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20/05/2003
-
12h58
O presidente eleito Néstor Kirchner, 53, afirmou hoje que o gabinete que designou para acompanhá-lo é "homogêneo e coerente", "uma equipe de trabalho decidida a mudar a Argentina", durante uma entrevista coletiva em sua cidade natal de Río Gallegos, 2.800 km ao sul de Buenos Aires, a cinco dias de assumir o governo.
Kirchner confirmou Roberto Lavagna como ministro da Economia no governo que assumirá no próximo domingo (25) e anunciou o advogado constitucionalista Rafael Bielsa como chanceler, em um gabinete integrado por peronistas progressistas.
Kirchner anunciou também que o ministro do Interior será Aníbal Fernández, atual ministro de Produção do governo do presidente Eduardo Duhalde, em um gabinete de 13 pastas.
O presidente eleito, com mandato até 2007, designou também nomes de sua confiança, como sua irmã Alicia Kirchner no Ministério do Desenvolvimento Social e Alberto Fernández, chefe da última campanha eleitoral, na chefia do gabinete.
Peronistas
Após renunciar ontem ao governo do Estado de Santa Cruz (sul), Kirchner anunciou a nomeação para o futuro governo de dirigentes de outros grupos mas todos eles peronistas, incluindo Daniel Filmus, da Frente Grande (centro-esquerda), que será o ministro da Educação.
Outro extrapartidário é Gustavo Béliz, um ex-menemista e ex-aliado do ministro da Economia Domingo Cavallo, líder da Nova Diligência, um pequeníssimo partido da capital argentina, que ocupará o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.
O Ministro da Defesa será José Pampuro, atual secretário-geral da Presidência de Duhalde, e Julio de Vido, um funcionário que o acompanhou no governo de Santa Cruz, estará no novo Ministério de Planejamento, que substituirá a antiga pasta de Produção, que era ocupada por Aníbal Fernández.
Lavagna terá seu poder ampliado ao assumir a pasta da Produção, mas perderá a área de Planejamento de Infra-Estrutura.
O ministro do Trabalho será o duhaldista Carlos Tomada e na área da Saúde continuará o atual ministro, Ginés González García, enquanto o secretário-geral da Presidência será Oscar Parrilli e o secretário de Inteligência do Estado, Sergio Acevedo, dois antigos companheiros de Kirchner.
Kirchner, que assumirá no próximo domingo, foi consagrado automaticamente presidente na quarta-feira (14), quando Carlos Menem, ex-presidente e líder da ala neoliberal do peronismo, desistiu do segundo turno que ocorreria no dia 18 de maio, por considerar que as pesquisas antecipavam uma derrota constrangedora nas urnas.
Coerência
"É um gabinete de gente jovem, com muita pluralidade", afirmou Kirchner, acrescentando que "cada um foi designado por uma visão homogênea e coerente".
"É um gabinete de ponta de lança, de realizações, de trabalho e espero que de muito tempo", afirmou Kirchner.
O presidente eleito ratificou o "grande sentido de coerência e capacidade de execução, de uma equipe de trabalho decidida a mudar a Argentina".
"Tenho analisado as capacidades, a preparação que têm, além da visão de mundo muito parecidas", disse.
Pressões
Kirchner afirmou que não teve "que ceder nada" ao eleger sua equipe de colaboradores, negando eventuais pressões, ao declarar que não recebeu "nenhuma chamada" que lhe sugerisse alguma incorporação ao gabinete.
"Respeitaram a minha decisão de designar esse gabinete", disse o presidente eleito.
"Se for necessário fazer um debate, vou conversar, escutar. Nem um extremo nem outro."
Kirchner pediu à imprensa: "Se acostumem porque não haver duplo discurso de minha parte. Posso me equivocar porque sou um ser humano como todos".
"Sempre vou tratar de ter um contato [com os jornalistas] como hoje, porque considero que é muito importante a tarefa da imprensa para que o governo esteja mais perto das pessoas", disse.
