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28/05/2003 - 19h06

População teme voltar para casa após 3º tremor seguido na Argélia

da Folha Online

Um terceiro tremor no período de uma semana atingiu hoje a Argélia, causando pânico na população depois do forte terremoto de quarta-feira passada (21), que deixou mais de 2.200 mortos, e da sua réplica ocorrida ontem.

Segundo o Centro Argelino de Investigação em Astrofísica, Astronomia e Geofísica, o epicentro do abalo de hoje foi a região de Zemmuri (70 km ao leste de Argel).

Autoridades informaram que o tremor ocorrido às 6h55 (3h55 de Brasília), de 5,2 graus na escala de Richter, não deixou feridos nem prejuízos, mas assustou as pessoas que ainda temem retornar para suas casas depois dos sismos registrados ontem e na semana anterior.

Desaparecidos

Alguns prédios, que já tiveram sua estrutura abalada na última semana, desabaram ontem, quando uma violenta réplica de 5,8 graus na escala Richter abalou novamente a região de Argel. Cerca de 200 pessoas ficaram feridas e as equipes de resgate buscam pelo menos três pessoas desaparecidas no desabamento de um edifício de 15 andares na cidade de Reghaia.

''Nós não esperamos encontrar ninguém mais vivo. Nós estamos retirando agora os escombros para poder entregar os corpos às famílias, a fim de que eles possam ter um sepultamento digno'', declarou um francês da equipe de resgate à agência Reuters.

Segundo um novo balanço ainda provisório divulgado hoje pelo Ministério argelino do Interior, o número de mortos do terremoto do dia 21 chega a 2.251, sendo que 10.243 pessoas ficaram feridas.

A cifra anterior, divulgada na segunda-feira (26), informava sobre 2.218 mortos e 9.497 feridos. Em alguns locais prossegue o trabalho de busca sob os escombros.

Trauma

Mais de 100 mil pessoas devem passar a noite na rua na capital argelina e nas outras regiões afetadas, assustadas com a possibilidade de novos abalos sísmicos, informou o Crescente Vermelho da Argélia (associado à Cruz Vermelha).

Autoridades recomendaram à população que mantenha a calma e evite se aproximar de edifícios inseguros.

Uma semana depois do pior terremoto no país nos últimos 20 anos, médicos e psicólogos têm registrado mais casos de traumas à medida que o choque do desastre vai substituindo a agitação da busca por sobreviventes em meio aos destroços.

Com agências internacionais

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