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30/05/2009 - 15h03

Anistia Internacional critica governo chileno por negar repressão policial

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da Efe, em Santiago do Chile

A Anistia Internacional (AI) "repudiou" as declarações do ministro chileno Patrício Resende, que, interinamente à frente da pasta de Interior, negou que a repressão policial seja uma prática comum no país.

"É alarmante que um alto funcionário que é politicamente responsável pelo trabalho da Carabineiros (polícia militarizada) desconheça a realidade com uma afirmação tão flagrante", denunciou a organização num comunicado divulgado nesta sexta-feira (29).

No relatório que escreve todos os anos sobre os direitos humanos no mundo, a AI disse que, em 2008, "as manifestações de protesto [realizadas no Chile] foram objeto de uma crescente criminalização". "Algumas vezes, a polícia foi acusada de fazer uso excessivo da força contra os manifestantes", acrescentou no documento.

Segundo a nota da AI, Rosende desmentiu "categoricamente que exista uma política repressora na Carabineiros ou na Polícia Investigadora (PDI)".

"A Carabineiros é uma instituição que tem um apoio populacional como nenhuma outra. Isso não existiria se a Carabineiros tivesse uma política expressa em matéria de repressão", afirmou o ministro interino.

O diretor-executivo da AI Chile, Sergio Laurenti, ressaltou que "o reconhecimento público que a Carabineiros do Chile tem na sociedade (...) não pode cegar [a população] perante os excessos e a brutalidade com os quais realiza alguns procedimentos".

A organização de defesa dos direitos humanos ressaltou que "é cada vez mais frequente a Carabineiros do Chile recorrer à força descabida para reprimir manifestações públicas".

"Com a identificação de um padrão recorrente, poderíamos pensar que esta prática está sustentada na autorização política para reprimir a liberdade de reunião e expressão", disse.

Como exemplo, a AI citou as detenções de menores de idade nos protestos sociais, os ataques com jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, a detenção da documentalista Elena Varela e o homicídio do jovem mapuche Matías Catrileo.

 

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