Com agências internacionais
Especial
Saiba mais sobre as eleições na Argentina
Kirchner anuncia gabinete "coerente para mudar a Argentina"
da Folha OnlineO presidente eleito Néstor Kirchner, 53, afirmou hoje que o gabinete que designou para acompanhá-lo é "homogêneo e coerente", "uma equipe de trabalho decidida a mudar a Argentina", durante uma entrevista coletiva em sua cidade natal de Río Gallegos, 2.800 km ao sul de Buenos Aires, a cinco dias de assumir o governo.
Reuters |
Néstor Kirchner, presidente eleito da Argentina |
Kirchner anunciou também que o ministro do Interior será Aníbal Fernández, atual ministro de Produção do governo do presidente Eduardo Duhalde, em um gabinete de 13 pastas.
O presidente eleito, com mandato até 2007, designou também nomes de sua confiança, como sua irmã Alicia Kirchner no Ministério do Desenvolvimento Social e Alberto Fernández, chefe da última campanha eleitoral, na chefia do gabinete.
Peronistas
Após renunciar ontem ao governo do Estado de Santa Cruz (sul), Kirchner anunciou a nomeação para o futuro governo de dirigentes de outros grupos mas todos eles peronistas, incluindo Daniel Filmus, da Frente Grande (centro-esquerda), que será o ministro da Educação.
Outro extrapartidário é Gustavo Béliz, um ex-menemista e ex-aliado do ministro da Economia Domingo Cavallo, líder da Nova Diligência, um pequeníssimo partido da capital argentina, que ocupará o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.
O Ministro da Defesa será José Pampuro, atual secretário-geral da Presidência de Duhalde, e Julio de Vido, um funcionário que o acompanhou no governo de Santa Cruz, estará no novo Ministério de Planejamento, que substituirá a antiga pasta de Produção, que era ocupada por Aníbal Fernández.
Lavagna terá seu poder ampliado ao assumir a pasta da Produção, mas perderá a área de Planejamento de Infra-Estrutura.
O ministro do Trabalho será o duhaldista Carlos Tomada e na área da Saúde continuará o atual ministro, Ginés González García, enquanto o secretário-geral da Presidência será Oscar Parrilli e o secretário de Inteligência do Estado, Sergio Acevedo, dois antigos companheiros de Kirchner.
Kirchner, que assumirá no próximo domingo, foi consagrado automaticamente presidente na quarta-feira (14), quando Carlos Menem, ex-presidente e líder da ala neoliberal do peronismo, desistiu do segundo turno que ocorreria no dia 18 de maio, por considerar que as pesquisas antecipavam uma derrota constrangedora nas urnas.
Coerência
"É um gabinete de gente jovem, com muita pluralidade", afirmou Kirchner, acrescentando que "cada um foi designado por uma visão homogênea e coerente".
"É um gabinete de ponta de lança, de realizações, de trabalho e espero que de muito tempo", afirmou Kirchner.
O presidente eleito ratificou o "grande sentido de coerência e capacidade de execução, de uma equipe de trabalho decidida a mudar a Argentina".
"Tenho analisado as capacidades, a preparação que têm, além da visão de mundo muito parecidas", disse.
Pressões
Kirchner afirmou que não teve "que ceder nada" ao eleger sua equipe de colaboradores, negando eventuais pressões, ao declarar que não recebeu "nenhuma chamada" que lhe sugerisse alguma incorporação ao gabinete.
"Respeitaram a minha decisão de designar esse gabinete", disse o presidente eleito.
"Se for necessário fazer um debate, vou conversar, escutar. Nem um extremo nem outro."
Kirchner pediu à imprensa: "Se acostumem porque não haver duplo discurso de minha parte. Posso me equivocar porque sou um ser humano como todos".
"Sempre vou tratar de ter um contato [com os jornalistas] como hoje, porque considero que é muito importante a tarefa da imprensa para que o governo esteja mais perto das pessoas", disse.
Com agências internacionais
Especial
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