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28/05/2003 - 04h35

Peru declara estado de emergência por 30 dias

da France Presse, em Lima

O presidente peruano, Alejandro Toledo, declarou ontem à noite estado de emergência para enfrentar a onda de protestos sociais que viola as "liberdades fundamentais".

Reuters - 6.jun.2001
Alejandro Toledo, presidente do Peru
"Decidimos declarar estado de emergência nacional por 30 dias para que sejam exercidas livremente as liberdades pessoais e o direito à livre circulação", disse o presidente.

Em mensagem à imprensa, Toledo atribuiu o controle interno do país às forças armadas, que contará com a ajuda da polícia.

"Temos a responsabilidade de proteger o cidadão e manter a ordem pública. Temos a responsabilidade de defender a democracia que tanto nos custou recuperar", acrescentou.

Toledo disse ainda que o governo decidiu reabrir as escolas e viabilizar a circulação nas estradas que estavam bloqueadas desde segunda-feira (26).

Greve geral

O país enfrenta, há mais de duas semanas, uma greve geral por tempo indeterminado decretada por professores de escolas estatais. A paralisação dos educadores afeta oito milhões de estudantes.

Na segunda-feira, agricultores de todo país começaram também uma greve por tempo indeterminado. Hoje foi a vez dos médicos e das enfermeiras dos hospitais da segurança social.

Diante disso, o presidente peruano falou que o país precisa continuar avançando e destacou que seu governo está fazendo grandes esforços para atender às demandas sociais sob os princípios de prudência fiscal e manobras econômicas responsáveis.

Toledo afirmou também que a tolerância tem limites e que é preciso manter um clima de paz social e estabilidade que garanta investimentos, crescimento e mais emprego.

Esta é a primeira vez que o presidente declara estado de emergência desde que chegou ao poder nas eleições de julho de 2001. Ele não está satisfeito com o povo, que "sob o pretexto de reivindicações sociais tem violado liberdades fundamentais pelas quais os peruanos sempre lutaram".

"Vimos como impediram a circulação nas estradas, bloquearam o comércio de mercadorias e produtos, principalmente os alimentícios, prejudicando assim a economia de pequenos produtores, destruindo carros e atacando propriedades públicas e privadas", acrescentou.

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