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05/06/2003 - 18h46

Enfermeiro condenado por morte de Safra quer ficar na França

da Folha Online

O enfermeiro norte-americano que pode ser extraditado para Mônaco, onde foi condenado pelo incêndio culposo que matou o banqueiro Edmond Safra, disse hoje que deseja cumprir sua pena na França, informou a agência Associated Press.

Ted Maher, 44, fugiu para França em janeiro após cerrar as grades de sua prisão no principado de Mônaco, no Mediterrâneo, onde cumpria pena de dez anos pela morte de Safra.

"Não sou um criminoso, sou um enfermeiro - este caso foi um terrível acidente", disse Maher em uma corte de apelações em Aix-en-Provence, sul da França. "Quero cumprir minha pena aqui.

Julgamento

Maher foi condenado no dia 2 de dezembro por um incêndio culposo em Mônaco, que matou Safra e a enfermeira Vivian Torrente no dia 3 de dezembro de 1999.

O tribunal necessitou de sete dias de audiências para terminar o julgamento de Maher, que fazia parte do grupo de enfermeiros particulares a serviço de Edmond Safra, 67, afetado pelo mal de Parkinson.

Maher, ex-boina verde (tropa de elite americana), foi acusado de ter causado o incêndio no duplex de alta segurança do multimilionário localizado nos últimos andares do edifício Belle Époque de Mônaco.

Fortuna

O caso da morte de Edmond Safra teve grande repercussão e foi manchete de jornais do mundo inteiro. O incêndio atingiu a cobertura do banqueiro em Mônaco, com área de 1.000 m¦ e 20 cômodos.

Safra se refugiou com a enfermeira Torrent, 52, num banheiro, por sugestão de Maher. Os dois morreram asfixiados pela fumaça.

Três dias após a morte de Safra, Maher, que recebia US$ 600 por dia no trabalho, confessou ter causado o incêndio, com o objetivo de socorrer o patrão. Ele teria agido sozinho, por ciúme da enfermeira Torrent, que seria mais apreciada no trabalho do que ele.

Fundador do Republic National Bank of New York, Safra era um dos homens mais ricos do mundo, com fortuna estimada em cerca de US$ 3,3 bilhões.

Judeu nascido no Líbano e naturalizado brasileiro, era casado com a carioca Lily Monteverde, 65, a maior acionista da rede de lojas Ponto Frio, que, depois da tragédia, mudou-se para Londres. Hoje, ela é a oitava mulher mais rica do Reino Unido.

Com agências internacionais
 

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