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08/06/2009 - 11h16

Gabão desmente mídia francesa e diz que ditador está vivo

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da Folha Online

O ditador do Gabão, Omar Bongo Ondimba, 73, no poder desde 1967, não morreu. Segundo o premiê Jean Eyeghe Ndong, ele está "vivo e bem" e receberá, nesta segunda-feira, a visita de familiares na clínica em que está internado, em Barcelona (Espanha). A informação sobre a morte do ditador havia sido divulgada neste domingo (7) por vários meios de comunicação da França, com base em uma fonte do governo.

Não há, porém, detalhes do seu estado de saúde.

14.nov.04/George Osodi/AP
O ditador Omar Bongo Ondimba foi internado em clínica de Barcelona
O ditador Omar Bongo Ondimba foi internado em clínica de Barcelona

Em comunicado lido a jornalistas, o premiê disse que foi "enormemente surpreendido" pela notícia da morte de Bongo e que deu instruções para transmitir às autoridades da França o protesto de seu governo pelas "repetidas informações da imprensa francesa e, de maneira singular, contra os órgãos públicos".

No texto, o premiê ainda "lamentou" a atitude da imprensa francesa, que "só quer semear a dúvida no espírito dos gaboneses por objetivos não desejados".

O governo do Gabão entregou uma cópia da reclamação do premiê ao embaixador francês em Libreville (Gabão), nesta segunda-feira.

De acordo com o premiê, Bongo foi internado em uma clínica particular de Barcelona "para ser submetido a uma revisão exaustiva". Conforme a agência de notícias Efe, questionada, a clínica onde Bongo está internado evitou confirmar ou desmentir a notícia sobre a morte, por causa da Lei de Proteção de Dados do Paciente.

Uma fonte diplomática espanhola confirmou à agência de notícias France Presse, em Madri, que a informação é a de que o ditador está vivo.

Há preocupação em relação à saúde e Bongo desde o mês passado, quando ele suspendeu suas funções pela primeira vez desde que assumiu o poder, há 42 anos. Nesta segunda-feira, em Libreville, alguns cidadãos decidiram não mandar os filhos para a escola, enquanto outros decidiram estocar comida. Há ainda quem peça provas de que o ditador está vivo.

Embora haja alguns questionamentos sobre a estabilidade do país, analistas afirmam que, se Bongo morrer, o partido majoritário deverá lidar bem com a transição e que, graças aos sucessos das políticas de redução da tensão racial feitas pelo ditador, não deverão ocorrer tumultos.

Com Efe, France Presse e Reuters

 

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