos em Bancoc durante os quais duas pessoas morreram e 123 ficaram feridas.

Entenda os protestos e a crise política na Tailândia

Promphan se apresentou voluntariamente em uma delegacia de Bancoc, e, após prestar depoimento, foi liberado com a condição de que volte ao mesmo local na próxima segunda-feira (25).

Deputado do partido Puea Thai, Promphan é um dos líderes dos camisas vermelhas --os partidários do ex-primeiro-ministro no exílio Thaksin Shinawatra.

Promphan afirmou em 12 de abril que o estado de direito havia deixado de vigorar na Tailândia e que a população deveria derrubar o governo. Nesse mesmo dia, o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva, do Partido Democrata, decretou estado de emergência em Bancoc e em cinco Províncias vizinhas, com o intuito de conter as mobilizações oposicionistas.

No dia 14 de abril, controlados os protestos, um tribunal da capital emitiu ordens de detenção contra Shinawatra, Promphan e outros 11 líderes da Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura, a plataforma que defende o retorno do ex-premiê ao Executivos.

Do grupo de procurados pela polícia, faltam ser detidos Shinawatra, que vive no exílio e foi condenado a dois anos de prisão por corrupção, e o ex-ministro Jakrapob Penkair.

Os camisas vermelhas querem a renúncia de Abhisit e abrir caminho para o retorno ao país de Shinawatra, condenado em outubro do ano passado a dois anos de prisão por crime de abuso de poder.

Os camisas vermelhas acusam Abhisit, eleito há quatro meses --após a queda do seu antecessor, Somchai Wongsawat, aliado de Thaksin-- de ter chegado ao poder ilegalmente e de ser um fantoche nas mãos do Exército e de alguns conselheiros do rei Bhumibol Adulayadej.

Thaksin, 59, polêmico empresário bilionário que foi premiê de 2001 a 2006, quando foi derrubado por generais monárquicos, fugiu para o exterior para evitar uma condenação e diversas investigações por corrupção, mas continua sendo popular, sobretudo entre as pessoas mais pobres.

O governo de Abhisit assumiu depois de seis meses de intensos protestos dos camisas amarelas, oposicionistas do antecessor. Os novos protestos levantaram dúvidas se a Tailândia conseguirá, sozinha, deixar a grave crise política marcada por confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.

Com Efe

 

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