Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/06/2009 - 16h41

Líder do Hizbollah reconhece derrota na eleição parlamentar do Líbano

Publicidade

colaboração para a Folha Online

O líder do grupo xiita Hizbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, aceitou nesta segunda-feira o resultado da eleição parlamentar no Líbano, na qual a coalizão pró-ocidental assegurou a maioria sobre o grupo apoiado por Irã e Síria.

Reuters
Líder do Hizbollah, Hassan Nasrallah, reconhece derrota nas eleições libanesas
Líder do Hizbollah, Hassan Nasrallah, reconhece derrota nas eleições libanesas

"Aceitamos esses resultados com espírito esportivo e de maneira democrática, e aceitamos que o partido no governo tenha alcançado a maioria parlamentar", disse.

Ele afirmou em um discurso na televisão que os líderes da oposição irão se reunir em breve para chegar a um acordo sobre a nomeação do novo primeiro-ministro e a formação do novo governo.

Segundo o ministro do Interior, libanês, a coalizão Forças 14 de Março, apoiadas pelo Ocidente e pelos países árabes moderados, elegeu 71 legisladores. Já a aliança pró-Síria liderada pelo grupo xiita Hizbollah, apoiada pelo Irã, garantiu 57 das 128 cadeiras do Parlamento.

Ao todo, 3.257.230 eleitores foram chamados às urnas para eleger 128 deputados --64 cristãos e 64 muçulmanos-- entre cerca de 580 candidatos.

A eleição foi o primeiro grande teste no Oriente Médio desde que o presidente americano, Barack Obama, pediu na semana passada por "um novo começo entre os Estados Unidos e os muçulmanos". Em discurso no Cairo, ele desafiou o mundo islâmico a confrontar os extremistas e exortou Israel, os palestinos e os países árabes a chegar a um consenso para estabelecer a paz.

O Hizbollah, considerado pelos EUA um grupo terrorista, tem sido um dos principais oponentes da política americana no Oriente Médio.

Especialistas dizem que uma vitória do grupo xiita teria aumentado a influência na região da Síria e do Irã, e o país poderia ser colocado em isolamento pela comunidade internacional, além de entrar em mais conflitos com Israel.

"Estamos no limiar de uma nova etapa", disse o primeiro-ministro Fuad Siniora, após vitória de sua coalizão. "Devemos tentar entender as mudanças que estão chegando ao nosso país e à nossa região e devemos estar prontos para elas", completou.

Repercussão

Os EUA renovaram nesta segunda-feira seu apoio ao Líbano após a vitória da coalizão Forças 14 de Março, apoiadas pelo Ocidente.

O presidente Barack Obama disse que Washington continuará a "apoiar um Líbano independente e soberano, comprometido com a paz".

O ministro francês de Relações Exteriores expressou confiança de que o presidente Michel Suleiman irá garantir a rápida formação de um novo governo que "leve o país pelo caminho das reformas".

"Esta votação, marcada por um elevado nível de participação, mostra a vitalidade da democracia libanesa", disse.

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, pediu aos libaneses que respeitem o resultado e disse esperar que o processo de formação de um novo governo comece imediatamente, segundo informou o porta-voz dele, Farhan Haq.

O coordenador da ONU para o Líbano, Michael Williams, afirmou que a formação do novo gabinete pode levar semanas após a designação do novo primeiro-ministro.

Com Reuters e Associated Press

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página